Obras públicas são para avançar, diz o primeiro-ministro.
E diz muito bem. Poque há compromissos assumidos, porque há prioridades confirmadas, porque há pessoas que têm de ganhar a vida. E é assim que a ganham.
Dupliquem-se, pois, auto-estradas; construam-se barragens que vão destruir o ecosistema e mesmo vias férreas («só falta encher isto de betão»); TGV que vão andar vazios; Aeroportos desnecessários.
Construam. Jorge Coelho tem de ganhar a vida.
Não há dinheiro e o que há é cada vez mais caro, mas Sócrates tem que pagar a quem o colocou em primeiro ministro, ainda ontem assinou um contrato com a Motta-Engil do Coelho de 1. 420 milhões de euros para fazer outra aotoestrada, a ligar Coimbra a Viseu.