A saudade vai de barco
leva na frente a luz vermelha
que fende as águas verdes.
Atrás uma palmeira
menina do deserto
aprisionada no sonho.
Balançam copos de vinho
à flor do mar incerto
e a música desce ao fundo do mar.
O peito estremece
e entrelaça os remos
nas mãos da água
que já não abraça
o ventre do casco verde.

(adao cruz)
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