O 1º erro do novo PSD ou o último erro do velho PSD ?

Um erro tremendo de Passos Coelho que Sócrates aproveitou com a esperteza saloia habitual. O PSD, perante a pressão externa fez o que tinha a fazer. Estender a mão ao governo e juntar-se ao Presidente na contenção dos prejuízos. Dar uma imagem de coesão é fundamental nestas circunstâncias.

Mas José Sócrates não deu nada em troca, apanhou a boleia e “cuspiu” no carro que o tirou do meio da estrada. Aproveitou , imediatamente, a situação para vir reforçar a ideia da inevitabilidade dos mega projectos. Por um lado fez crer que Passos Coelho está a favor, nestas circunstâncias, de promover obras públicas mastodônticas. Por outro lado, quer fazer crer que pode conter a deterioração das contas públicas, apenas com o congelamento de salários e pensões e que promove o emprego com as obras. São duas mentiras em vez de uma!

Com o PEC , o “aprovado” como já escrevi, não vai a lado nenhum, tantas são as reticências e os recados para que mais e mais duras medidas sejam tomadas. Para o desemprego, como toda a gente já disse, este tipo de obras só dão emprego daqui a dois ou três anos, emprego desqualificado, e exigem muitas importações de tecnologia que não possuímos.

O Presidente, ciente que já se estatelou (Passos Coelho não daria este passo sem falar com Cavaco Silva) já veio hoje dizer que “os bens transaccionáveis” é que são fundamentais e não o aeroporto e o TGV…

Sócrates a morder a mão a quem lha estendeu!

Porto inicia o jogo com o Benfica em vantagem

Estranhamente, ou talvez não, já se conhece a equipa com que o SLB enfrentará os seus adversários no próximo Domingo: no Dragão alinha com Olegário Benquerença, e na Pedreira com João Ferreira.

Lucílio Baptista descansa esta jornada, resguardando-se para o Benfica-Rio Ave da próxima. O mesmo acontece com Pedro Henriques, um homem fatigado depois de ter acertado em cheio num Falcão.

Não se pode dizer que a dupla Jesus / Rui Tuneleiro Costa não seja uma dupla de  homens previdentes.

Av. Joaquim António Aguiar: Lisboa Arruinada


Na Joaquim António de Aguiar, mesmo antes de chegarmos ao Marquês. Três belíssimos exemplares Deco, em ruínas. Comparemos estas vítimas do desleixo e crime, com o recentemente restaurado casarão “D. João V”, à direita da imagem. A construção do túnel do marquês, levou ao abate de numerosas árvores no separador central e o mesmo aconteceu recentemente na zona de entrada do Parque. Se a isto acrescentarmos o que se está a passar no Príncipe Real e noutras zonas da cidade, torna-se nítida uma certa obsessão anti-verde.

Advogados – relatório e contas rejeitado.

O relatório e Contas referente a 2009 apresentado pela actual Direcção liderada por Marinho e Pinto, foi rejeitado  por 122 votos a favor e 1192 votos contra!

Nunca vi uma diferença tão grande num assunto aparentemente pacífico. Ou muito me engano ou há borrasca no ar!

Aqui no Aventar siga a par e passo esta Assembleia Geral da Ordem dos Advogados!

Obras Públicas – suspeitas legítimas

Hoje no Público, Campos e Cunha aborda a questão do PEC, dos “especuladores” do acordo Sócrates/Passos Coelho e da miserável situação em que nos encontramos.

Como se verificou, imediatamente a seguir ao acordo com Passos Coelho, vieram os ministros das Finanças e das Obras Públicas fazerem apressada declaração. O aeroporto e o TGV  continuam apesar de estarmos neste aperto e deste acordo! .

O que levará Sócrates a ter esta obsessão, a ponto de colocar o país à beira da bancarrota? Contra todo o bom senso e toda a lógica, prefere congelar salários e pensões a adiar as grandes obras públicas que, essas sim, teriam efeitos pronunciados na despesa.

Não podemos esquecer que é o mesmo Sócrates que, com um governo já em gestão, não se coibiu de autorizar o Freeport de todas as vergonhas. Não aprendeu nada. Mas esta obsessão levanta suspeitas legítimas. O que levará Sócrates a querer levar os grandes projectos até ao ponto de não retorno quando já se percebeu que não será ele a construi-los, e num ambiente de grande perturbação economico-financeira?

O serviço tem que ficar feito a ponto de não se poder voltar atrás? Quem beneficia ? Há compromissos com entidades que não o Estado ?

o dia da mãe, após o dia do trabalhador!

Mães e Pais em defesa da subsistência familiar

ensaio critico

Após onze anos de ter escrito um outro ensaio que em parte acompanha este como excerto, aconteceu um facto histórico que me parece irónico. A seguir às festas do dia do trabalhador, é comemorado o dia da mãe. Irónico! De certeza vou marchar com parte do operariado do país que tem fome, não tem trabalho, que vive uma crise económica raramente conhecida.

