Novo Jornalismo

Onde Política e Gastronomia se cruzam

cavacoCom um Cavaco na Presidência e um Coelho a primeiro-ministro muitos OCS se aperceberamWild rabbit  siting on sand track das grandes poupanças a fazer na Editoria de Política.

Na conjuntura que atravessamos, em que a “fusão” está presente em todas as áreas do saber e da cultura, nada mais lógico que “encolher” a Política e “expandir” a Gastronomia, mantendo os ingredientes, perdão, os intervenientes na ribalta. Assim é mais infotainment!

Afinal, quantos leitores/ouvintes/espectadores/utilizadores é que se irão aperceber da diferença?

Ver também, sobre o mesmo tema, aqui

Governo apresenta demissão enquanto o PS está de cuecas

E esta gente, que é pouco inteligente mas esperta como um alho, já deu a conhecer a sua narrativa: esticar a corda com os juízes do Tribunal Constitucional, acusá-los de todos os falhanços da sua governação e, em última instância, apresentar a demissão por não ter condições para governar e pedir eleições antecipadas.
Com o PS em guerra interna e sem líder, este é o melhor momento. Ou muito me engano ou teremos novidades antes ainda do Verão.

Se o Alcino sai, a rua pára

Já tinha ouvido falar no Alcino, no café, na mercearia, em conversas de rua. “Então, viste o Alcino?”, perguntavam-se uns aos outros. “O Alcino tem andado fugido”, dizia outro.” “Ontem vi o Alcino, lá ia todo lampeiro”.

A rua inteira parecia conhecer o Alcino, mas eu, recém-chegado ao bairro, não fazia ideia de quem pudesse ser.
Levava pouco mais de uma semana no escritório quando o chefe mandou encerrar a varanda onde fumávamos. Transformou o espaço aberto numa marquise com caixilharia de alumínio e instalou ali uma sala de estar para ele. Começámos a descer à rua para fumar, cinco minutos de manhã, outros cinco minutos à tarde.

No escritório, a maioria protestou, ter de apanhar chuva e sol, correntes de ar, ter de descer e subir escadas, que o elevador só funcionava quando queria, para um miserável intervalo de cinco minutos. Mas a varanda dava para as traseiras dos outros prédios, víamos os mesmos miseráveis cinco minutos de outros como nós, ou a dona de casa que estendia as peúgas do marido, e aquilo sabia-me a pátio de cadeia, sem sequer poder dar uma voltinha completa.

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O fantasma Relvas ainda esvoaça sobre a TAP

TAP

O neoliberalismo do governo é implacável. “Qual social-democracia, qual democracia cristã? Estranha, essa ideia de patriotismo e defesa dos interesses nacionais, mesmo os estratégicos.”
No referido tom, decorria o diálogo entre Coelho e Portas, na companhia do Pires que ainda adiantou: “Eu, que fui candidato a ‘nobel cervejeiro’, sem conseguir o prémio por maldade do ingrato Manuel Violas, tenho a autoridade reconhecida em matéria macroeconómica e sou categórico na defesa do princípio do Estado mínimo, sem obrigações sociais e sem uma empresa sequer no património – temos de convencer a velharia, até o Cavaco, a aceitar também a venda da CGD.”

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“Clube da bancarrota”, o clube do lusitano coração

Inclinações clubísticas de Coelho iguais às de Sócrates. Portugal regressa ao ‘clube da bancarrota”, o nosso clube do coração. Obrigado Coelho, simpatia Gaspar!

Salazar Coelho

Um utensílio inovador da designer Madalena Martins.

Quem tem Joana Vasconcelos não precisa de photoshop

Inauguração da exposição de Joana Vasconcelos, no Palácio da Ajuda, ontem.

(Fonte: Presidência da República)

Está tudo explicado

praxeEsta do coelho pareceu-me de mau gosto. E era: praxistas, o costume; é do hábito. (fonte)

Défice comercial e défice das condições de vida

O Banco de Portugal já tinha revisto em baixa, para – 1,9%, a evolução do PIB para 2013, no ‘Boletim Económico’ de 15 de Janeiro:

banco de portugal_boletim económico_15_01_2013

Segundo dados do INE, publicados aqui e também divulgados pela comunicação social,  no último trimestre de 2012 e em relação ao período homólogo de 2011, as exportações subiram 1% e as importações registaram uma redução de 3%.

