Foto: Paula Nunes@Diário Económico
Num momento de singular inspiração, Luís Marques Mendes teve este apontamento, digno de figurar na saudosa rúbrica “Concatena, filho, concatena“:
Este imposto sobre o património é uma espécie de TSU de António Costa.
Apesar de há muito viver rendido à perspicácia do barão do PSD, suspeito que Marques Mendes se tenha esquecido de pensar antes deste momento de profecia futurológica. É que, em 2012, a tentativa de Pedro Passos Coelho de retirar rendimentos aos trabalhadores para aliviar a pesada austeridade que pendia sobre os patrões foi, em certa medida, o início do fim político de Pedro Passos Coelho. Encheu ruas e praças por todo o país, com os números a atingir as centenas de milhares de manifestantes. Honestamente, e talvez esteja errado, ou não fosse eu um esquerdalho patego, tenho algumas reservas quanto ao efeito mobilizador de um imposto residual, cobrado a uma ínfima parte da população e cuja condição multimilionária não sei sequer beliscada, no seio da população portuguesa.
Ainda assim, esforcei-me, dei o que tinha e o que não tinha, pedi mesmo aos céus que me inspirassem com a mesma fé que inspiraram Assunção Cristas em 2012 mas, profano que sou, continuo sem conseguir imaginar a Avenida dos Aliados ou a Praça de Espanha entupidas com milhares e milhares de portugueses a protestar contra as migalhitas que poderão vir a ser subtraídas a um universo de, na melhor das hipóteses, 44 mil indivíduos. Tentei mesmo rezar 12 pai-nossos e 47 ave-marias a São José Gomes Ferreira, na esperança de conseguir desligar o cérebro e acreditar na fábula dos 500 mil, mas, lá está, a minha fé não é irrevogável como a de um líder do CDS-PP. Nem o exemplo dos amarelitos ou dos remediados que, por estes dias, acreditam fazer parte da pequena elite com património imobiliário superior a 500 mil euros, me valeu. Estou condenado a arder no fogo do Inferno.
Os cães ladram e a caravana passa.
Se a caravana parasse cada vez que os cães ladrassem, distraia-se, perdia o rumo, perdia tempo, perdia energia, e nunca mais chegava ao destino.
Por isso é que os cães ladram.
Por isso é que a caravana não liga aos cães.
No fim de semana ouvimos os agricultores e criadores de gado do Baixo Alentejo, a queixarem-se amargamente da seca e dos custos para alimentar o gado.
Mas ninguém perguntou ao Sr Ministro da Agricultura, “para que é que fizemos o Alqueva”?
GOVERNO CONCESSIONA 30 EDIFÍCIOS HISTÓRICOS E ESPERA 150 ME DE INVESTIMENTO PRIVADO
(http://24.sapo.pt/noticias/nacional/artigo/governo-concessiona-30-edificios-historicos-e-espera-150-me-de-investimento-privado_21316035.html)
Será que os 5 milhões por edifício (média) pedidos aos investidores privados vão depois pagar IMI? Provavelmente não porque são apenas concessões. Parece ser uma boa forma de investir em imobiliário e não pagar o IMI “especial”. Bem visto!
“O Turismo de Portugal já tem linhas de apoio a este tipo de projetos, como a linha de Apoio à Qualificação da Oferta, lançada em 2016, que privilegia a reabilitação urbana, …”
Este Governo é esperto: cria incentivos e linhas de apoio à reabilitação urbana para atrair os investidores privados e, depois de reabilitado o prédio, pumba … cobra IMI “especial”. Bem visto!
Não tás bem vai até lá fora( França) e vê lá quanto largas em euritos…mas há mais por essa europa e sus capitais…olé!
GOVERNO CONCESSIONA 30 EDIFÍCIOS HISTÓRICOS E ESPERA 150 ME DE INVESTIMENTO PRIVADO
(http://24.sapo.pt/noticias/nacional/artigo/governo-concessiona-30-edificios-historicos-e-espera-150-me-de-investimento-privado_21316035.html)
Ainda a propósito deste anúncio (e da “a linha de Apoio à Qualificação da Oferta, lançada em 2016, que privilegia a reabilitação urbana”) queria deixar uma sugestão ao Governo: realizar uma sessão conjunta para potenciais investidores de apresentação deste projecto (1ª parte) imediatamente seguida de um debate acerca do novo imposto (2ª parte). A segunda parte podia ser moderada pela Mariana Mortágua.
Sugestões para o governo podem/devem ser enviadas directamente para o Palácio de São Bento ou para o Terreiro do Paço. Quanto ao Aventar, e pelo menos da parte que me toca, lamento mas não estou disponível para receber sugestões de anónimos ao serviço sabe-se lá de quem.
até a dormir pensam na mariana.
O putedo cobardolas assina “anónimamente”. Deve ser o putedo “Kristas” que despejou milhares com a lei das rendas.Mas é putedo para ir de joelhos a Fátima quando vier o Papa em 2017.