Primeiro, os tops da UE anunciaram que os governos europeus se tinham MESMO que pôr de acordo sobre a assinatura do CETA durante a cimeira da UE na sexta-feira passada; como a pressão não funcionou, Chrystia Freeland declarou o abandono das conversações pelo Canadá; como mais uma vez não funcionou, atiraram com um ultimíssimo ultimato dirigido a Magnette, que terminaria hoje à noite. Acontece que Magnette não se deixa nem intimidar (as interpretações acusatórias sobre os seus motivos raiam o foro psicanalítico) nem comprar (já lhe ofereceram muitos bombons para a sua região assolada pelo desemprego e cujos habitantes sabem muito bem que terim a perder com o CETA), mas hoje à noite Donald Tusk, presidente do concelho europeu, anuncia via Twitter:
O suspence continua.
Valha-nos um condado para fazer frente aos tubarões das multinacionais. É espantoso como isto está para assinatura sem se ter perguntado aos portugueses se concordam com isto.
Espero que não passe. É um passo, outro, para as multinacionais se sobreporem aos governos de cada país.
Nós fomos ouvidos para entrarmos na Zona Euro?
Vê algum órgão noticioso a ter a coragem de informar os portugueses e daí se gerar o debate deste acordo, do TTIP, TTP, do TISA …? Penso que só isto, é o espelho da total submissão aos 1% (que estão na base destes acordos).
A classe política é outra vergonha.
Também espero que não passe e se tal acontecer, a Valónia e o seu presidente entram para a história, pelas melhores razões.
Espero que Magnette aguente.