Guerra!

Hoje começaram os bombardeamentos em larga escala, mas os primeiros raides (ver texto e comentários) com armamento cirúrgico já vêm acontecendo há algum tempo.

Preparado o terreno, chegou o tempo do assalto e de utilizar todas as munições ao dispôr. A fúria especulativa atacou hoje em várias frentes  causando enormes baixas e danos nos periclitantes alicerces da economia portuguesa. Durante a saraivada, um intrépido dirigente socialista veio afirmar que o ataque se deve apenas às fragilidades do euro e não às reais condições das contas nacionais. Continuem assim que levam poucas! Se não fossem os “danos colaterais”, em que quem se lixa é o mexilhão, até seriam merecidas.

Vamos salvar as baleias?

Petição para assinar, ajude a salvar as baleias! Sabe que as baleias não fazem mal a ninguem, nem afundam barcos, só lutam quando são feridas. Eu já estive a dois metros de uma baleia mãe com o seu filhote de duas toneladas a olharem para mim, passavam por baixo do barco e ficavam do outro lado, e voltavam para me observar, até que outras pessoas saíram do quentinho da cabine e se juntaram a mim. Então a mãe e o bébé afastaram-se uns metros e deram-nos uma lição extraordinária. A mãe baleia voltou-se de barriga para cima e deu de mamar ao bébé.

O único animal que é predador somos nós os humanos, fazemos mal porque sim!

R. Luciano Cordeiro: Lisboa Arruinada


Característico exemplar de prédio residencial do final do séc. XIX/início do XX, em Lisboa, Rua Luciano Cordeiro. emparedado, aguarda tristemente a sua demolição, decerto para ser substituído por outro mamarracho como aqueles que abundam nesta zona (Duque de Loulé).
Lisboa é sem dúvida e a par de Bucareste, a capital europeia (?) com a mais incompetente, debochada e desapiedada Câmara Municipal, cuja responsabilidade pelo desastre, já remonta a meados dos anos sessenta. Não tendo sofrido qualquer bombardeamento durante a II Guerra Mundial, os efeitos da cupidez, corrupção e mau gosto, são amplamente visíveis em todo o lado. Uma vergonha nacional.

Portugal:

A bancarrota está a caminho. Fujam!

Vacas Maronezas Junto ao Rio Poio

Saber o preço de tudo e não saber o valor de nada

Saber o preço de tudo e, contudo, não saber o valor de nada! Citação anónima.

Há muito tempo que comecei a alertar a mui intelectual Clara Ferreira Alves ( e não só ela) sobre a evolução errônea da CEE e dos seus subsistemas, em cartas que lhe escrevi através do Expresso, juntanto sempre propostas concretas de prevenção e de solução. Mas ela não deu o braço a torcer. A maior parte das pessoas e sobretudo jornalistas adoram vaticinar problemas e falar sobre eles quando materializados, mas da sua prevenção e solução não querem saber. E agora a Dra. Clara Ferreira Alves e muitos outros queixam-se….

Para onde vamos? Não tenho dúvidas: vamos para um novo paradigma, para novos horizontes, uma ordem superior…mas possívelmente primeiro vamos ter que passar por graves turbulências sociais porque – infelizmente – as pessoas só mudam quando começa a doer.

Depois, no novo paradigma e numa ordem superior, numa primeira fase e até a poeira não se assentar, quem quiser morangos que os plante ele próprio. Depois das coisas recuperadas e a correr melhor, porventura, poderemos dar às mulheres (e não só a elas) “uma oportunidade” mas de forma ciberneticamente correcta – lá no Magrebe, no seu próprio habitat.

Sim, strawberry fields forever, mas vendo o mundo com outros olhos e agindo de forma diversa. É tão simples como isso.

Rolf Damher

Angola, Construtoras e Dinheiros Públicos (II)

Sofri uma traição. Quem sabe se por mera actualização redactorial, se por eventual choque de interesses do corpo accionista do jornal “i” – julgo que não é de excluir a participação de um grupo de construção e obras públicas no capital do referido diário.

O certo é que a notícia para a qual estava feita a hiperligação do meu texto anterior desapareceu da edição ‘on line’ do “i”.

Todavia, não há problema, com ou sem notícias do jornal “i”, o fulcro e substância das minhas considerações mantêm-se. Poderão ser confirmadas pelo sítio ‘Notícias Lusófonas’. Porém, tenho mais pormenores a destacar: em vez de 1,7 a dívida de Angola a empresas portuguesas cifra-se, afinal, em 2,5 mil milhões de euros.

Com “i” ou sem “i”, a verdade é incontornável e, para a negar, não “ há mulher que faz intriga amorosa”, o que no dicionário de língua portuguesa da ‘Porto Editora’, significa ‘lena’.

