E a Foda Má Converteu a UGT numa CGTP B

Corrigenda: onde se lê FODA deve ler-se FADA.

Não é com prazer que digo isto, mas afigura-se-me que Carlos Santos ascendeu à liderança da UGT com um tom de ruptura que dá a entender querer converter a UGT numa CGTP B. O discurso do novo líder já se move pelas tóxicas águas enganosas do radicalismo populista de uma Esquerda desactualizada e nada nórdica na construção de acordos duradouros e robustos. Não se pense que o populismo seja uma maleita que acomete somente os líderes demagógicos e danosos dos governos ávidos que tivemos nos últimos 39 anos. Não. Pode ser um problema da linguagem sindical, especialmente quando pretende afirmar-se. A de Carlos Santos pretende ser mais radical que os radicais tradicionais.

Defender parlapatoriamente os trabalhadores, mas criar atrito negocial e todas as condições para a saída do Euro, para a turbulência dos mercados, para a irritação dos Poderes Globais que realmente põem e dispõem da nossa liberdade e democracia, da nossa soberania perdida porque sem dinheiro, esse é um caminho ínvio e que Carlos Santos, meu homónimo, não deveria trilhar. [Read more…]

Quatro canções da República

Fado do Zé Povo – por Carlos Santos, cerca de 1912. Uma cantiga muito actual, ao serviço de qualquer república.

Canção Popular Republicana – por Isabel Costa e Duarte Silva, cerca de 1919, apelando à mobilização contra a Monarquia do Norte.

Fado do 31 – de Pereira Coelho e Alves Coelho, cantado por Maria Litaly, cerca de 1913. Uma referência clássica ao 31 de janeiro de 1891

A Portuguesa – interpretada por Jorge Bastos, cerca de 1912, uma das primeiras gravações do Hino Nacional.

O Carlos Santos voltou a casa

Algum dia tinha de acontecer. Depois de alguns meses alucinantes na blogosfera, depois de passar de menino querido a menino rejeitado, depois de ser levado aos ombros e ser executado virtualmente na praça pública, o ex-aventador Carlos Santos voltou a casa. É um renovado «O Valor das Ideias» que tem hoje para nos apresentar, dividindo o espaço – que a vida está cara – com outros nomes que não conheço.

No primeiro post, escreveu sobre religião. Para trás, fica a defesa de Sócrates no Simplex, o acordar para a realidade em A Regra do Jogo, a breve passagem pelo Aventar e a denúncia do abrantismo no Corta-Fitas. Ele saberá de que forma irá conduzir este novo blogue a partir daqui. Se fosse a ele, esquecia o que está para trás e concentrava-me no futuro. Há tanto para dizer destes que nos desgovernam há 5 anos…

Carlos Santos, o 31 da Armada e a Direita homofóbica

«A minha Direita despreza criaturas pouco masculinas» (Jacinto Bettencourt no 31 da Armada sobre Carlos Santos).
Pois, a Direita do 31 da Armada, pelos vistos, é uma Direita homofóbica. E Carlos Santos, para além de todos os crimes que cometeu, ainda por cima é pouco masculino.
Pela minha parte, estou esclarecido.

P. S. -Antes que os arautos da moralidade venham com as merdas do costume nos seus blogues de «referência» sem sequer referirem o meu nome, esclareço desde já que não concordo com a divulgação pública de mails privados e que eu nunca o faria.

Aventar: mais rápidos que a nossa sombra

Quanto tempo demorou o Corta-Fitas a resolver um problema de saneamento básico que superámos num fim-de-semana?

Respeito.

Conheci o João Távora num programa do Porto Canal sobre blogues em que participamos. Fiquei com uma imagem muito positiva da sua pessoa (como, aliás, dos dois outros membros do Corta-fitas). Uma pessoa bastante civilizada e moderada.

Por isso, não me espanta nem a decisão tomada pelo Corta-fitas nem tão pouco a posição assumida pelo João Távora. É uma atitude própria de “um senhor”, como se diz na minha terra.

Assim, saúdo-o a ele e ao colectivo por esta decisão.

Sobre o tema, é obrigatório ler ESTA POSTA.

Caldeirada de Merda à Carlos Santos

Destesta alguém? Quer impressionar idiotas? Convide-os para jantar e sirva-lhes uma Caldeirada de Merda à Carlos Santos. Mas atenção, com este prato só impressiona os convidados se estes tiverem um QI baixíssimo.

RECEITA

– Primeiro fale de si, apresente-se como sendo uma espécie de vítima arrependida que, no fundo, fundo, até é um gajo porreiro. Convidados com QI baixíssimo apreciam muito este ingrediente.

– Acrescente imediatamente um punhado de inimigos. Estes devem ser requentados e, de preferência, estarem-se a gagar para o cozinheiro. É um ingrediente aromático, funciona bem se não nos enganarmos na escolha e no QI dos convidados.

