O vício da actualidade

Da comunicação social às conversas de família, da blogoesfera às redes sociais, a actualidade domina. E o seu domínio, ao ritmo avassalador a que se tem acesso à informação, mal permite reflectir.

Até hoje não fui capaz, em consciência, de escrever sobre o PEC por uma razão muito simples: não o li.

Obviamente que o facto de não se conhecer algo de forma directa não é, hoje em dia, impeditivo de se ter opinião. Mais: de se expressar opinião. Lemos algo aqui, algo ali, algo acolá, e pronto: segundo linhas escritas por diversos punhos, aí estamos, também, nós a escrever umas linhas sobre a matéria. Não importa qual.

Com tanta informação com que somos bombardeados dia-a-dia, hora-a-hora, acabamos por começar a ficar como que imunes, a apesar das tragédias, das catástrofes, dos escândalos. Ora carpimos mágoas ora vociferamos. Tal como aquele que insulta repetidamente um árbitro durante um jogo de futebol porque não pode fazer o mesmo ao patrão ou a um qualquer político. Porque na prática, a saturação de informação leva à banalização da opinião e, pior, das razões. Protesta-se, denuncia-se e acusa-se, mas o que resta é o sabor desconcertante de que nada muda. E ninguém pode dizer que é por falta de informação. Pois não é.

Já há algum tempo que tenho vindo a afastar a minha escrita da actualidade. Pelo menos daquela que é tão efémera quando as circunstâncias ou as conjunturas que a produz.

A actualidade vicia, ao ponto de não passarmos sem ela. Duvido seriamente se boa parte da blogoesfera fosse capaz de escrever sem ler, de publicar sem se “actualizar”. Duvido.

Reservado

Imagens de Abril: Viva o 25 de Abril – São Pedro da Cova – 1978

Professores – avaliados em tribunal

Sejamos sérios! Os sindicatos estão contra os professores que cumpriram com as suas obrigações. Quem não entregou a avaliação sabia muito bem que seria prejudicado, não pode vir agora dizer que a haver alguem prejudicado, seja quem cumpriu.  Não pode, a não ser que não entregar a avaliação não seja um acto de consciência mas uma bravata! Tomar uma opção de fundo no que diz respeito a uma matéria que dividiu os professores e o país e, depois, querer que essa opção não tenha consequências, é uma herezia.                                                                                                                                                                                                          Uma cobardia que os professores que não entregaram a avaliação não merecem ! E, mais uma vez, são os sindicatos no afã de agradar à maioria que empurra os professores para uma posição pouco digna. Porque a posição dos professores que não entregaram a avaliação foi digna, não quiseram colaborar numa medida que consideravam injusta e sem condições para ser efectuada.

Os sindicatos , tomam uma posição que não tem a ver com a carreira dos professores nem com as condições em que trabalham, tem a ver com uma política que querem implementar no Ministério da Educação mas para a qual não foram mandatados em eleições democráticas. Mas pior, usam argumentos que em nada podem atribuir a quem cumpriu com a entrega da avaliação.

E se os professores assim prejudicados ( a concretizar-se a ameaça) movessem acções judiciais contra os sindicatos e o Ministério ? Porque eles sim, têm expectativas fundamentadas para verem cumpridas as promessas que os levaram a entregar a avaliação!

II JORNADAS DO NORDESTE TRANSMONTANO DE DIREITO DO CONSUMO

Auditório da Santa Casa da Misericórdia de Mirandela.

Saudações

Saudações a todos os Aventadores. A convite do JJ Cardoso, passo a estar convosco por dentro.

"Deixai Vir a Mim as Criancinhas"

jb-07042010

Focando-nos no essencial da questão: a pedofilia padreca é ou não um crime de homens? ou é um crime eclesiástico? Pelas palavras doutas de Ratzinger, nem uma coisa nem outra. Devemos perdoar-lhe, senhores, não sabe o que diz.

Texto publicado no Jornal de Barcelos a 07 de Abril de 2010.

una pareja

La pareja de Presidentes de Polónia

Hablar de pareja, hoy en día, es un asunto de mucho cuidado. Diría más, es un asunto delicado. Pienso que lo primero es definir el concepto de pareja. Según el Diccionario de la Real Academia de la Lengua Española, pareja es un conjunto de dos personas, animales o cosas que tienen entre sí alguna correlación o semejanza, y especialmente el formado por hombre y mujer. Hasta porque las hay del mismo sexo y las de género diferente. [Read more…]

Sou a Favor do Pagamento de Portagens (1)

scut

Sou a Favor do Pagamento de Portagens nas auto-estradas “grátis”, só temos aquilo que temos andando mesmo-mesmo a pedir.
As razões do meu apoio ao pagamento de portagens em todas as auto-estradas já a seguir.

