As 400 empresas do grupo BES a ajudar o PIB

No outro dia o Dr. Ricardo Salgado dizia que o Grupo BES era constituído por cerca de 400 empresas e que representavam 1,5% do PIB. A ESCOM, que está envolvida na compra dos submarinos, é uma delas. Diz que fez “consultoria”!. Mas vale a pena perguntar. O que percebe a Escom de submarinos? Há uma empresa que os fabrica (Alemã), outra que os vende, (do mesmo grupo alemão) e o governo português que os compra com a consultoria técnica da marinha. A que título, a ESCOM está envolvida? Já há uns quantos quadros da empresa constituídos arguidos!

Perceberam bem como o Grupo BES contribui para o PIB?

Os golos do Braga – Guimarães

Um jogo com cinco grandes penalidades, uma das quais anulada pelo árbitro que soube assumir um erro a tempo e horas, vitória do Braga contra um Guimarães que acabou com sete jogadores em campo. Um derby minhoto para não esquecer. No meio de tudo isto um único golo, e que golo, em jogo jogado.

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http://rd3.videos.sapo.pt/play?file=http://rd3.videos.sapo.pt/R0YGZuqfC0NpEjyY5J4S/mov/1
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Quando as crianças autistas podem ir tranquilas ao cinema

Para a maior parte das crianças, ir ao cinema é um acto banal. Seja com familiares ou através de iniciativas das escolas, volta e meia sentam-se no escuro e desfrutam de um filme. Este acto social e cultural é difícil ou improvável para uma criança autista. Pelo menos em total tranquilidade.

No dia 10 de Abril, alguns milhares de pequenos portadores desta deficiência vão ao cinema em 47 cidades dos EUA. Vão ver “Como treinares o teu dragão” graças a 93 ecrãs ‘sensoriais’. As luzes não vão apagar-se, apenas reduzido o seu brilho. O som será também mais reduzido que numa sessão normal. Não haverá publicidade nem trailers. Apenas o filme.

É uma iniciativa do “Sensory Friendly Film”, uma iniciativa da AMC Entertainment e da Autism Society. Acontece uma vez por mês, ao sábado de manhã. Em grande parte por causa de Marianne Ross.

Em 2007, Marianne levou a filha, Meaghan, de 7 anos, ao cinema para ver “Hairspray”. Escolheu uma sessão do início da tarde, por norma menos concorrida. Mas Meaghan, ao ver o seu ídolo, Zac Efron, não resistiu. Feliz, saltou da cadeira, dançou, pulou, bateu palmas. Marianne e Meaghan foram convidadas a sair da sala, devido a queixas de outros espectadores.

Frustrada e zangada por ter visto a felicidade da filha interrompida assim, como contou à revista Time, Marianne contactou o representante local da AMC, pedindo uma projecção especial. Dan Harris interessou-se. Conversou com a mãe da criança e sugeriu algumas adaptações para tornar os ecrãs mais amigáveis dos sentidos para crianças autistas.

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Vou receber o Compasso…

mas como é melhor prevenir do que remediar, já escondi a minha filhinha no quarto lá de cima.

Um Novo Aventador

O Carlos Osório é um bom amigo que conheço há mais de uma dezena de anos. Homem de direita, Portista e advogado. Com ele aprendi que o “Porto Sentido” de Rui Veloso é o hino nacional, ehehehe. Frontal mas bastante humilde. Corajoso mas coração mole. Polémico mas bastante assertivo. Já não o via há muito tempo quando, no ano passado, me telefonou para tomar um café. Lançou-me um desafio. Por vir dele aceitei logo mas, confesso, não estava muito confiante. Nos últimos meses começamos a trabalhar a sério e o resultado foi excelente. O Carlos fez um trabalho excelente.

Por isso mesmo, convidei-o a colaborar com o Aventar.  Basta ele fazer no blog metade do que fez nos últimos meses e, estou certo, todos me vão agradecer por me ter lembrado do Carlos. É uma enorme mais-valia e maior prazer contar com ele aqui no Aventar. A vinda do Carlos e o regresso para breve do Ricardo Almeida são as novidades mais recentes aqui na casa.

Agora, venham de lá essas postas, ó Carlos.

Pedro e o lobo

O compositor russo Sergei Prokofiev, decidiu, em 1936, compor um tema musical que permitisse explicar às crianças as sonoridades dos diversos instrumentos musicais que compõem uma orquestra. Pedagogicamente, cada personagem é representado por um instrumento.

No entanto, o mesmo título tem sido usado para identificar uma das fábulas atribuídas a Esopo (autor grego do Séc. VI A.C., cuja existência vagueia entre a lenda e a realidade), – embora também surja em algumas publicações como “Pastorinho e o lobo” – cujo enredo consubstancia, como é normal nas fábulas, uma mensagem também ela pedagógica, para crianças e adultos, e que ainda hoje, usualmente, é invocada.

“Pedro e o lobo” é, pois, mais conhecido como a fábula do pequeno pastor que de tanto brincar às falsas ameaças da presença de um lobo, resulta que quando o lobo efectivamente surge, já ninguém o leva a sério e ela acaba por perder as suas ovelhas.