– Não deixe levantar fervura e junte um balde cheio de links (encontram-se facilmente no mercado) para tudo o que mexa. Exagere à vontade pois é conveniente que o sabor fique forte.

– Misture coisas que não tenham relação possível -pode sempre argumentar que um homem e uma galinha são a mesma coisa porque ambos têm unhas- e junte-lhes alhos e bugalhos. Remexa bem, mas também pode deixar agarrar ao fundo do tacho. Há quem prefira este sabor.

– Escandalize-se com vigor e atire meia dúzia de nomes para a fogueira. Bata bem.

– Pegue num bom molho de idiotices, descasque-as e junte-as umas atrás das outras. Ponha-as na panela e deixe ferver.

– Tempere tudo com a primeira merda que lhe venha à cabeça. Prove. Em faltando tempero, use qualquer outra merda que lhe venha à cabeça, junte-lhe também o resto das merdas que lhe venham à cabeça e mexa tudo. Tape o tacho. [Read more…]

Afinal, Roma paga aos traidores

O nosso JJC já abordou o tema. Na blogosfera muito se escreveu, hoje, sobre a matéria. Não podendo destacar todos, fico-me por dois exemplos: o do Gabriel e o de Eduardo Pitta. Concordando em absoluto com o aventador JJC e com o blasfemo Gabriel, permitam-me que reproduza o Eduardo Pitta, de uma clareza extraordinária:

Milhares de e-mails privados, trocados a partir do fim de Julho do ano passado entre os 40 colaboradores do SIMplex, chegaram às mãos de meia dúzia de jornalistas, por intermédio de um professor de economia da Universidade Católica do Porto, de seu nome Carlos Santos, também colaborador daquele blogue de apoio ao PS. Entretanto, o referido professor tornou-se colunista do jornal i. Ao contrário da lenda, Roma sempre pagou a traidores.

Hoje, o jornal i publica aquela que é, porventura, a manchete mais asinina do jornalismo português. Não quero acreditar que o jornal onde Ana Sá Lopes trabalha, onde escreve tanta gente respeitável, possa dar guarida a comportamentos julgados extintos. A peça de Paulo Pinto Mascarenhas mistura falsidades com insinuações torpes, repescando um assunto encerrado em Outubro de 2008, quando o DIAP, depois de visionar o conteúdo do blogue, arquivou a queixa de Paulo Macedo, antigo director-geral dos Impostos e actual administrador do Millennium BCP, contra «desconhecidos».

Face a uma não-notícia, PPM revela publicamente a identidade de alguém que tem o direito a escrever sob pseudónimo. [Read more…]

O vício foi mais forte

Eu, com o meu fato de atleta dotado pela Natureza, a snifar uma dose de Aventar

Pois é, o vício foi mais forte e acabo, afinal, por não sair do Aventar. Prometi que saía, por causa de desavenças internas provocadas pela entrada de Carlos Santos, mas parece que não consigo manter uma reles promessa. Nunca mais digo mal dos políticos que não cumprem promessas – eis mais uma promessa para quebrar ainda hoje.
A culpa nem sequer é minha. Para o meu regresso, concorreu uma incrível vaga de fundo como eu nunca tinha visto até hoje. Foi preciso viver até aos 39 anos para acreditar que as vagas de fundo existem mesmo.
Vou deixar-me de tretas. A verdade, verdadinha mesmo, é que eu sou do Aventar desde pequenino…

NATO e Afeganistão causam queda do Governo holandês

O Afeganistão e a indefinida política da NATO relativamente ao país levaram esta noite à queda da coligação de centro-esquerda que governou a Holanda nos últimos 3 anos. De acordo com a Reuters, o Primeiro Ministro Jan Peter Balkenende revelou que o pedido da NATO para um prolongamento de uma presença militar holandesa no território até 2011 foi recusado liminarmente pelos trabalhistas, provocando a demissão do executivo.

Convirá ter presente que a indefinição dos membros europeus da NATO relativamente ao Afeganistão, com as típicas tibiezas de esquerda face à ameaça terrorista talibã, está na génese da progressiva subalternização da Europa na agenda de política externa norte-americana. Escrevi em Fevereiro de 2009, que o Afeganistão era o litmus test para a posição americana face à Europa, uma vez que não é adequado pedir aos EUA o esforço brutal de combate solitário à ameaça talibã. Para quem não esteja a ver totalmente o problema, convirá recordar que os talibã têm não só desestabilizado o Afeganistão como lançado o caos no Paquistão, e que essa ameaça no Af-Pak é encarada com crescente preocupação pela Índia, e na Ásia Central ex-soviética.