De resto, e tomando como base a comparação de períodos anuais (2012 v 2011), sabe-se que as exportações subiram, de facto, 5,8%, contra uma quebra das importações de 5,4% – calcula-se que tivemos um défice comercial de 10.668 milhões na transacção de bens com o exterior.

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O Povo

“Será que dá para eleger um novo?”

Parece-me que terá sido a pergunta que deu o mote ao tacho. Atendendo às duas presenças em causa, creio que se entende a ausência de mais comensais. Afinal de contas quem é que quer ir comer com quem nos lixa? Nem o Jotinha quer…

Admito também como certa  a ausência de preocupação do Governo, afinal o povo é uma chatice, insistem em consumir oxigénio e imaginem só, precisam de comer.

Tenho por isso muitas dificuldades em entender as razões que levam Professores a chamar mentiroso a Nuno Crato, quando todos sabemos que ele tem apenas um problema com a verdade.

Também não se entende que chamem gatuno ao Gaspar, aliás, algo que a curto prazo será impossível de acontecer porque ele não terá o que roubar.

A eleição de um novo povo poderá muito bem começar este Sábado, assim o povo queira ser eleito!

(+ info)

Passos mente, Coelho também

Estar desempregado não pode ser um sinal negativo tem derepresentar também uma oportunidade

Sobre a nacional-mitologia do empreendorismo, ler Empreendedorismo em Portugal – as mentiras e os factos seguido de Passos Coelho e o desemprego: ignorância ou mentira deliberada?

De Cavaco a Sócrates, venha o diabo e…

A História do País, sobretudo o Portugal de há 500 anos, não merecia políticos da estirpe de Cavaco e Sócrates; e ainda de todo um exército de funestas figuras que o têm dirigido nas últimas três décadas e meia – a estrondosa maioria, incluindo os que integram o actual governo, está distante de corresponder aos padrões de excelência – excelência, palavra recorrente deles próprios – da História e dos desafios da actualidade.

Parte significativa do povo do País, a determinante na escolha dos políticos que nos têm (des)governado e continuam a (des)governar, merece exactamente os Cavacos, os Guterres, os Sócrates, os Coelhos que têm tido e outros do mesmo grupo genético que, no futuro, a sua escolha elegerá.

Da comunicação social às diferentes vozes que por aí se ouvem, muita gente atingiu o clímax com o prefácio de Cavaco. Problemas de ‘ejaculatio praecox’. Contentam-se e entusiasmam-se com este jogos frívolos até uma dormente exaustão.

De massa cinzenta escassa e fatigada pela ejaculação incontrolada, a dita parcela de gente esquece-se do que está ser confiscado a centenas de milhares de portugueses, incluindo eles próprios, pelo actual governo – excepto se forem trabalhadores da TAP, da CGD e de outros paraísos que o Gaspar – quadro do Banco de Portugal – deixa impunes a cortes salariais.

Em suma, nesta etapa do percurso, pode dizer-se que de Cavaco a Sócrates, venha o diabo e escolha! Sem esquecer os que estão entre ou depois deles.

Gastronomia portuguesa

Amuleto

Como matar um coelho

Down by Law de Jim Jarmusch. Qualquer insinuação política sobre este grande momento da história do cinema será considerada uma leitura abusiva da sondagem hoje publicada (que trocada por miúdos revela uma natural transferência de intenções de voto do CDS para o PSD) .

Declaração de interesses: nunca comi (conscientemente) coelho, por motivos religiosos (é muito parecido com gato, esse animal sagrado).

Ainda as Presidenciais: Coelho, Nobre e o resto

Coelho e Nobre incandesceram a noite das presidenciais. Homens da comunicação social, politólogos, comentadores e gente anónima assim ajuizou. Concordo também, recusando,embora, deter-me na mera constatação dos factos. Há capítulos da história eleitoral para investigar e tentar interpretar as causas do sucesso de ambos. Sim, as causas existem e são diferentes para cada um deles.

