
A social-democracia de mão estendida.
Ao fim de sete anos no Governo, Pedro Nuno Santos saiu. E saiu pela porta pequena. Depois de herdar uma das pastas mais difíceis, sabia-se, de antemão, que Pedro Nuno Santos ou faria um excelente trabalho ou um péssimo trabalho. Fez um péssimo trabalho. Entrou de peito feito, a prometer fazer tremer as pernas aos “banqueiros alemães” e saiu de pernas a tremer, com a Ferrovia em condições cada vez mais precárias, a TAP em piloto automático à espera de se despenhar e a Habitação pela hora da morte.
Apontado como um putativo sucessor de António Costa no PS, Santos nunca se afastou dessa hipótese, bem pelo contrário, dando-lhe força e arregimentando apoios nas bases do PS. Tal facto irritou, e continua a irritar, de sobremaneira, António Costa. Se o Primeiro-ministro é um político audaz, experiente e oportunista, Pedro Nuno Santos é o miúdo impertinente, com vontade de chegar aos lugares mais altos e desbocado que foi fazendo frente, umas vezes de forma assumida, outras com vergonha, ao líder social-democrata do PS. Prova disso foi a decisão, em nome próprio, sobre o novo aeroporto de Lisboa. E, desde então, PNS estava no fio da navalha, à espera de um novo “caso” que o obrigasse a sair pelo próprio pé. [Read more…]
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