Capitão da Areia

À noite,

Há fadas pelo céu,

Gigantes como eu,

Cuidado!

Há sombras na janela,

Peter Pan dança na estrela,

Não acordes na viagem.

Conta-me uma história

De tesouros e luar,

És capitão da Areia,

E pirata de Alto Mar

Agora,

As cortinas têm rostos,

São fantasmas bem-dispostos,

Cuidado!

O Super-homem está a caminho,

Traz o Panda e o Soldadinho,

Fecha os olhos e verás.

Às vezes

Há dragões que têm medo

E é esse o seu segredo,

Cuidado!

Vivem debaixo da cama,

Brincam com o Homem-aranha,

Vais levá-los no teu sono.

Conta-me uma história

De tesouros e luar,

És capitão da areia,

E pirata de alto mar

Conta-me uma história

Onde eu entro devagar,

És capitão da areia

Diz-me onde me vais levar

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Momento Ratzo-Canónico da Semana

Música para fins-de-semana e tolerâncias-de-ponto. Legendado em brasileiro. Sejam tolerantes. Peace.

Nossa Senhora de Fátima consola as viúvas, II episódio

Ora parece que a Atlantis acusou o toque da Nossa Senhora de Fátima versão consolo de viúva. Vai daí,

Em declarações ao tvi24.pt fonte da empresa declarou que tinha conhecimento do assunto, que a escultura «já tinha sete anos», mas que não iriam ser feitas declarações sobre o assunto. Durante a tarde a empresa alterou a imagem da escultura no site e agora a fotografia da estátua de Nossa Senhora de Fátima apresenta um ângulo que anula a interpretação dada por alguns cibernautas, que chegaram mesmo a criar um grupo de apoio ao design da escultura.

Eu diria que o novo ângulo, e a pintura,  anulam a interpretação mas não a função.

Entretanto uma nossa comentadora chamou a atenção para o frio do cristal. Sugeri a venda em conjunto de uma caldeira para água benta, onde se coloque água a ferver (não precisa de ser benta, do Fastio também serve) e se proceda à imersão do objecto fálico. Um banho-maria, como muito bem rematou a nossa leitora.

Salários e Sarilhos no Centrão

Somos terra fértil em topetes de políticos e arranjistas. A maioria dos portugueses, essa máxima anónima chamada povo, acolhe-se no limbo do fatalismo e de uma espécie de estoicismo de Schopenhauer, ou seja, de que a luta pela vida está condenada a inevitável derrota.

A comunicação social de hoje,  DN e Sol, divulga notícias sobre dois temas de interesse político-social: i) os avultados salários pagos a advogados e economistas por simples presença em reuniões de conselhos de administração; ii) os desentendimentos entre o Governo e o Presidente da CGD, a propósito da nomeação do CEO da Cimpor.

De facto, observados os nomes envolvidos, as sumidades têm origem comum: o grande ‘centrão’. Bastas vezes estabelecem acordos em surdina; mas, em outras ocasiões os conflitos e sarilhos irrompem como vulcões. Querelas incontroláveis entre compadres.

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Imagens de Abril: Soldados Sempre ao Lado do Povo

Manso é a tua tia, pá!

O nível, a elevação, a classe de Sócrates irritado com Francisco Louçã, no debate de hoje no Parlamento.

Também pode ver a discussão completa.

Entretanto já se iniciou a campanha “Vamos obrigar Sócrates a pedir desculpas publicas à tia do Francisco Louçã.” No Facebook, claro.

Nuclear/ Renováveis – vantagens e desvantagens

O lobby do nuclear não desiste e o lobby das renováveis tambem não. O secretário de estado, Carlos Zorrinho, já recebeu o documento de quem defende o nuclear e ataca os apoios estatais à eólica, a solar e às barragens. A Associação das Empresas das Energias Renováveis diz que vai desmontar os argumentos apresentados.