Os votos em Coelho, perfazendo 4,50%, foram produzidos por razões demográficas e políticas distintas, se considerarmos a distribuição geográfica dos eleitores. O discurso cru e terra-a-terra, no Continente, rendeu-lhe os votos de descontentamento e do protesto em relação à classe política convencional; na Madeira, onde colheu 39% de votos, abaixo apenas 5% de Cavaco Silva, poderá significar que, naquele arquipélago, o estilo boçal e dominador do Alberto João, apenas, será susceptível de ser combatido com eficácia, se as armas utilizadas estiverem no mesmo comprimento de onda.

Passamos a Fernando Nobre. Tido por  homem bom, mas sofrendo de entropia comunicacional, chegou ao resultado de 14,1%,  o qual até parece ter surpreendido o próprio. Se Nobre comunicava de forma deficiente  e, em reportagens das TV’s, revelava fraca atracção popular, excepto no Bolhão, como se justifica, então, a percentagem de votos alcançada? Uma das explicações, a meu ver, foi ter contado com o suporte da máquina soarista; da qual o rosto mais emblemático foi a mandatária Margarida Pinto Correia – havia sido há anos mandatária para a juventude de Mário Soares.

Presidenciais: Conclusão

O Prof. Cavaco Silva, a meio do discurso de vitória, afirmou que o seu próximo mandato será pautado por uma “magistratura actuante”. Ora, o anterior foi, palavras do próprio, uma “magistratura de influência”. Posso estar confundido mas de “influência” para “actuante” vai uma enorme diferença.

A mudança é fruto do que se passou durante a campanha eleitoral e, de igual forma, do resultado final destas eleições. Podemos olhar para os resultados de várias maneiras e conforme os gostos – Cavaco Silva, Fernando Nobre, Francisco Lopes, José Coelho e quase quase Defensor Moura cantaram vitória. Por sua vez, o valor da abstenção foi o maior de sempre (53,7%) e que dizer do valor dos votos em branco (4,26%) ou dos nulos (1,93%)?

O Presidente Cavaco Silva percebeu, muitíssimo bem, aquilo que aconteceu: venceu, é certo, mas ficou aquém do que desejava fruto de duas coisas muito simples mas bem significativas: uma campanha cuja recta final foi torpedeada por notícias nada abonatórias para a sua honra e honestidade e devidamente “cavalgadas” pelos partidários de Sócrates; um claro protesto maioritário contra o sistema e contra aqueles que, directa e indirectamente, suportaram este governo (fosse através de uma magistratura de influência, fosse pela pressão nunca vista da ala “cavaquista” para uma aprovação “sem espinhas” do actual orçamento de estado). Basta juntar a abstenção recorde, com os votos brancos (cinco vezes mais) e os nulos. E nem me atrevo a acrescentar o voto em José Coelho e parte substancial do voto em Fernando Nobre.

No seu conjunto, o povo deixou uma mensagem clara: o Presidente é reeleito mas o aviso fica feito.

Os outros destinatários não sei se perceberam. Já Cavaco Silva percebeu e daí a mudança de “magistratura”. Da mera e ambígua “influência” para a “actuante” é todo um novo caminho, todo um programa…

Breves notas de rodapé:

1. O discurso de derrota de Manuel Alegre merece um forte aplauso. Foi digno.

2. O resultado de José Coelho no Continente é surpreendente. Na Madeira é um forte aviso de duplo destinatário: para Jardim e para a actual oposição socialista na ilha.

3. A votação expressiva de Fernando Nobre merece destaque: é verdade que foi menor que a de Alegre nas anteriores mas o Presidente da AMI nunca teve a exposição pública deste nem qualquer cargo político de relevo.

4. O discurso de Pedro Passos Coelho foi brilhante e uma bofetada de luva branca em muito boa gente…

(Igualmente publicado AQUI)

Resultados das Eleições Presidenciais – primeiras previsões

O Aventar divulga em primeira mão as primeiras previsões:
Cavaco Silva – 52 a 58%
Manuel Alegre – 18 a 21%
Fernando Nobre – 14 a 16%
Francisco Lopes – 5 a 8%
José Manuel Coelho – 2 a 4%
Defensor Moura – 1 a 2%

Eles dançam, nós andamos à roda