Eva Kaili e o estranho caso das ditaduras que adquirem serviços de altos cargos da UE

Eva Kaili, vice-presidente do Parlamento Europeu e membro do PASOK, foi detida em Bruxelas, por ser suspeita de integrar um esquema de corrupção, organização criminosa e branqueamento de capitais patrocinado pelo Qatar, com o intuito de favorecer o execrável regime em tomadas de decisão comunitárias.

Não sei se se relacionará com isto, até porque a Comissão Europeia é liderada pelos conservadores do PPE, e este caso, segundo a comunicação social, envolve sobretudo membros dos S&D, mas as importações de gás liquefeito qatari aumentaram substancialmente no último ano, dada a necessidade de substituir Putin por um ditador com aspecto mais lavado. E aquelas dishdashas brancas a imaculadas sempre são mais frescas que o cinzento escuro do K(remlin)GB.

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Estilhaços da esquerda grega contra Tsipras

Corrente de Esquerda, Renovação Comunista, Organização de Reconstrução Comunista (grupo de antigos militantes do KKE), Esquerda Socialista (grupo de antigos militantes do PASOK que estão no Syriza), Esquerda Operária Internacionalista, Recomposição de Esquerda, Grupo Anticapitalista de Esquerda, Luta Operária (rede de militantes do KKE), etc., assinaram ontem um manifesto anti-memorando. (fonte)

Portugal não é a Grécia mas o PS pode muito bem ser o próximo PASOK

Costa Messias

Não se percebe o que se passa no Largo do Rato. Trucidou-se o Seguro que até nem fez uma má travessia do deserto, construiu-se um enorme pedestal para D. António Sebastião Costa, apresentaram-se uma agenda para a década e um conjunto de propostas de política económica que até colheram alguns elogios à direita – ou não fossem elas escritas sob a batuta de um liberal assumido – e agora é assistir a este triste espectáculo de harakiri político. As sondagens desiludem e a campanha apresenta-se como uma sucessão de desastres até ao cada vez mais provável apocalipse final. Estará tudo doido? [Read more…]

Novas da democracia

Discordas da UE? Tens opiniões contrárias às da UE? Queres criticar a UE? Vais preso. Notícias gregas. Gregas, para já.

E em Portugal quando é que se começa?

Depois da condenação de um ex-autarca de Salónica (prisão perpétua por desfalque ao Estado para esse militante da Nova Democracia), chegou a vez do ex-ministro da Defesa do PASOK ser condenado a oito anos de prisão. Declarações fiscais não batiam certo. Uma outra acusação, de lavagem de dinheiro, está ainda pendente.

Ó Seguro, pergunta ao PASOK

A ideia de através de engenharia eleitoral encolher a representação parlamentar das minorias, lançada em dia de República, só poderia vir da cabeça de quem anda nas nuvens.

Faz parte da demagogia nacional mandar para cima do número de deputados a responsabilidade de se eleger gente que ninguém conhece e só ficará a conhecer quando ocasionalmente abrir a boca e sair grossa asneira.

Que S. Bento está cheia de inúteis é um facto, sentados nos grupos parlamentares do PS e do PSD, colocados ali por quem vota neles.

É óbvio que António José Seguro tem em mente reduzir não o número total de deputados mas o número dos que se sentam à sua esquerda. Entendi-te. Só que nos tempos que correm bem se poderia lembrar do que aconteceu ao partido irmão do PS na Grécia. Com tanta abstenção ainda vai buscar lã e sai tosquiado.

Grécia: 59.97% apurados

ND 30.14 (130 lugares) Syrza 26.46 (70) Pasok 12.57(33) IndGr 7.43 (20) GolDaw 6.95(19) DemLeft 6.06 (16) KKE 4.50 12). Seguir no twitter.

Aprender a dançar com os gregos

A Grécia tem um ano de avanço: Passos, Portas e Seguro sabem agora o que os espera. O pânico à direita está na cara dos comentadores amestrados da Goldmam Sachs (a grande derrotada do dia, em três países, o que é obra) que nas televisões misturam Syrisa com nazis, tudo no mesmo saco; quando não se trata dos seus parceiros da corrupção pública e privada é tudo extremista e radical. O “centrão” ou o caos, socorro, chamem a cavalaria, vêm aí os gregos.

A lição que aprendemos com os gregos é muito simples: o bipartidarismo alternadeiro não dura sempre, por mais que se esforcem as comunicações sociais dos donos. Nenhum povo aceita ser governado por governos estrangeiros sem resistir. Não há mal que não acabe.

É certo que os nossos partidos do regime, os que nos fizeram o mesmo que fizeram ND e PASOK aos gregos, poderiam aprender a lição mas para esse lado não haverá sobressaltos: é a sua natureza de agremiações dos interesses instalados que os impede de pensar acima das suas possibilidades, embora não seja de todo improvável que numa reforma das leis eleitorais também ofereçam 50 deputados a si próprios. [Read more…]