Bloco Central: a ganhar desde 1976

Aquando das últimas sondagens, houve alguma surpresa na opinião pública, acerca do PSD não ganhar impulso face ao PS, considerando tantos tiros nos pés dados pelo Governo, em tão curto espaço de tempo.

Ora, é por estas e por outras, que o PSD não se alavanca. Porque existe uma percepção clara de que não haverá muita diferença de políticas, com a excepção de que os socialistas são sempre mais generosos nos gastos públicos em apoios sociais. Mesmo quando dão o dito por não dito , a bem da “equidade fiscal”. Sim, porque  o respeito pelos direitos adquiridos, não é para todos.

Se juntarmos a isto o facto do discurso crítico do PSD, não ser acompanhado de uma mensagem clara e concisa do que faria diferente, percebe-se porque, nas sondagens, o PSD não capitaliza: há uma clara ideia de que são todos  iguais, mas, à boa maneira portuguesa, os socialistas  sempre “dão mais um bocadinho”.

Seja como for, o Bloco Central, esse, ganha sempre. Pois não há melhor cliente, do que o Estado.

A Constituição na meia idade

Fez ontem 37 anos. Pensando no direito à inclusão dos que mais a combatem (coitadinha, tão revista que já foi) parece-me que falta lá um artigo por assim dizer liberal:

Todos têm direito ao não pagamento de impostos, na expressa condição de não usufruírem da utilização de qualquer bem, equipamento ou serviço público.

Sim, inclui, polícia e estradas.

A abertura dos jogos olímpicos é o maior espectáculo do mundo?

Desde quando? Veja como abriram os jogos olímpicos desde 1960, responda a esta pergunta e habilite-se a um prémio inteiramente grátis:

Pequim, ou Beijing como se escreve agora, 2008

Atenas 2004 (na Grécia, essa mesma)
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Contos Proibidos – Memórias de um PS Desconhecido. As Eleições Legislativas de 1976

continuação daqui

Apesar do difícil relacionamento, Felipe González demonstraria grandes qualidades de estadista ao compreender quer a amizade pessoal de Soares com os dirigentes do Partido Socialista Popular, quer a diferença de pontos de vista derivada da diferença de idades entre ambos. Também sabia que dentro do PS português tinha inúmeros amigos e que as bases simpatizavam com ele, como a própria cimeira do Porto demonstrara.
Estas delicadas questões tinham já sido abordadas numa reunião que tivera lugar em Lisboa, em Junho de 1975, entre o PS e uma delegação do PSOE chefiada por Nicolas Redondo. Quando então nos pediram para clarificar a situação, derivada do entusiástico apoio a Santiago Carrilho e da nossa tão ambígua posição, Mário Soares pediu a Nicolas Redondo que informasse o seu partido de que o PS «reconhecia o PSOE enquanto parceiro na Internacional Socialista, não obstante laços de amizade pessoal entre alguns socialistas portugueses e espanhóis não pertencentes ao PSOE».

O resultado eleitoral das primeiras eleições legislativas não corresponderia, contudo às expectativas. Nem às expectativas políticas dos dirigentes do PS, nem às dos amigos estrangeiros que tinham investido no PS. [Read more…]