Todavia, ambas têm inegável mérito: a composição musical de Sergei Prokofiev visa cativar e instruir a criança pelos caminhos das sonoridades e da música; a fábula, no seu natural pendor metafórico e alegórico, ensina que não devemos enganar os outros, cuidando do crédito das nossas palavras.

Aproximar as crianças à música, guiá-las nos caminhos dos sons, faz parte integrante de um saudável processo de crescimento. Mas, também, os adultos só têm a ganhar se se propuserem a essa mesma descoberta, educando e apurando os sentidos e a percepção.

O mesmo se diga de incutir responsabilidade e cuidados nos mais novos, ensinado-os a não enganar os outros, dando-lhes referências de cuidados a ter quanto ao que valem as suas afirmações. Um sentido de responsabilidade no que se diz, no que se afirma, na interacção com os outros. O mesmo valendo – de modo ainda mais vincado, porque a maturidade por isso demanda – para os adultos: para nos levarem a sério no que dizemos, temos de o dizer com seriedade. Sob pena de, tal como o Pedro – ou o Pastorinho – de Esopo, de tanta ameaça falsa, ninguém acreditar quando ela for verdadeira.

O SAP de Valença

Como se lembram foi por seguir uma política de concentração de meios e correspondente aumento de qualidade na prestação de serviços às populações, que um dos homens que mais sabe de política de saúde no país, foi despedido.

Maria Jorge, apesar de tudo fazer para não mexer em nada, ou no menos possível, não pode deixar de seguir essa política.

Os que manipulam a população vêm com os argumentos dos costume, ter cuidados médicos ali à porta, dá segurança e comodidade. É mentira, como ficou completamnete demonstrado no caso das maternidades. Uma parturiente, sem problemas até pode ter a criança em casa, mas se tiver problemas, se precisar mesmo de cuidados médicos, vai mesmo para um hospital onde estejam reunidos os meios, técnicos e humanos necessários. E esse meios não podem estar em todos os serviços, por muito que se minta.

Aqui em Valença o problema é o mesmo, as pessoas estão convencidas que se tiverem um SAP à porta, encontram lá os meios técnicos e humanos para serem tratados. Isto é falso! Há uma componente psicológica importante, não nego isso, mas dizer mais do que isso é uma falsidade.

Ter meios rápidos de transporte, pessoal capaz de prestar os primeiros socorros, estar em ligação 24/24 horas com a unidade hospitalar mais próxima, isso é uma boa medida. Mais do que isto é andar a vender fantasias.

Hijab, Niqab e Burqa

O uso da Burqa e do Niqab é um tema que ultimamente está na ordem do dia, com alguns países europeus a legislar sobre a sua proibição.

Apesar de o debate ser desejável, a forma como o problema é apresentado revela uma total ignorância, para não dizer racismo e xenofobia, já que pretende conotar o uso do véu integral com propaganda político-religiosa e não como um problema social que afecta sobretudo as mulheres muçulmanas.

Apesar de não aceite no ocidente, o uso da Burqa e do Niqab desperta naqueles que estão “por fora”, principalmente nos homens, uma certa curiosidade e fascínio pelo fruto proibido, apresenta uma imagem de uma mulher submissa e recatada, provoca até uma exacerbação da sensualidade feminina, patente nos gestos da mulher velada, no seu olhar e voz.

Para as mulheres que usam a Burqa e o Niqab, invariavelmente por imposição da sociedade e dos maridos, o facto constitui uma humilhação, um desconforto e um atentado ao seu direito à identidade pessoal.

Mas mesmo sob a Burqa, que pretende tornar a mulher num ser desprovido de sensualidade, a mulher sente-se feminina e é feminina. [Read more…]

Woodynose

Galandum Galundaina

Galandum Galundaina, Vidigueira, 2010

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Como endrominar podcasts faz parte dos meus ócios (saudades da rádio…) misturei três faixas do novo álbum dos Galandum Galundaina, Senhor Galandum, que aqui vos deixo.

Sou suspeito para falar da música dos Galanduns, que a amizade se mete de permeio, e na primeira destas músicas está uma cantiga de embalar que muito me diz e um dia eles me souberam ensinar, num momento muito especial da minha vida que para sempre lhes devo e nunca esquecerei.

Ouçam, e digam de vossa justiça. O disco anda aí pelas lojas, e vale muito a pena.

Aventar Podcast
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Galandum Galundaina
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Submarino ao fundo, batalha naval dos pequeninos

Umas vezes são as autoridades inglesas, outras as alemãs, a verdade é que ninguém liga patavina. Quando a importância que nos dão é esta, acaba-se assim, sem honra, sem poder de decisão e sem voz própria.

Uma coisa é aquilo que nós pensamos que somos no mundo, outra é a forma como o mundo nos vê.

Habituem-se. A propaganda interna é isso mesmo. Interna.