É uma bela peleja, importante para o país, para sabermos se o nosso desenvolvimento energético tem as necessidades do país como objectivo ou se resulta de interesses públicos e privados, estimáveis, mas que não temos que pagar.

A incessante actividade das máquinas destruidoras de papel em Portugal

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Valha-me Nossa Senhora

Valha-lhes, às senhoras devotas, esta escultura intitulada Nossa Senhora, com 240 mm de altura (o diâmetro não sabemos se será o mais adequado) e o preço de 178 Euros.

Parece-me um bocado caro como consolo de viúva, e pouco higiénico dar-lhe a dupla função de adereço decorativo, mas isto deve ser o meu lado conservador e machista a vir ao de cima.

Assim vamos vendo como evolui a moral e se mudam os costumes. Ámen.

Encontrado via 5 Dias

Dois milhões por um anúncio

Está explicada a dificuldade que tivemos em arranjar alguém que apoiasse Sócrates aqui no Aventar, apesar de termos recorrido a um anúncio. Primeiro é preciso ter dois milhões de euros em dinheiro vivo ou contrapartidas (é preferível que o dinheiro não seja nosso) e alguns boys que se saibam mexer, só depois é que se faz o anúncio de apoio. Estamos sempre a aprender. Viva a cidadania.

Ganga – o sábio das calças rotas

Da passagem do Zé por terras de Angola, não ficou apenas o irónico episódio “Rikamba”. Outras histórias houve, como as de um par de calças que no dia em que ele chegou a Luanda, deu tanta confusão.

Tudo porque ele estava no mercado de Kinaxixi, em Luanda, acabado de chegar de barco àquelas terras numa docemente quente tarde de Novembro de 1970. Acompanhava-o Manuel, já há muito de vida instalada na Fazenda Tentativa sita no Alto Dande, a nordeste de Luanda, onde era Fiel Auxiliar num dos armazéns do açúcar, e que lhe arranjara um lugar de motorista na Companhia.

O Zé queria comprar umas calças, pois as jardineiras que trazia, tinham feito o favor de se rasgarem de puídas que estavam, a começar entre-pernas mas já a ameaçar a denúncia traseiro acima.

“Que raio!” disse o Zé. “Não vou chegar nesta figura à Companhia. O que vão os patrões pensar de mim?”.

Manuel ria-se: “Não te preocupes que aqui encontras tudo o que precisas”. “Olha aqui esta banca de roupa”.

Movido pelos nervos, Zé tomou logo palavra com o vendedor, um negro ainda moço, de corpo franzino e de sorriso estampado na cara: “Preciso de umas calças”, puxando pelo peitilho das suas jardineiras, afirmou de modo peremptório “Ganga!” Ganga!”.

O olhar do imberbe vendedor alterou-se, transitando da alegria para o espanto “Ganga?!” disse ele “Nganga!”

“Sim, isso!” disse o Zé enquanto puxava pelas alças das suas jardineiras, “Ganga, ou Nganga, ou lá que merda chamam a isto”.

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Em erupção


Generosa, esta mãe Natureza. Agora decidiu adiar o regresso do Dr. Cavaco Silva, carregando o ar com maravilhosas partículas de cinza vulcânica. Durante uns dias, estamos em Interregno republicano – aproveitemos! – e dadas as circunstâncias e a indesmentível co-responsabilidade semi-presidencial pela situação de desastre em que o país tem sobrevivido, não se pode dizer que esta forçada estadia na Chéquia, seja uma coisa ruim. O residente de Belém pode aproveitar para ir a banhos em Carlsbad, apreciar uns cristais da Boémia, comer umas salsichas com mostarda apimentada e beber umas Pilsener light. Após o raspanete de ontem, o seu iracundo correspondente Vaclav Klaus não lhe negará umas férias bem passadas, ao volante de um Skoda emprestado e com rodagem já feita.

