Qatar Inc.

Da direita para a esquerda: Tamim bin Hamad al Thani, o Vladimir do Qatar, Lionel Messi, seu assalariado, e Gianni Infantino, mercenário que preside à FIFA e habita o bolso de al Thani.

Inspirador.

Eva Kaili e o estranho caso das ditaduras que adquirem serviços de altos cargos da UE

Eva Kaili, vice-presidente do Parlamento Europeu e membro do PASOK, foi detida em Bruxelas, por ser suspeita de integrar um esquema de corrupção, organização criminosa e branqueamento de capitais patrocinado pelo Qatar, com o intuito de favorecer o execrável regime em tomadas de decisão comunitárias.

Não sei se se relacionará com isto, até porque a Comissão Europeia é liderada pelos conservadores do PPE, e este caso, segundo a comunicação social, envolve sobretudo membros dos S&D, mas as importações de gás liquefeito qatari aumentaram substancialmente no último ano, dada a necessidade de substituir Putin por um ditador com aspecto mais lavado. E aquelas dishdashas brancas a imaculadas sempre são mais frescas que o cinzento escuro do K(remlin)GB.

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Elites e ditadores: as notícias sobre Moscovo também eram exageradas, não eram?

É natural que as elites de uma ditadura não lhe sintam o peso da mão. Nenhum ditador governa sozinho. E isto é evidente em pessoas ou grupos tão distintos como a velha aristocracia que transitou do Estado Novo para a democracia, no branqueamento de Putin por Gerhard Schroder ou na relação de amizade de Dennis Rodman com Kim Jong-un.

Não admira, portanto, que o mesmo aconteça hoje com o Qatar. Seja por parte de emigrantes portugueses com uma posição privilegiada no país, por trabalharem em empresas com peso e importância na economia qatari, muitos dos quais minimizam o que lá se passa por medo de represálias, seja por parte de quem por estes dias viaja para Doha para assistir a uma partida do Mundial.

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O Mundial do Qatar, o lobista Sarkozy e as armas que al Thani lhe comprou

O Qatar garantiu a organização do Mundial em 2010. Na altura, Nicolas Sarkozy era presidente de França e lobista do violento regime Qatari. A UEFA, fundamental na escolha do Qatar, era liderada por Platini. E Platini foi um dos convidados para uma célebre reunião na residência oficial de Sarkozy, juntamente com o Vladimir do Qatar, Tamim bin Hamad al Thani. A reunião terminou com duas certezas: que o Mundial de 2022 seria no Qatar e que o Qatar encomendaria 14 mil milhões de dólares à indústria francesa do armamento. Pelo caminho, com os trocos que sobraram, ainda compraram o PSG.

Ainda bem que estas coisas não passam na televisão. É um aborrecimento, ter que levar com a realidade, quando há tanto futebol para ver.