O curriculum de Rui Pedro Soares

Via Raiva Escondida

A propósito das declarações de Carlos Barbosa, segundo o qual Rui Pedro Soares não tinha aptidões mas tinha padrinhos, facto que muito incomodou o PS, confira-se o curriculum daqueles que eram até há bem pouco tempo os homens-fortes da PT.

Curriculum de Henrique Granadeiro

Licenciado em Organização e Administração de Empresas pelo Instituto Universitário de Évora; chefe da Casa Civil de Ramalho Eanes; embaixador e representante permanente de Portugal junto da OCDE;  Presidente do IFADAP; Presidente da Fundação Eugénio de Almeida; Administrador da Sojornal; Presidente da Comissão Executiva da Lusomundo Media; Administrador da Portugal Telecom; Presidente do Grupo PT em 2006; Chairman do Grupo PT.

Curriculum de Zeinal Bava

Licenciado em Engenharia Eléctrica e Electrónica pelo University College London; CEO da Portugal Telecom, SGPS, S.A.; CEO da TMN – Telecomunicações Móveis Nacionais, S.A.; CEO da PT Comunicações; Presidente do Conselho de Administração da PT Sistemas de Informação; Presidente do Conselho de Administração da PT Inovação; Presidente do Conselho de Administração da TV Cabo Portugal, S.A.; CEO da PT Multimédia — Serviços de Telecomunicações e Multimedia, SGPS, S.A. (2003/2007); Presidente do Conselho de Administração da Previsão — Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A. (2003/2007); Presidente do Conselho de Administração da PT PRO — Serviços de Gestão, S.A. (2003/2008); CFO da Portugal Telecom, SGPS, S.A. (2000/2006); Director e Gestor de Relações Públicas para Portugal da Merrill Lynch International (1998/1999); Director Executivo da Deutsche Morgan Grenfell (1996/1998); Director Executivo da Warburg Dillon Read (1989/1996).

Curriculum de Rui Pedro Soares

Licenciado em Gestão de Marketing no IPAM; Vereador (sem Pelouro) na Câmara Municipal de Lisboa; Candidato à Presidência da JS; Assistente do PS no Parlamento Europeu; Dragão de Ouro; Funcionário do Banco Cetelem; Administrador executivo da “holding” Portugal Telecom; Administrador Não-Executivo da Tagus Park.

The Godfather IV: O Afilhado

Já no mês de Fevereiro João José Cardoso, aqui no Aventar, peguntava: “Você pagava 2,5 milhões de euros por ano a este tipo?”

Hoje, na na comissão de inquérito ao negócio PT/TVI, Carlos Barbosa disse, por outras palavras, que não, que ele não pagava, até porque Rui Pedro Soares “não tinha qualquer espécie de aptidões” para estar na PT Compras, “é evidente que o dr. Rui Pedro Soares não cai do céu na SGPS sem conhecimentos nas áreas de gestão e financeira que ele não tinha. Se calhar teve ‘padrinhos’ que nunca nenhum de nós teve”.

E disse também isto: “Ele nunca escondeu a sua amizade por José Sócrates e a sua amizade, talvez mais forte, por Mário Lino”. A 2,5 milhões de euros por ano, por cabeça, também eu tinha grandes amigos. Aquilo a que hoje em dia se chama amigos xPTo.

(PS: Já agora, e porque um blogue também pode ser formativo, veja aqui o significado original de XPTO)

O apartamento de Inês de Medeiros está uma badalhoquice

 
Foi Inês de Medeiros que o disse: uma das principais razões que a obrigava a ir todas a semanas a Paris era a limpeza do seu apartamento.
O Aventar, que viu a deputada gaulesa na sessão comemorativa do 25 de Abril, no Domingo, ficou preocupado com o estado de limpeza de uma casa que, está bom de ver, não ia ser limpa durante o fim-de-semana. Vai daí, começou a investigar e apresenta hoje, em exclusivo, fotos do estado actual do apartamento dos Campos Elíseos.
Para além de estarmos em presença de um casal à moda antiga – o marido suja e a mulher limpa – algo que a nós, homens, nos deixa cheios de alegria, reparamos também que para Inês de Medeiros não existem empregadas domésticas em Paris – nas suas próprias palavras, não é como cá.
Mas também isso o Aventar pode resolver. Este vosso escriba é de família de emigrantes – uma avó e nove tias e tios que labutam diariamente na cidade-luz como empregados de limpeza, porteiros e operários. Gente de fibra, gente que trabalha a sério – volta à pátria uma vez por ano sem que ninguém lhe pague a viagem – e que não teria qualquer rebuço em ganhar mais uma horas a limpar a casa da sua compatriota.
Enquanto não procedemos a esse ajuste directo, algo tem de se fazer para acabar com a badalhoquice que se vive naquela casa. Ainda por cima, no próximo fim-de-semana é o Dia do Trabalhador e mais uma vez a casa não vai ser limpa – Inês de Medeiros, tenho a certeza, nunca perderia as cerimónias do 1.º de Maio!
Assim, como forma de remediar a situação, a deputada podia aproveitar a greve dos funcionários do Parlamento e dar um saltinho a Paris amanhã. Não é muito tempo, é verdade, mas deve dar ao menos para esfregar a cozinha e aspirar a sala.