Este 1º de Maio é o protesto mudo dos que não se podem governar, porque não são governados. Sabemos que o conceito governar não se refere apenas às hierarquias nas quais o povo tem depositado a sua soberania, estendem-se ao saber usar a inteligência, aos dotes de habilidade do trabalho, na produção de bens e mercadorias. Bens e mercadorias que no nosso país alimentam o dia da mãe, as visitas dos Pontífices romanos que não solicitam mas aceitam prédios novos como sedes de adoração da divindade que, acreditam, está em todos os sítios, muito embora ninguém a veja, todos a conhecem. Uma existência infinita que pune e perdoa conforme o estado de ânimo e a forma de pensar de quem a representa. Formas de pensar denominadas pecado ou bem-aventuranças, comportamentos, que, no meu ver, como tenho escrito noutros textos, garantem a reprodução social. Quem em consequência, será essa mãe, senão esse grupo de homens e mulheres que lutam pela sua subsistência?  [Read more…]

Quanto ganham os deputados: O caso Inês de Medeiros

Diz-se constantemente que os deputados portugueses ganham mal e que no sector privado ganhariam muito mais.
Não é verdade. Os deputados ganham muito mais do que parece à primeira vista. Porque se o seu vencimento-base é de 3815,17 euros, ou seja, metade do vencimento do Presidente da República, o que levam para casa no final do mês pode chegar a ser o triplo, sendo que a maior parte desse valor não está sujeito a IRS.
A juntar a este valor, mais 10% para despesas de representação, ou seja, 370,32 euros. Ou seja, um total de 4185,49 euros fixos.
Têm ainda direito, os que não vivem na Área Metropolitana de Lisboa, a 69,19 euros por cada dia de presença nas Reuniões Plenárias ou nas Comissões. Para os Deputados que residam em Lisboa ou na Grande Lisboa, aquele valor é de 23,05 euros.
Recebem ainda o valor de uma viagem semanal de ida e volta, na classe mais elevada, sempre que eleitos por um círculo de eleição que não Lisboa. Para além da viagem propriamente dita, têm direito a ser ressarcidos do valor da deslocação entre o Aeroporto em que desembarcam e a sua residência.
Os Deputados que fazem deslocações em trabalho político no seu círculo eleitoral, mas que vivem fora dele, recebem um valor semanal correspondente ao dobro da média de quilómetros verificada entre a capital do distrito e as respectivas sedes de concelho. No caso dos Deputados das Regiões Autónomas, recebe o valor semanal resultante do quociente da divisão do valor médio das tarifas aéreas inter-ilhas por 40 cêntimos.
Pela deslocação em trabalho político no território nacional, um deputado tem direito a 412,44 euros por mês.
Sempre que se deslocam ao estrangeiro em missão oficial, os deputados recebem 167,07 euros por dia.
Têm ainda direito a utilizar gratuitamente computadores portáteis, PDAs, acesso à internet móvel (GPRS/3G), serviços postais e sistemas de telecomunicações.
Têm seguro de vida.
Então, quanto ganham os deputados?
Depende dos casos. Para dar um exemplo, permitam-me que escolha, completamente ao calhas, o deputado do PS eleito em terceiro lugar pelo círculo de Lisboa. Não sei quem é, mas vou já ver. (pausa)
Já vi, é Inês de Medeiros. Vamos então às contas.

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Como Se Fora Um Conto – O Sr Adérito, Engraxador

Já lá vão muitos anos, mas as lembranças fluíam com rapidez.

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Sentado à mesa de um café da baixa Portuense, olhei os meus sapatos e pensei em quanto me saberia bem que aquele café tivesse um engraxador. Apeteceu-me ter os sapatos limpos, escovados e a brilhar.

Se ao menos ainda houvesse engraxadores! Já há muito que os não via. Os últimos estavam naquela entrada da rua Sampaio Bruno, quase em frente à Casa da Sorte. Havia também um ou dois, que paravam na Praça da Liberdade, quase na esquina da rua da ‘engraxadoria’.

Antigamente, não havia café que não tivesse um, e havia trabalho para todos. Todo o homem que se prezasse gostava de ter os sapatos a brilhar. Hoje são raros, os engraxadores, já que sapatos a brilhar ainda os vai havendo, e homens que se prezem ainda há um ou outro.

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Jorge Coelho tem de ganhar a vida


Obras públicas são para avançar, diz o primeiro-ministro.

E diz muito bem. Poque há compromissos assumidos, porque há prioridades confirmadas, porque há pessoas que têm de ganhar a vida. E é assim que a ganham.

Dupliquem-se, pois, auto-estradas; construam-se barragens que vão destruir o ecosistema e mesmo vias férreas («só falta encher isto de betão»); TGV que vão andar vazios; Aeroportos desnecessários.

Construam. Jorge Coelho tem de ganhar a vida.

