Meloni e Salvini ao serviço da banca

O governo italiano surpreendeu meio-mundo com o anúncio de um pesado imposto a aplicar aos lucros extraordinários da banca: 40%.

A direita que quer normalizar a extrema logo alertou para o lado esquerdalho da medida, aproveitando para se lançar nas habituais falsas equivalências.

De pouco lhe valeu.

Porque a extrema-direita, ao contrário da esquerda, não recua perante a banca. Opta antes por lhe fazer a vida negra, sem receios de corte de financiamento, que de resto não existe, porque a banca não financia os seus antagonistas.

Já a extrema-direita, em Portugal ou em Itália, recebe generosos donativos da elite financeira. Porque, mais direito humano, menos direito humano, serve os seus interesses. E, depois do puxão de orelhas dos “mercados”, Meloni limitou a medida a apenas 0,1% dos seus activos totais da banca. E puf, mais um rato foi parido.

Fracos com os fortes, fortes com migrantes, com as minorias e com os beneficiários de apoios sociais. No fundo, apenas mais um fantoche do sistema que dizem combater.

Imposto só é roubo quando um país é governado por ladrões

Não sei quanto a vós, mas eu adoro a patranha neoliberal que garante, com arrogância pseudo-académica, que os nossos jovens abandonam o país devido à carga fiscal, porque, lá está, “imposto é roubo”.

Depois vai-se a ver para onde estão a sair os nossos jovens e constata-se que estão a trocar o Reino Unido – onde Rishi Sunak anunciou há dias a intenção de reduzir impostos – pelos países nórdicos.

Imposto só é roubo quando um país é governado por ladrões. Porque, até ver, ainda não se produziu um sistema mais funcional, decente, humano e capaz de gerar tanto bem-estar a tantas pessoas como aquele que assenta precisamente na ideologia que propõe impostos elevadíssimos para financiar um estado social amplo e eficaz. Chama-se social-democracia, é filha do socialismo, neta de Marx, Engels e Lassalle.

Imposto não é roubo. Roubo é querer deixar o cidadão comum ao Deus-dará, para proteger as grandes fortunas que, regra geral, são quem mais beneficia dos serviços e infraestruturas do Estado. E do favor dos sucessivos governos. Taxem-se.

Faz de conta

Na Bélgica, onde o governo é liberal (partido Open VLD, do grupo dos Democratas e Liberais na UE), decidiu-se, tal como em Espanha, Reino Unido e Itália, taxar as margens de lucro das empresas de energia e dos bancos.

Aqui, em Portugal, onde o tão afamado governo “socialista” impõe uma ditadura maoísta, segundo alguns dementes liberais, parece que PS é o melhor amigo das grandes empresas e dos grandes grupos económicos.

E assim se prova que os nossos social-democratas e os nossos liberais são de marca branca. Não servem nem para lavar canos.

Será que os bilhetes para jogos do Europeu não foram suficientes?

Governo aprova aumento de 25 milhões no imposto cobrado à Galp pelos contratos de gás natural com a Argélia e Nigeria. Já não há respeito por quem leva parlamentares a ver a bola.

Como se faz para a Galp pagar o calote?

Lisboa, 19/11/2014 - Esta tarde a Autoridade Tributária realizou buscas nas instalações da Galp, nas Laranjeiras em Lisboa. (Filipe Amorim / Global Imagens)

Diz a notícia que a Galp “voltará” a não pagar a Contribuição Extraordinária sobre o Sector Energético (CESE) em 2017. Quer isto dizer que, não só se recusa a cumprir com as suas obrigações fiscais deste ano, como no próximo não tenciona igualmente cumpri-las. Não sei se alguma vez a pagou, ou sequer se paga todos os impostos que são devidos, mas fico com vontade de embarcar nesta onda de desobediência civil e não pagar os meus também. Claro que, sendo eu um mero plebeu, não tenho como me esquivar. Aos plebeus, é sabido, retem-se na fonte. [Read more…]

Tragédia na Comporta

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O drama, a tragédia, o horror. O fantasma estalinista que paira sobre o paraíso à beira-mar plantado. Os amanhãs soviéticos que cantam. O pânico, o sobressalto. A inquietação. A Venezuela ao virar da esquina. O gulag que nos engolirá a todos. A temível Geringonça. O mundo cruel. O apocalipse.

Profetas da desgraça, uni-vos!

Imagem via Uma Página Numa Rede Social

Tempo de antena do Comité Central da PàF

Depois do sucesso que foram as declarações do camarada Passos, recuperadas pelo totalitário Luís Vargas, recordemos o camarada Núncio, imortalizado por lutas famosas como a Lista VIP e os Vistos Gold.

Morte ao capitalismo!

Fonte: Geringonça

Diz que é uma espécie de TSU

Luis Marques Mendes em entrevista com Tania Madeira . Conversas com vida .