Coitadinha da Micro$oft

Queixa-se a Micro$oft que 42% do software utilizado em Portugal é ilegal, querendo com isso dizer que não foi pago.

Tem bom remédio: o estado, e muito principalmente as escolas, que deixem de utilizar $oftware e adquiram software livre, de código aberto.  Até o PSD já percebeu isso.

O  preço da generalidade dos programas da Micro$oft inclui a amortização dos “prejuízos” pelos que não pagam, o que resulta em custos absurdos. E em má qualidade que ali só o cifrão conta.

Hoje Não Passa o Comboio

Hoje quase não passa o Comboio.

Angola, Construtoras e Dinheiros Públicos

Procuro em mil e um pensamentos as justificações para a visita surpresa do Ministro de Finanças a Angola, nestes últimos dias. Haverá, certamente, interesses para a rodear de algum secretismo e mistério – Quais? Ninguém me consegue explicar. Assim sendo, e porque teimo em procurar a verdade, sou compelido a fazer o diagnóstico através da agenda de trabalhos cumprida.

À parte, soube há dias, de fonte fiável, ter sido executada uma operação fraudulenta, por um alto responsável da banca local, que causou o desvio de Angola de muitos milhões de dólares. Agora, segundo Jornal “i” o Ministro da Construção angolano, Silva Ferreira, alega que falta de liquidez do País é causada pela quebra das receitas do petróleo em 2009. Enfim, por uma razão ou por outra, o Estado de Angola confronta-se com um problema de reduzida liquidez.

Como no passado, em que havia guerra e preços do petróleo limitados, há empresas portuguesas, fornecedoras de bens e serviços, credoras de montantes em mora. Também como no passado, neste jogo empresarial luso-angolano, quem melhor se mexia e mexe são as grandes construtoras: Mota-Engil, Soares da Costa e Teixeira Duarte, em particular. Américo Amorim – não me esqueceu – nada em águas diferentes.

Na “visita surpresa”, Teixeira de Santos assentiu que o Estado Angola faça o pagamento das dívidas através da Linha de Crédito de 2009, de 500 milhões de euros, criada para objectivos totalmente distintos; e mais, o Sr. Ministro estabeleceu também que “competirá às autoridades angolanas identificar as empresas que deverão prioritariamente ver essas regularizações feitas e que não será de estranhar que a construção seja uma das áreas contempladas”. Saliente-se que, por norma, nestes casos a força dos ‘lobbies’ é que ditará o itinerário do prioritário; por outro lado, a dívida total é de 1,7 mil milhões de euros e atinge muitas PME cujos casos, certamente, serão atirados para as ‘calendas gregas’.

Sabido, desta maneira, o resultado da visita, é natural inferir que, por influência das grandes construtoras, o ministro Teixeira dos Santos tenha ido a Angola decidir da utilização de 500 milhões de euros de fundos públicos para pagar dívidas do corrupto Estado angolano às grandes construtoras; as quais, agora como no passado, constituem um ‘lobby’ de negócios sem risco. O Estado paga sempre, mesmo que a dívida seja de Angola ou que o Tribunal de Contas não dê aprovação. É típico do sector privado português, o tal que serve de contra-ponto a um sector empresarial do estado carregado de manhosos ‘boys’ e ‘girls’. Do ‘Privado’ ao ‘Público’, em termos empresariais, a dificuldade está em escolher qual dos dois é o pior.   

Portugal: Prioridade para o mar (I)


O hypercluster a criar pode ser o novo motor da actividade empresarial nacional, gerar emprego e criar riqueza.
O potencial económico relacionado com a zona marítima foi avaliado em 20 000 milhões de euros, ou seja, 12% do PIB! (in “Hypercluster da Economia do Mar”, de Ernâni Lopes). Este potencial pode ser atingido em 2025. Estas actividades abrangem vários sectores, desde os portos ao turismo, passando pelas pescas e pela energia até à biotecnologia.
Portugal já pediu nas Nações Unidas o alargamento da Zona Marítima Portuguesa, o que daria a Portugal a soberania sobre mais de dois milhões de quilómetros quadrados (23 vezes a área continental). A estratégia passa por:
i) reestruturar rede portuária
ii) centros de mar para náutica
iii) concessão de quintas marítimas
lV) observatório do mar
V) exploração energética
Vl) registo internacional
Vll) criação de estaleiros
Vlll) investigação aplicada
lX)monitorização do litoral
X) Marinha forma civis
Xl) áreas protegidas marinhas.
Iremos ao longo da semana desenvolver cada um destes conceitos. Oxalá o Governo tenha a coragem de colocar esta matéria com prioridade absoluta e deixar-se de TGV. Não há dinheiro para tudo e governar é optar. Esperemos então!