Um domínio talibã na Ásia Central, com a liderança dos mullah, representaria não só uma real ameaça terrorista para a Europa, como um perigo concreto para todos os que se preocupam com os direitos humanos: falamos de guerrilheiros capazes de incendiar escolas para impedir o ensino das mulheres, optando pelo assassinato bárbaro enquanto crianças. A repressão talibã é por isso um imperativo, e a fraqueza Europeia só conduz a desenlaces em que a sua marginalização é tão patente como foi em Copenhaga.

P.S. Seria imperdoável não agradecer os termos gentis com que o que o Ricardo me apresentou aqui. Permito-me contudo salientar que o meu alegado “socialismo” se limitou ao apoio ao PS nas últimas legislativas. Já tive ocasião de reiterar várias vezes que o rumo (ou a falta dele) da actual governação me empurram crescentemente à crítica às posições deste executivo. A minha posição, inspirada na doutrina social da igreja (porque me assumo como católico, e só o é quem não tem vergonha de o dizer) , aproxima-me de um modelo que respeite a propriedade privada, a livre iniciativa, e o mercado como principal gerador de riqueza. Assumo contudo, uma posição semelhante à da encíclica Caritas in Veritate, em que os resultados de mercado se compreendem como não necessariamente justos socialmente, e por isso se reconhece um papel à justiça redistributiva e à protecção social (seja privada, ou pública). Quanto ao que se passou nos últimos dias, ninguém espere ouvir de mim alguma resposta a todos os que me criticaram no antigo grupo do simplex. Tenho desprezo por corporativismos, e prezo a ética acima da lealdade. O ataque ad hominem ensaiado, não me faz duvidar um minuto que mostrar a brincadeira que é a Câmara Corporativa doeu a muita gente. Se calhar porque agora será mais difícil alguém dizer que jantou com o Miguel Abrantes. Pode-se sempre perguntar: qual?

CARLOS SANTOS

Carlos Santos no Aventar

Carlos Santos é professor de economia na Universidade Católica e analista de política internacional. Na blogosfera, começou com o seu blogue pessoal, «O Valor das Ideias». Durante o Verão de 2009, colaborou no «Simplex», blogue colectivo de apoio ao Partido Socialista. Terminado esse projecto, fundou «A Regra do Jogo», que teve uma duração efémera.
Convidei o Carlos Santos para o Aventar logo que terminou o «Simplex», porque fazia-nos falta alguém com queda para a economia e que estivesse mais ou menos na área socialista – temos gente que está à Direita do CDS e gente que está à Esquerda do PCP, mas nunca conseguimos que alguém da área do PS aceitasse o nosso convite.
Na altura, o Carlos Santos estava empenhado em «A Regra do Jogo», mas deixou a porta aberta para um futuro próximo. Que é hoje. No Aventar, vai analisar sobretudo a evolução dos mercados, os problemas orçamentais do país e a política internacional. Como todos os aventadores, poderá sempre que quiser estender-se por outras áreas.
Todos sabemos o que se passou nos últimos dias, por isso seria estúpido fingir que não aconteceu nada. Aconteceu sim, mas no passado – e neste momento, sinceramente, a hora é de olhar para o futuro. Sendo assim, que o Carlos Santos seja muito feliz por aqui e que nunca deixe que os seus defeitos – entre os quais se encontra um benfiquismo cada vez mais dominante no Aventar – apaguem as suas grandes qualidades.

Está tudo louco…

Como é possível que venham políticos criticar as presões políticas sobre a comunicação social?

Agora é a vez de Jerónimo de Sousa, criticar tais pressões que não sendo crime, na óptica do Procurador-Geral da República, são, para o comunista, inaceitáveis. Não sei se o mesmo ainda se recorda dos saneamentos políticos no Diário de Notícias? Pelos vistos não.

Figo, garantiu que o seu apoio a José Sócrates foi pessoal, não havendo qualquer contrapartida. Algo que contraria a tese do “Polvo” (a lembrar a série italiana de televisão dos anos 80), pois que na Máfia nada é pessoal, simplesmente negócios. 

Paulo Rangel cola a candidatura de Pedro Aguiar-Branco à de Pedro Passos Coelho. E agora diz que a ruprtura é com a governação socialista e com o estilo de se fazer política em Portugal. Para alguém que avançou como avançou com a sua candidatura, é notório que é muito diferente a fazer política em relação aos demais, não haja dúvida…

Pelo meio, o blogger Carlos Santos, cujo percurso na blogoesfera foi errante (no sentido amplo do termo), vem deitar achas para a fogueira socialista. E assim, a blogoesfera entra para o habitat do alegado polvo.

Às 20 horas, o Primeiro-Ministro vai falar ao país. Irá fazer uma declaração à visada, ou seja à comunicação social. A “hipótese pântano” parece estar afastada, embora nunca fiando…

Carlos Santos fez bem em separar as águas…

É que uma coisa é ser um blogue que se identifica com as políticas do actual Governo. Outra, bem diferente, é ser um blogue controlado directamente pelo Governo.