Foto: Paula Nunes@Diário Económico

Num momento de singular inspiração, Luís Marques Mendes teve este apontamento, digno de figurar na saudosa rúbrica “Concatena, filho, concatena“:

Este imposto sobre o património é uma espécie de TSU de António Costa.

Apesar de há muito viver rendido à perspicácia do barão do PSD, suspeito que Marques Mendes se tenha esquecido de pensar antes deste momento de profecia futurológica. É que, em 2012, a tentativa de Pedro Passos Coelho de retirar rendimentos aos trabalhadores para aliviar a pesada austeridade que pendia sobre os patrões foi, em certa medida, o início do fim político de Pedro Passos Coelho. Encheu ruas e praças por todo o país, com os números a atingir as centenas de milhares de manifestantes. Honestamente, e talvez esteja errado, ou não fosse eu um esquerdalho patego, tenho algumas reservas quanto ao efeito mobilizador de um imposto residual, cobrado a uma ínfima parte da população e cuja condição multimilionária não sei sequer beliscada, no seio da população portuguesa.  [Read more…]

Sobre a ameaça da tributação soviética

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Paulo Baldaia, esse perigoso marxista-leninista, expõe, com clareza, a forma como a opinião pública tem sido manipulada no seguimento das polémicas declarações de Mariana Mortágua. Vale a pena ler o artigo na íntegra.

O saque

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Habitam em Portugal cerca de 10 milhões de portugueses, dos quais perto de 44 mil, 0,44% da população portanto, serão abrangidos pelo perigoso e totalitário imposto da comandante-ministra-das-finanças-sombra-fetiche-da-direita-radical-trotskista-leninista-chavista Mariana Mortágua, que segundo uma série de fanáticos da seita neoliberal, coadjuvados por um pequeno exército de indivíduos que, nas redes sociais, espalha o pânico e a indignação com histórias emocionantes que parecem retiradas da revista Maria, manipulando, sabe-se lá a mando de quem, alguns milhares de portugueses, será o fim do rectângulo à beira-mar plantado. Porquê? Ninguém sabe. Deve ser pelo mesmo motivo que os juros da dívida não parariam de subir, que o desemprego não pararia de aumentar, que a UE aplicaria sanções a Portugal, que o défice haveria de subir para os 6 ou 7% ou que as agências de rating não perdoariam as heresias da Geringonça. Não há seitas sem profecias da desgraça. O suicídio colectivo, já terá data marcada? Já se faz tarde. [Read more…]

Valores mais altos, ou no dia de São Nunca à tarde

imposto contra a pobrezaimagem: oxfam

Não é preciso ser-se nenhum Robin dos Bosques para se considerar que é da mais elementar justiça que, se os cidadãos – por mais desabonados que sejam – pagam um imposto de “valor acrescentado” em qualquer comprazinha que façam, por maioria de razões deveriam as transacções financeiras nas bolsas de valores estar sujeitas a uma tributação. O benefício da criação de um imposto sobre transacções financeiras seria bombasticamente salutar para o bem comum: enquanto as transacções normais seriam pouco afectadas, os negócios de alta rotatividade deixariam de ser (tão) proveitosos, travando assim a especulação. As receitas permitiriam ajudar a equilibrar os orçamentos, reduzindo os défices públicos. O ITF seria ainda uma compensação pelos milhares de milhões que os estados – os contribuintes – injectaram durante a crise financeira nos resgates bancários e contribuiria para a regulação do sector. [Read more…]

Orçamento para a Educação: esquerda e direita

evrNão é fácil encontrar palavras para escrever sobre o orçamento apresentado pelo Governo. Parece-me que os nomes atribuídos à mãe do Pedro Proença nos jogos do Benfica serão insuficientes para qualificar esta gentinha medíocre. E, como vem sendo habitual, a Educação é o sector com o maior corte: 700 milhões.

A esta hora a cambada larangista que passou do primeiro parágrafo estará a pensar que não há dinheiro para mais, que tem de ser, que vivemos acima das nossas possibilidades. Claro que também estão a reflectir sobre o BPN e o BES e as empresas do Relvas e do Coelho.

Mas, lamento informar, estão enganados. É mesmo possível fazer diferente e, ao mesmo tempo, fazer melhor.

Em Vila Nova de Gaia andou um senhor que fez o que queria e ainda lhe sobrou tempo para ajudar meio mundo a tratar da respectiva vidinha. A dívida consolidada da autarquia é, depois do pesadelo,superior a 318 milhões. Mas, mesmo com esta dificuldade, foi possível, num ano reduzir o prazo de pagamentos a fornecedores de 206 para 111 dias o que é fantástico para a economia local. O passivo foi também reduzido em quase 33 milhões.

A Câmara de Eduardo Vitor Rodrigues conseguiu ainda baixar várias taxas municipais (derrama, imi, água) e investir na Educação: para além do alargamento da oferta dos livros escolares ao 2º ciclo, a Escola a tempo inteiro tem hoje uma dimensão única por estes lados. As escolas estão abertas das 7h30 às 19h30. É claro que este projecto pode colocar várias questões (o mais discutido a alternativa hiper-escola / hiper-rua) , mas estamos a falar, de um enorme investimento na Escola Pública e na qualidade do serviço prestado, até porque, como sugere David Rodrigues, estamos a falar de docentes qualificados.