Economia Portuguesa (I) – As Agências de Rating

Das várias agências de rating – ou de notação financeira, em português – as mais reconhecidas são: a Standard & Poors, a Moddy’s e a Fitch, todas sediadas nos EUA. Ao contrário do que alguns imaginam, as agências de rating não se limitam a avaliar e classificar o grau de solvência de países; também o fazem em relação a empresas, instituições financeiras e os chamados produtos financeiros (derivados, ‘hedge ‘funds’ e outros).

Ao usar uma classificação variável – de ‘AAA’, a mais elevada, a ‘E’, a mais baixa – as agências de rating atribuem a designada nota de dívida; ou seja, indicam ao mercado a nota da entidade avaliada, e naturalmente os riscos subsequentes do nível classificativo dessa nota.

Para se ter uma ideia dos efeitos da nota atribuída, cite-se que a Alemanha beneficia da classificação ‘AAA’, a que corresponde a taxa juro de 3% nos empréstimos que contrair. Portugal, com ‘A-‘, está a suportar juros calculados a 5,365%, no dia de hoje segundo a TVI24, usufruindo, ainda assim, de uma quebra em relação ao máximo de 5,909%, no passado dia 29 de Abril, para ‘obrigações de tesouro a 10 anos’ – A Grécia, com uma classificação abaixo da nossa, está a suportar taxas entre 9 e 10%.

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Dívida Pública, o fadinho

Já não há pachorra para o choradinho da dívida pública, do andamos a gastar mais do que não sei quê,  o estado, esse malandro, etc.

Vão dar banho ao cão, e depois olhem para esta tabela de dívidas públicas de países europeus, dados da CIA, referentes a 2009:

Italy 115,2
Greece 113,4
Belgium 99
Iceland 95,1
France 79,7
Hungary 78
Germany 77,2
Portugal 75,2
United Kingdom 68,5
Ireland 63,7
Netherlands 62,2
Croatia 61
Albania 54,9
Spain 50

Percebem agora o que é um ataque especulativo? É preciso fazer um desenho para se entender que o problema não está na dívida pública, está no euro e nas eleições na Alemanha?

Querem problemas sérios? é ver que o desemprego cresce, e aí sim, somos o 4º país da Europa em pior situação.

O que esconde o novo aeroporto ?

Vemos as grandes empresas de transporte aéreo juntarem-se e constituirem megaempresas, como é o caso da fusão da Ibéria com a British airwais, uma e outra muito maiores e fortes do que a TAP, seguindo, aliás, o caminho da Swissair com a Lufthansa. No entanto, e apesar dos prejuízos contínuos a TAP não se casa com ninguem.

Sabe-se, tambem, que na Europa vão sobrar 5/6 grandes empresas de transporte aéreo e que essa questão da “empresa de bandeira” é canção para adormecer menino. E que o transporte aéreo não se vai tornar mais fácil e barato, pelo contrário, vai-se tornar mais dificil e mais caro.

O negócio do transporte aéreo anda à volta do conceito de “code share”, quer dizer, vende-se lugares entre as companhias por forma a que os aviões andem cheios, e uma das consequências são estes “aglomerados” de companhias aéreas como a ” Star airwais” em que as empresas mantêm a sua individualidade. Por outro lado, quem viaja sabe que o actual aeroporto de Lisboa não envergonha ninguem, bem pelo contrário, é um bom aeroporto. A que se deve esta obsessão de um novo aeroporto? A que se deve a situação de celibato da TAP?

A dimensão da TAP, em caso de casamento, fará que o famoso “HUB” de Lisboa seja uma miragem. Se o casamento for com a Ibéria, por exemplo, o “hub” será Madrid e assim por diante, e lá se vai o grande argumento para a construção de um novo aeroporto. Trava-se tudo e adia-se tudo para que o aeroporto chegue a uma fase de não retorno. Ora , sozinha ,a TAP nem sequer sobrevive quanto mais manter um “hub” em Lisboa.

Resta, então, o quê ? Mais dez anos de obras públicas, um novo aeroporto, uma nova ponte, um TGV pela margem sul do Tejo…

Para modernizar a imprensa regional

O jornal mensal e regional  O Sul,de Setubal,   que me convidou para o dirigir, é um projecto que ja vinha sendo discutido entre nós, ou seja, na cooperativa Prima Folia, a que não pertenço, mas  que é a detentora do titulo   .  Contudo, passar à pratica esse projecto   não é fácil,particularmente, em tempos de crise  geral, e da imprensa em particular.
Nos EUA grandes jornais estão a fechar ,ou a reduzir as suas edições, ou a transformar-se em jornais on line,  e, mesmo assim ,nem sempre com sucesso. Até o NYT…
Pois  é nessa  nessa linha  que desejo  desenvolver  algumas considerações .Naturalmente, vou referir-me ao comércio electrónico, o e-comerce, o “business  to business”  a mundialização, e também ao glocal , que nos interessa neste caso,por sermos  imprensa regional    .
Estou portanto, a  sugerir que aproveitemos as novas tecnologias  que dispomos hoje -que estão  para além do capitalismo de mercado,tal como este tambem já substituiu o mercantilismo-para os nossos projectos  locais .
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O Especulador

Forte candidata a POSTA do ano!