“LARGOS DIAS TEM ABRIL”

Porque importa levar Abril em Maio pelo tempo que o segue, aqui fica este fragmento de memória e tributo ao 25 de Abril de Carlos Maia Teixeira. A fotografia é do Eduardo Gageiro.
LARGOS DIAS TEM ABRIL

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Quando começou a tocar a música

Sofia Mateus, 6 anos

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Nessa noite começou a tocar uma música e as pessoas quando ouviram tiveram a coragem de ir para a rua festejar a Liberdade que foi no dia 25 de Abril. O que houve de bom foi que os tropas tinham cravos na ponta das espingardas e não houve tiros….ficaram todos muito felizes.

A borboleta libertou-se da gaiola

Carolina Pinto, 5 anos

No 25 de Abril, a borboleta (à esquerda) libertou-se da gaiola e fugiu

No 25 de Abril, a borboleta (à esquerda) libertou-se da gaiola e fugiu

Não voltaremos atrás

Nuno Filipe, 11 anos

Liberdade

uma contagem pessoal dos 40 dias para os 40 anos do 25 de Abril

Sob motes diversos, usando quase sempre um poema, uma canção e uma imagem, comecei a contar os dias que faltavam para os 40 anos do 25 de Abril, a 16 de Março.

Contei 40 dias.

Estão aqui.

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25 de Abril de 2014

João Esteves

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Sophia

Sophia

Sophia, sempre Sophia. Sempre. Há um ano, aqui no Aventar, também o Ricardo Santos Pinto nos trouxe este Poema. Como já tive a oportunidade de escrever, «Em português europeu, Abril não é abril. Em português europeu, Abril é Abril. Sempre».


Uma Revolução Porreira (Pá)

Desconheço o autor desta fotografia, uma das várias que, para mim, sintetiza o que foi a “revolução” acontecida no dia 25 de Abril de 1974, ‘inda eu não era nascido.
Dizem que o “povo saiu à rua”. E saiu mesmo! – veio o povo apear-se junto aos soldados, eles com armas em punho e o povo com as mãos nos bolsos a ver a banda passar ou a tomar chã na praça. Foi uma revolução de sucessos.
Só foi pena que os vândalos do costume transitassem, imperturbados, do velho regime para o novo regime: um regime porreiro. Só um regime porreiro poderia permitir que um espanca-pretos se tornasse uma importante figura no estado  a que o Estado chegou.
Porreiro!

20 anos sem Salgueiro Maia

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Estórias de Abril


Após a longa invernia, o tempo cinzento de chumbo, a palidez das faces cansadas pelo frio e fustigadas pelas chuvas inclementes, temos sempre montões de cravos vermelhos, brados de vivas a Portugal!, canções patrióticas e a exaltação de heróis populares, uma parte indissociável de Abril. Há coincidências históricas neste calendário e uma delas remete-nos para os anos também conturbados e caóticos do início do século XIX.

Quando do movimento da Abrilada, os partidários de D. Miguel, os Apostólicos, eram cobertos por cravos vermelhos, uma flor desta estação e com claras conotações religiosas cristãs. A mãe do infante, a rainha D. Carlota Joaquina, comemorava o seu aniversário precisamente a 25 de Abril, altura em que ao passar em carruagem descoberta pelas ruas de Lisboa, via-se bombardeada por braçadas de cravos e sempre no meio de estrondoso vozear popular, alternando-se os ditos encomiásticos, com as canções da moda. O cravo vermelho ia-se tornando num símbolo dos adversários dos constitucionalistas e era comum os soldados serem presenteados com estas flores, procurando-se cativar a essencial simpatia de quem tinha a posse das armas.

Ansioso por se …”ver livre da pestífera cáfila de pedreiros-livres (1)“, a 25 de Abril de 1828, o Senado da Câmara Municipal de Lisboa proclamava D. Miguel como Rei e em delírio, era normal a sua carruagem ver-se desatrelada dos cavalos, sendo puxada ruas fora por populares que entoavam a plenos pulmões o “Rei Chegou!”:

“O rei chegou, o rei chegou!
e em Belém desembarcou;
na barraca (2) não entrou
e o papel (3) não assinou!
C’o papel o cu limpou!”

Tudo isto, no meio de uma chuva de cravos vermelhos atirados por raparigas da rua, senhoras burguesas e da sociedade, numa festa primaveril sem fim à vista e em antecipação aos Santos Populares.
Mais tarde, quando do cerco do Porto e posterior entrada das tropas liberais em Lisboa, a flor vencedora passou a ser a hidranja que aqui na capital se conhece pelo nome de hortênsia. Os soldados de D. Pedro desfilavam pelas ruas, tendo as espingardas decoradas com as ditas flores, invariavelmente azuis e brancas, as cores nacionais.

Estórias de outros Abris.

(1) A Maçonaria
(2) O Parlamento
(3) A Carta Constitucional

Imagens de Abril: Revolução Portuguesa – Vasco Gonçalves

Imagens de Abril: República – Informação Revolucionária

Imagens de Abril: Festa Popular – O 25 de Abril é do Povo – S. Pedro da Cova

Imagens de Abril: Viva o 25 de Abril – São Pedro da Cova – 1978

Imagens de Abril: Libertação – Revolucionários Presos – CAARP

Imagens de Abril: Poder Popular – Unidade Revolucionária – MFA

Imagens de Abril: Soldados Sempre ao Lado do Povo

Imagens de Abril: 25 de Abril – Dia da Liberdade – 1979

Imagens de Abril: 25 de Abril – Dia da Liberdade – 1978

Imagens de Abril: As Portas que Abril Abriu – Rio Tinto – 1977

(Dedicado ao nosso Ricardo Santos Pinto)

Imagens de Abril: Revolução Portuguesa

Imagens de Abril: A Revolução em Marcha – Povo MFA