Entretanto, o embaraçado optimista e reelectivo semi-presidente poderá passar o tempo numa espreguiçadeira, lendo este artigo que não é tranquilizador para qualquer um de nós. Bem pelo contrário, é catástrofe que todos adivinham e passámos a ser the next global problem. Que honra…

Sócrates pensa a metro

” Essa é uma questão que não me ocupa um milímetro do meu pensamento”

É a vida…

Só espero que a comitiva do Sr. Presidente da República não fique retida no Aeroporto sem umas sandes e umas colas. São as maldades da natureza.

Nestas coisas sou um homem de fé e acredito sempre na bondade humana. Por isso acredito que alguém tenha feito uma cópia para o Sol.

A maldosa ERC não quer o Hot Nights. Prefere o Canção Nova. São opções, eheheheeh.

Hoje o Aventar esta no Semanário Grande Porto e no DN está uma carta de Paulo Teixeira Pinto a Louçã que é de leitura obrigatória. Depois disto, se Louçã nada fizer, só posso concluir que é um farsante!

Homenagem à mulher portuguesa

Acabo de chegar a casa ainda comovido com o belo expectáculo a que assisti no Coliseu, promovido pela Associação 25 de Abril e a RTP1.

Pelo palco passaram artistas que todos conhecemos, da Maria do Amparo à Maria de Medeiros, do Vitorino ao Fernando Tordo, da Simone ao Carlos do Carmo, os jovens do Chapitô (a Tété deu-me um cravo…) os cantares de Montemor-o-Novo no feminino, Bernardo Sasseti, Carlos Mendes ,Carlos Alberto Moniz, Helena Vieira, José Mário Branco, Lena d’Água, João Pedro Pais, Mafalda Veiga, Manuel Freire, Luisa Basto, Luisa Amaro, Maria Viana, Odete Santos e que me desculpem os que me faltam…

Recordaram-se mulheres corajosas como Maria Lamas, Maria de Lurdes Pintassilgo,  Izabel Aboim Inglês, as três Marias e tantas outras que estiveram na frente na luta contra o pesadelo facista. Os avanços que as mulheres foram obtendo na sua luta pela igualdade, a primeira vez que votaram, logo na Constituinte, que deixaram de ser propriedade do pai ou do marido.

A mulher que logo no dia 25 de Abril vendia cravos na Baixa de Lisboa e se lembrou de os “plantar” no cano das espingardas dos soldados, a duas cadeiras de mim, chorava digna do seu gesto nobre e que ficou para a posteridade.

Estiveram lá os capitães de Abril e o povo de Lisboa e com excepção de um deputado que tambem é capitão de Abril, não estava lá um único político no activo,( a não ser que os não conheça…) embora Mário Soares e Maria Barroso tivessem dito presente.

Abracei o Vasco Lourenço e o Otelo ! 25 de Abril, sempre !

Apontamentos do Douro (6)

(Rio Douro, da Régua ao Pinhão)

O vulcão Eyjafjallajökull contado por um português na Islândia

Tinha de haver um. Ivo Gabriel é o português que vive na Islândia e que nos conta do vulcão Eyjafjallajökull, a borboleta que bateu as asas num glaciar  e  provocou uma grande seca nos aeroportos. Nas suas Iceland Views

A Justiça está ao serviço do poder


Rui Pedro Soares é o corruptor passivo porque tentou obter vantagens para um terceiro através do contrato com Figo.
O terceiro é José Sócrates, que pelos vistos sabia de tudo.Rui Pedro Soares é constituido arguido. José Sócrates não. As provas que incriminam Rui Pedro Soares têm andamento. As provas que incriminam José Sócrates são consideradas nulas e são destruídas.
Esta gente que manda na Justiça não tem vergonha?

Sons de Abril: Luis Cília – Canção Final, Canção de Sempre


Luís Cília canta a sua canção de 1964 e hino de resistência, «Canção Final, Canção de Sempre», com poema de Manuel Alegre. A gravação foi feita num restaurante de Paris, onde o autor, exilado, ganhava a vida cantando. Devido à proibição dos seus discos em Portugal, esta música foi editada no nosso país com a voz de Adriano Correia de Oliveira.