Parece-me, pois, que é possível fazer diferente e fazer melhor porque um concelho da dimensão de Gaia é um território já com algum significado. É tudo uma questão de prioridades e, estou convencido, que por cá, ninguém se importará de exportar o modelo para o todo nacional. Não estamos e não podemos estar condenados a viver na miséria e a aposta na Escola Pública é a única que nos poderá tirar deste buraco onde a direita nos quer colocar.

Gaspar & Coelho já pediram a nacionalidade francesa

Tribunal Constitucional francês chumba imposto sobre milionários por não respeitar princípios de igualdade.

Não criem imposto sobre as lágrimas e a saudade

Pedro Marques, um enfermeiro português de 22 anos, emigra hoje para o Reino Unido, mas antes despediu-se, por carta, do Presidente da República e pediu-lhe para não criar “um imposto” sobre as lágrimas e sobre a saudade. “Permita-me chorar, odiar este país por minutos que sejam, por não me permitir viver no meu país, trabalhar no meu país e envelhecer no meu país (…)”, lê-se na carta.” (Público)

Sem comentários. Está tudo dito: o choro, o ódio é inevitável neste país. Viver, trabalhar e envelhecer não se quer em Portugal.

Boa sorte a todos os Pedros Marques e, já agora, a todos os que cá ficam…

Um cafezinho, por favor!

«Um cafezinho, por favor!» – disse o homem que entrou apressado no estabelecimento onde costumo beber o meu, antes de começar o meu dia de trabalho. Uma rotina imprescindível!

Não nos limitem, nem inventem um imposto sobre este vício que, afinal, está provado, faz bem à saúde.

Não se acanhe – beba mais café“, aconselha um especialista na prevenção de cancro. “Bem, acorde e cheire o café: «É extraordinário»”, assevera um especialista hepático. «O café é de facto um medicamento milagroso que salva vidas.» Apesar de se considerar ser ainda um «mistério cientifico» o efeito no organismo de uma simples chávena de café, estudos epidemiológicos alargados demonstram repetidamente os seus espantosos benefícios.

O cafezinho é ainda pretexto para o encontro, para «pôr a conversa em dia», para um encontro com alguém que ainda não se conhece pessoalmente, para fazer um intervalo no trabalho que não rende, é um acompanhador óptimo quando se lê um livro ou o jornal, ou se escreve aqui para o Aventar! Etc., etc. 

Um cafezinho é um pequeno prazer que ainda nos podemos dar ao luxo de ter! É um mimo!

O «etc.» é para si, leitor. Continue a lista!

Redução de reformas: corte de despesa, taxa ou imposto?

O percurso é uma fatalidade. Antes de analisar e criticar qualquer medida do governo, sobretudo em termos de políticas de formulação e execução orçamentais, temos de cumprir o itinerário do famigerado memorando de entendimento da ‘troika’, a que o País se vinculou junto do FMI, CE e BCE, pelas mãos do trio do ‘arco do poder’, PS, PSD e CDS.

No capítulo da Política Orçamental de 2012, e mais precisamente no ponto 1.11, o nefasto documento, de 17 de Maio passado, estabelece o seguinte:

1.11. Reduzir as pensões acima de 1.500 euros, de acordo com as taxas progressivas aplicadas às remunerações do sector público a partir de Janeiro de 2011, com o objectivo de obter poupanças de, pelo menos, 445 milhões de euros.

Utilizada a média de redução de 5% genericamente citada na imprensa, um pensionista da Função Pública ou da Segurança Social, que aufira actualmente a mensalidade bruta de 2.000,00 euros – 28.000,00 euros anuais – em 2012 receberá um valor ilíquido de pensões de 26.600,00 euros / ano; ou seja, será penalizado em 100,00 euros / mês. Ainda que não estejamos a focar o grupo de pensionistas mais desfavorecidos, a quebra de rendimento, no nível considerado, será equivalente à conta de farmácia, de consultas e exames médicos que muitos dos atingidos suportam regularmente, em função de doenças crónicas, próprias do grupo etário em que se integram.

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Um imposto com vantagens colaterais

A ideia do Bastonário da Ordem dos Médicos de aumentar o IVA da comidinha rápida e gordurosa apenas pecou por ter sido apresentada ao ministro errado. Paulo Macedo tem mais que fazer, rebentar com o SNS parecendo que não dá muito trabalho.

Tivesse apresentado a proposta a Pedro Mota Soares e aposto que este teria logo feito contas à vida: ora crianças magrinhas, cabe mais uma em cada sala dos infantários, velhotes sem obesidades, podemos empilhar mais uns três em cada lar, hambúrgueres mais caros vendem-se menos, passam de prazo, dão-se aos pobrezinhos … só vantagens, é claro.