Na foto, scut Gafanha da Nazaré-Vilar Formoso, vulgo A25, Agosto 2009 e o Intercidades Guarda-Lisboa na Linha da Beira Alta e o rio Mondego.

Pedofilia – o sigilo profissional ou confessional aplica-se?

No caso do violador de Telheiras o Psiquiatra que o andava a tratar tinha ou não consciência que o seu doente violava raparigas inocentes ? Tinha ou não consciência que o seu doente era violento e atentava a vida de terceiros? Tudo indica que sim, mas não o denunciou às autoridades!

Há razões profissionais para se manter o sigilo, acredito que sim, mas isso leva-nos a compreender a posição do actual Papa, enquanto Cardeal Ratzinguer. Também este, quando era Presidente da Comissão para a Fé, calou, por haver um valor supremo. O bom nome da Santa Madre Igreja!

E se em vez de pedófilia estivessemos perante um crime de vida? Assassinatos? Alguem aceitaria que um profissional calasse o que sabia, colocando acima da vida humana o sigilo profissional? É claro que não ! Este raciocínio só mostra que a pedófilia e os crimes sexuais não são reconhecidos com a gravidade que deveriam ter. Há uma espécie de “benevolência” conforme os casos, e que é bem visivel no caso da Igreja Católica.

Ser Padre é uma “atenuante” na prática da pedófilia! Ser um profissional é uma “justificação” para calar!

Corrupção ? – as mais-valias do major

Há um  terreno classificado como rural, nada se pode construir, o proprietário vende-o por “tuta-e – meia”, a Câmara, por artes mágicas, transforma-o em terreno urbano, o PDM não serve para nada, e assim se ganham três milhões de euros!

Tirar o terreno da Reserva Agrícola Nacional e revende-lo é uma operação administrativa, resulta do querer de quem pode, faz-se para si mesmo ou para os amigos, ganham-se milhões num ápice e depois andamos todos aqui a falar em corrupção, mais leis, mais autoridades, mais observadores. Nos outros países as mais-valias assim obtidas revertem para o Estado, é assim tão dificil tomar esta medida? Ou não querem? Ou não podem?

Valentim Loureiro fez isto com a Quinta do Ambrósio, em Gondomar, já Presidente da Câmara, com um filho a comprar e a vender, vai a julgamento por crime de burla qualificada!

Quantos crimes foram e são cometidos com o conluio das autoridades? Querem acabar com a corrupção? Não se muda o PDM sem que os orgãos do Municipio se pronunciem, sem os técnicos darem o seu parecer…

Então, não querem mudar ? É que basta quererem!

Contem-me estórias…

Jornal Expresso: as contas do Prof. João Duque

O actual ISEG, antes a velhinha escola de ‘económicas’ do Quelhas, em Lisboa, também sofre efeitos da erosão do tempo. É uma fatalidade da sociedade portuguesa, fazendo emergir, em vários quadrantes, gente de valor mediano, para não dizer medíocre. Reproduzo contas da EDP, para sustentar as ideias adiante expressas.

Como exemplo, lembro que, entre os notáveis históricos do ISEG, se contam os Professores Mira Fernandes, Bento de Jesus Caraça, Jacinto Nunes e muitos, muitos outros, entre os quais, o actual Presidente Cavaco Silva.

Nos tempos correntes, ao que parece em consonância com a ampla degenerescência nacional, a histórica escola é dirigida pelo Prof. João Duque, assíduo comentador da SIC Notícias e colunista do ‘Expresso’, suplemento de Economia.

Na edição do passado Sábado, o Prof. Duque subscreve, no referido suplemento e destaque na 1.ªpágina do “Expresso”, o artigo ‘Ele Mexe com a Inveja’. Do princípio ao fim, o texto é bastante infeliz; começa por uma confissão de inveja do autor e termina a concluir que, afinal, os prémios do Mexia foram um benefício para os cofres públicos. Brilhante!

A incoerência só pode ter duas causas: ou fruto de incapacidade de análise, ou mera manobra escatológica destinada a influenciar a opinião pública.  

Argumenta João Duque que, com o pagamento dos prémios a Mexia, o Estado arrecada uma receita em sede IRS – e eventualmente em contribuições para a Segurança Social – maior do que a verba que arrecadaria se não houvesse lugar aos prémios em causa; ou seja, as receitas excedem o IRC sobre o eventual lucro tributável, não descontado dos ditos prémios.

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