Novo Jornalismo
11/05/2015 by
Onde Política e Gastronomia se cruzam
Com um Cavaco na Presidência e um Coelho a primeiro-ministro muitos OCS se aperceberam
das grandes poupanças a fazer na Editoria de Política.
Na conjuntura que atravessamos, em que a “fusão” está presente em todas as áreas do saber e da cultura, nada mais lógico que “encolher” a Política e “expandir” a Gastronomia, mantendo os ingredientes, perdão, os intervenientes na ribalta. Assim é mais infotainment!
Afinal, quantos leitores/ouvintes/espectadores/utilizadores é que se irão aperceber da diferença?
Ver também, sobre o mesmo tema, aqui
Jesus é Goês
28/02/2013 by
À Rua de São José, Lisboa. Jesus é Goês!*
* mensagem aprovada por Joshua, o comensal.
Louca por figos
30/08/2012 by
Para mim, um verão sem figos frescos não é bem bem a mesma coisa, pronto! Sejam eles do Algarve, sejam eles aqui do meu mercado!! E têm que ser bem maduros, já abertos. E é comê-los logo ali, segundos depois de comprá-los. E não vale a pena gastar dinheiro nos hiper. Dificilmente são bons e por certo não arranja mais caro! No mercado arranjei-os eu, hoje, a metade do preço. A mais pura das verdades e verdadeiramente maravilhosos. E acompanham tão bem com nozes… ou simplesmente sós!
Vantagens de se comer figos:
1- energia; ajudam ossos e músculos (fibra, minerais, vitaminas);
2-alto teor em agentes antioxidantes protectores do organismo;
3-valor nutritivo;
4- etc.
Figos frescos: uma deliciosa e saudável tentação.
Cada um tem a sua mania…
Fazedores de milagres
24/07/2012 by
Francisco Vieira de Almeida, de 20 anos, foi o jogador mais jovem da equipa portuguesa de râguebi que conquistou o Algarve Sevens, ao derrotar a Espanha na final, por 7-5. Estão apurados para o Mundial 2013. Parabéns.
O seu comentário tem que se lhe diga: “Com as condições que temos, continuamos a fazer milagres”.
Não é só no desporto que se continuam a fazer milagres em Portugal. Somos «milagreiros» em muitas àreas.
Penso no Ensino: o professor é quase um «fazedor de milagres». Quem é professor percebe bem o que estou a dizer (no meio de tanta papelada ainda arranja tempo para preparar aulas).
Mas penso, sobretudo, nos reformados a viver com miseráveis pensões e nas famílias em que pai ou mãe ou ambos estão desempregados. Como se pode viver sem saber fazer milagres?
«Omoletas sem ovos», uma das especialidades da gastronomia portuguesa (sugiro candidatura a Património Nacional).
Um restaurante em Coimbra
31/01/2012 by
Tenho dois amigos visionários, casados um com o outro, ele, um comunicador puro, ela, uma mulher de acção. Há uns anos, contra todas as expectativas, resolveram criar um restaurante numa aldeia improvável, perto da Guarda. Deixando para trás comodidades e enfrentando riscos, o Eugénio, hedonista a tempo inteiro e antigo relações públicas, fez-se chefe de sala; a Manucha saltou dos jornais e das escolas para a cozinha, dotada também de mãos que tornam simples o acto de criar pratos extraordinários. [Read more…]
Coisas boas em Portugal
31/01/2010 by
Um artigo sobre Portugal pelo Embaixador Britânico sobre o nosso país – vale a pena ler!
Dez coisas que melhoraram em Portugal nos últimos 15 anos
Alexander Ellis,
Embaixador Britânico
Chegou a época do espírito natalício. Então, deixemos de lado quaisquer miserabilismos e concentremo-nos nas coisas boas – não como escape mas como realidade. Vivi em Portugal há quinze anos. Agora, de volta, quero sugerir dez coisas, entre muitas outras, que melhoraram em Portugal desde a minha primeira estadia. Não incluo aqui coisas que já eram, e ainda são,
fantásticas (desde a forma como acolhem os estrangeiros até à pastelaria).
Aqui ficam algumas sugestões de melhorias:
– Mortalidade nas estradas; as estatísticas não mentem – o número de pessoas que morre em acidentes rodoviários é muito menor, cerca de 2000 em 1993 e de 776 em 2008. A experiência de conduzir na marginal é agora de prazer, não de terror. O tempo do Fiat Uno a 180km/h colado a nós nas auto-estradas está a
passar.