Vilar de Viando – Rio Cabril

China : uma política de poder

Devagarinho as nossas economias vão ficando prisioneiras da economia Chinesa. Esta política é claramente uma política de poder, enquanto nós , os ocidentais, cegos pelo lucro fácil, olhamos para ela como sendo puramente comercial. Os trabalhadores chineses continuam a ganhar 1/5 do que ganha um trabalhador ocidental, horários e pagamento de horas extra não há, e o milagre para um trabalhador chinês é ter trabalho. Faz tudo para o manter.

Agarrados à teoria da criação de valor com a “marca”, as nossas fábricas, uma após outra vão-se mudando, a dimensão da produção é impressionante, no Ocidente uma produção de um milhão de unidades corresponde a uma produção Chinesa de 40 milhões, as nossas fábricas, vão ser esqueletos de uma economia outrora pujante.

É tudo “made in China” um rótulo americano, comprado a tuta e meia na China é vendido por muito mais, ganhando-se rios de dinheiro sem esforço. Cerca de 60% da dívida externa dos USA está nas mãos dos Chineses e grandes e outrora orgulhosos grupos económicos ocidentais já são propriedade de Chineses.

Um dia destes, sem darmos por isso, estamos todos com os “olhos em bico” tudo porque o que interessa é o lucro a qualquer preço nem que para isso, seja necessário cantar loas à globalização e que o comércio internacionall livre mantenha economias assentes na exploração do homem pelo homem que tanto se ataca no ocidente.

Um milhão de meio de analfabetos, um escreve no TVI24

Os media online não têm revisão de texto o que só nos aproxima do jornalista real, por muito republicano que seja.  Mas há mínimos, ou havia, pensava eu até me deparar com esta publicação encontrada no  TVI24.

O título já era brilhante:

Hacker vende 1 milhão de meio de contas do Facebook

o resto é assustador:

Um hacker russo põe à venda o acesso a um milhão e meio de contas da rede social Facebook, a que ele próprio acedeu.

(um hacker russo, ou uma galinha?)

A empresa de segurança informática VeriSign que a variação do preços dos pacotes de mil contas – entre 18 a 33 euros – explica-se pelo número de amigos que cada conta possui.

(o verbo? é o verbo verisignar, ligeiramente mal conjugado)

O hacker, que se designa por Kirllos, pode já ter vendido cerca de 700 mil endereços .

(serve esta frase para demonstrar que pontuar é difícil)

O portal de tecnologia de informação eWeek diz que o pirata informático é proveniente de um país da Europa Oriental e fala russo.

Segundo o blogue Mashable, Kirllos tem nacionalidade russa, mas reside na Nova Zelândia.

(ainda bem que os russos falam russo e a Rússia também está na Europa Oriental)

A notícia não clarifica se a informação que Kirllos vende é autêntica, mas seria estranho se não fosse, até não é a primeira vez que o hacker faz negócios com contas no Facebook. No início deste ano, terá acedido a cerca de 100 mil contas que também colocou à venda,

(até não é, vírgula, antes não fosse)

O que mais surpreende, desta vez, são os preços, considerados baratos.

(é a crise, estúpido)

No mercado, e-mail e senha de acesso pode custar entre um e 15 euros. Kirllos vende por 0,01 euros cada. As chaves para cartões de crédito são vendidos a 0,6 e 22 euros e acesso a contas bancárias custam entre 11,2 e 635 euros, dependendo da qualidade, que é como quem diz, do dinheiro em depósito.

(ainda bem que as chaves são vendidos, vendidas era mais caro) [Read more…]

Um discurso exemplar:

http://rd3.videos.sapo.pt/play?file=http://rd3.videos.sapo.pt/yIbsmiwkgQ6tycdt6h9P/mov

Quando, aqui no Aventar, me perguntavam o que era a tal “Direita Moderna”, eu avisei que deixava a resposta para mais tarde e com mais tempo. O deputado do Porto José Pedro Aguiar Branco deu-a, neste seu absolutamente exemplar discurso de 25 de Abril. E que resposta. Todo um tratado nestes 14 minutos.

Para quem ainda tinha dúvidas, este é um novo PSD. Neste sinto-me em casa!

É tempo de termos uma Constituição para o nosso tempo