José Oliveira
Hoje cumpriu-se um dos dias mais negros da justiça lusa. O Juiz Ivo Rosa, durante horas demoliu paciente e rigorosamente a maior parte da montagem dos actos acusatórios da Operação Marquês, explicando em detalhe o que estava mal, o que havia prescrito e porquê, a invalidade das provas, a improcedência das acusações, o vazio de muitos crimes imputados, a ausência de sustentação do argumentário do Min. Público, enfim, a demonstração cabal de que a montanha (os muitos anos de instrução do processo) não pariu sequer um rato, nem um ratinho, mas antes uma ínfima formiga.
Os arguidos devem estar a dar pulos de contentes.
A conclusão que se impõe parece óbvia. Os agentes do Min. Público não percebem nada de instrução processual, não sabem validar provas, não conhecem as molduras legais e mostram-se completamente incompetentes para construir uma acusação com pés e cabeça.
É uma verdadeira vergonha que a justiça tenha de mandar “em paz” os bandidos porque quem de direito não soube ou não foi capaz ou não quis elaborar um processo segundo as regras.
A pergunta final não pode ser evitada: o que é que esses caramelos andam por lá fazer? Não há ninguém que os ponha na ordem?
E, já agora, quem é que os nomeou, em que datas, e com que motivos? Seria uma boa investigação para o MP, mas dá-me ideia que não são capazes.
Julgo que sejam magistrados de carreira.
Eleitos por pares, então, numa estrutura com problemas de transparência e conluio conhecidos, e com muitas décadas.
É mesmo tudo um putedo.
A revolta impõe-se!!
O banditismo alastra de mão-dada com a pouca vergonha.
Falamos, falamos, falamos, mas nada fazemos para impedir a destruição da Sociedade.
O bicho da corrupção invade a Justiça portuguesa e continuamos assobiando para o ar com mais de 2 milhões de pobres,
Cada um olha o seu umbigo, os partidos engordam com oportunistas e Miguéis de Vasconcelos….
Eça falou/escreveu e a ladroagem permaneceu.
Onde andam os Homens (e mulheres!) Bons?
Quem poderá salvar Portugal e como ?
O que estamos a deixar para os nossos filhos e netos?
Quanto dá a condenação pelos crimes de que é acusado, com o agravamento por prática reiterada e o cúmulo jurídico? Oito aninhos de pildra?
Os mais cépticos dirão que já esperavam este desfecho desde que o processo caiu nas mãos do juiz Ivo Rosa. Contrariamente ao que diz José Sócrates, o caso ainda não ficou arrumado. O Ministério público vai recorrer da decisão e tudo pode voltar á estava zero. Aos olhos do cidadão comum não foi feita justiça nesta fase preliminar mas a justiça olha para as leis de maneira diferente, que dizem serem iguais para ricos e para pobres, consoante as personagens que estão a ser julgados. Desde logo porque os endinheirados tem um escritório de advogados atrás de si para permitir o enviesamento das leis, enquanto o cidadão comum se tem de sujeitar a ser defendido por um advogado arregimentado Ad hoc que, na maioria dos casos, mal conhece os termos da acusação. É assim a nossa justiça. Livrem-nos dela.
Nem é questão de advogados, no caso é de capacidade para, alegadamente, esconder o rasto de acordos e capital.
O juiz Ivo Rosa, apenas como juiz de instrução, abandalhou e ultrajou a Justiça portuguesa, aviltou o Estado de Direito, gozou provocando os portugueses, achincalhou tudo e todos.
Faltam-lhe dignidade e competências, coerência, saber de Estado, não presta para ser juiz.
BASTA !!!