– O vinho; já era bom, mas agora a variedade e a inovação são notáveis, com muito mais oferta e experiências agradáveis. Também se pode dizer a mesma coisa sobre o azeite e outros produtos tradicionais.
– O mar; Lisboa, em 1994, era uma cidade virada de costas para o mar; poucos restaurantes ou bares com vista, e pouca gente no mar. Hoje, vemos esplanadas e surfistas em toda a parte. Muita gente a aproveitar melhor um dos recursos naturais mais importantes do país.
– A zona da Expo; era horrível em 1994, cheia de poluição, com as antigas instalações petrolíferas. Agora é uma zona urbana belíssima, com museus e um Oceanário <http://www.oceanario.pt/> entre os melhores que há no Mundo.
– A saúde; muitas das minhas colegas têm feito esta sugestão – a qualidade do tratamento é muito melhor hoje em dia, apesar das dificuldades financeiras, etc. A prova está no aumento da esperança de vida, de cerca de 74 em 1993 para 78 anos em 2008.
– Os parques naturais; viajei muito este ano do Gerês <http://portal.icnb.pt/ICNPortal/vPT2007-AP-Geres?res=1280×1024> a
Monserrate
<http://www.parquesdesintra.pt/index.aspx?p=parksIndex&MenuId=9&Menu0Id=9>
; tudo mais limpo, melhor sinalizado, mais agradável. O pequeno jardim está, de facto, mais bem cuidado.
– O cheiro. Sendo por natureza liberal nos costumes sociais, não fui grande fã da proibição de fumar – mas, confesso, a experiência de estar num bar ou num restaurante em Portugal é hoje mais agradável com a ausência de tabagismo. E a minha roupa cheira menos mal no dia seguinte.
– A inovação; talvez seja fruto da minha ignorância do país em 1994, mas fico de boca aberta quando visito algumas das empresas que estão a investir no Reino Unido <http://ukinportugal.fco.gov.uk/en/doing-business/> ; altíssima tecnologia, quadros dinâmicos e – o mais importante de tudo – não
há medo. Acreditam que estão entre os melhores do mundo, e vão ao meu país, entre outros, para prová-lo.
– O metro de Lisboa. É limpo, rápido, acessível e tem estações bonitas.
– As cores; Portugal tem e sempre teve cores naturais bonitas. Mas a minha memória de 1994 era o aspecto visual bastante cinzento das cidades, desde a roupa até aos carros. Hoje há mais alegria – recordo um português que me disse, talvez com tristeza, que o país estava a tornar-se mais tropical.
Em termos de imagem, parece-me um elogio!
Esta é a minha lista. E a sua?
Alexander Ellis,
Crónica de Paris, ou a árdua tarefa de comer e beber
29/12/2009 by
Mercado de Aligre
Por ser a sexta vez que estou em Paris, ainda não senti necessidade de revisitar os principais monumentos da cidade. Ao invés, os primeiros dias têm sido ocupados a visitar uma família numerosa, que, no fim de contas, é quem nos tem permitido vir tantas vezes. Basicamente, não tenho feito outra coisa senão comer, beber e dormir sempre que me sento num sofá. Sempre adorei a gastronomia francesa, mas desta vez fiquei deliciado com a Sopa de Peixe vinda directamente de Biarritz, e, claro, com as inevitáveis tábuas de queijos e os deliciosos vinhos de Bordéus.
Pelas ruas da cidade, descobri, numa transversal do Faubourg Saint-Antoine, o Mercado de Aligre. Ali se vendem, desde o sec. XIII, todos os produtos hortícolas e frutícolas a preços que não são nada de especial se pensarmos no salário médio dos franceses.
Goosto de caminhar à noite pelas ruas desertas da cidade. Foi assim que descobri, cá como aí em Portugal, a luta dos cidadãos contra o encerramento dos servicos públicos por razões puramente economicistas.
Anteontem, fui pela primeira vez ao Centro. Era o último dia do Mercado de Natal dos Campos Elíseos, que vai na segunda edição e ocupa as duas alas da histórica Avenida, desde a Grande Roda ao Arco do Triunfo. Mais uma vez, os preços eram muito acessíveis, até para os portugueses.
Ontem, meti-me numa aventura e fui de carro emprestado a Fontainebleau, a 70 quilómetros daqui. Mas isso já vai ficar para amanhã.
Rua Jean Mace Protesto contra encerramento de Posto de Correios
Sopa de Peixe com croutons, rouille e queijo ralado Tabua de queijos e Vinho de Bordeus
Campos Eliseos (a direita, o Arco do Triunfo ao fundo)
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