A linguagem é feita de uma espécie de automatismos, expressões fixas que são repetidas até à vacuidade, mesmo que pareçam cheias de significado.
A expressão “líder da oposição” é uma delas. Trata-se de uma espécie de cargo para o qual não há uma eleição, apenas uma nomeação. Normalmente, essa nomeação é feita pela própria pessoa que ocupa o alegado cargo, a fazer lembrar um elogio em boca própria, que é, como se sabe, vitupério.
É certo que a nomeação para o cargo está associada ao facto de se ser o líder do segundo partido mais votado nas eleições. Mesmo assim, nunca se percebe muito bem como é que isso implica liderar a oposição, já que esta pode ser constituída por vários partidos de diferentes ideologias que nunca obedeceriam ao dito líder da oposição, que poderá, então, ser da oposição, mas não líder.
Neste momento, o aparente cargo está a ser disputado por Pedro Nuno Santos e por André Ventura, enquanto Luís Montenegro está à janela, sabendo bem o que a Carochinha acabou viúva devido ao excesso de apetite do João Ratão.
A propósito, e em homenagem a um recente aniversariante, aqui fica um vídeo.
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