O governo italiano surpreendeu meio-mundo com o anúncio de um pesado imposto a aplicar aos lucros extraordinários da banca: 40%.
A direita que quer normalizar a extrema logo alertou para o lado esquerdalho da medida, aproveitando para se lançar nas habituais falsas equivalências.
De pouco lhe valeu.
Porque a extrema-direita, ao contrário da esquerda, não recua perante a banca. Opta antes por lhe fazer a vida negra, sem receios de corte de financiamento, que de resto não existe, porque a banca não financia os seus antagonistas.
Já a extrema-direita, em Portugal ou em Itália, recebe generosos donativos da elite financeira. Porque, mais direito humano, menos direito humano, serve os seus interesses. E, depois do puxão de orelhas dos “mercados”, Meloni limitou a medida a apenas 0,1% dos seus activos totais da banca. E puf, mais um rato foi parido.
Fracos com os fortes, fortes com migrantes, com as minorias e com os beneficiários de apoios sociais. No fundo, apenas mais um fantoche do sistema que dizem combater.
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