Be of good cheer

Estava eu, ontem à noite, sossegadinha na minha cama a ler o Peter Ackroyd que interrompi durante meses em prol de um bem superior quando de repente me deparo com uma passagem excelente. Contava eu à meia noite e meia, o número de hereges cuja morte tinha sido da directa responsabilidade de Thomas More, (foram 7, embora o John Petyt tenha morrido na prisão por isso não sei bem se conta), quando o Ackroyd escreve isto:

“The central theme of Confuntation [with Tyndale] is that there is only one true Church, the visible and orthodox communion of Catholics. Throughout its history its members have been frail or weak, but that in no way affects its authority as Christ´s mystical body upon the Earth. It is the permament and living sign of Christ´s presence, sustained by inherited custom and maintained by traditional knowledge. It is a visible, extensive and palpable community (…). Just as parliament was considering plans for the reformation of abuses among the clergy, More was insisting that the sinfulness or folly of individuals – even the wickedness of a bad Pope – in no way affected the divinely instituted sanctitas of the Catholic Church.”

Ah Thomas é curioso como mesmo no fim do mundo medieval as preocupações eram as mesmas. Sim, vocês viam o Lutero como um anti-cristo e o Tyndale era uma “beste” com uma ” brutyshe bestely mouth” mas não deixa de ser curioso como as coisas funcionam. More era católico e defendia uma fé antiga. Lutero era um homem novo como se chamavam. Tudo apontava para que quem morresse pela fé fosse Lutero e não More.

E enquanto eu reflectia na questão dos padres e Igreja e tudo, aparece-me isto. O novo destrói sempre o velho, já dizia o Beresford no “Felizmente há luar”. Mas nem por isso o velho é esquecido ou diminuído. Ou pelo menos, não o deve ser. E Sir Thomas é o melhor exemplo disso.

Saudades de S. Paulo

Sampa é o cheiro a álcool dos tubos de escape. Sampa é a baiana arrependida de ter deixado a Baía e que vende água de cana na rua.  Sampa é a avenida Paulista a vibrar sob os nossos pés.

Sampa tem cheiro a suor, a amêndoa frita, a etanol. Sampa é negra, índia, alemã, japonesa, lusitana. Sampa é a filha de índios que vive na favela e a quem nunca fizeram uma foto. Sampa é o casal de namorados, branco e negra, sob as árvores do centro cultural, lá na rua Vergueiro.

Sampa é a vertigem da vista do alto do Banespa, onde a imensidão da cidade nos devora. Sampa é pão-de-queijo, é padaria de português de Trás-os-Montes. [Read more…]

Símbolos, soberania e a espuma dos dias

Muito se tem falado de bandeiras a propósito da ostentação da bandeira monárquica, primeiro na CML, depois no alto do Parque Eduardo VII.

Segundo o Público “A Comissão de Utentes do Centro de Saúde de Valença está a mobilizar a população, através de SMS, para colocar, na próxima terça-feira, em todas as janelas da cidade uma bandeira espanhola.”.

O artigo em questão conta, à hora a que escrevo, com cerca de 170 comentários. Há-os de todas as sensibilidades e tendências. Mais do que o texto, os comentários reflectem a forma como franjas representativas  da população olham o estado actual do país, os seus símbolos, os seus representantes e a sua soberania. “Se o Dantas é português eu quero ser espanhol”, dizia Almada de Negreiros no seu Manifesto Anti-Dantas. Se me derem mais qualquer coisinha eu quero ser espanhol, dizem hoje muitos portugueses. Retrato de um país estilhaçado e de um povo à deriva.

Referência também no Tvi24.

O Mexia dá à luz

O que este homem ganha e a sua equipa é um escândalo , a todos os títulos. Está  numa empresa que opera no mercado interno, sem concorrência, não exporta, não tem que competir com outras empresas em mercados abertos, pagamos a electicidade 60% mais cara que a média europeia!

Onde está o mérito?

Com esta facilidade em acumular dinheiro, em vez de melhorar a distribuição que é péssima, anda a investir em moinhos de vento nos USA e no Mar do Norte, enquanto o Presidente Obama dá luz verde para os investimentos duplicarem na extracção de petróleo no Golfo do México. Quer dizer o nosso brilhante Mexia, sagaz, vendo longe, anda a investir onde os americanos não investem. Deve ter razão, principalmente porque o dinheiro não é dele!

Este “super homem” e “super gestor” sem o qual a EDP não daria à luz, ganhou em 2009, 1,3 milhões de euros! Mas como tal importância não está ao nível da sua extraordinária inteligência, poderá vir a ganhar até 2014, 4,2 milhões de euros, tudo isto proposto pela comissão de vencimentos que foi assessorada por consultores estrangeiros, principescamente pagos, para  lhe fixarem os vencimentos. Eu pago-te milhões para tu me fixares um esquema para eu ganhar muitos milhões!

Perceberam ou é preciso aumentar a voltagem’

TUTELA DO CONSUMIDOR E RESISTÊNCIA DOS MONOPÓLIOS DE FACTO

As leis que tutelam a posição jurídica do consumidor são imperativas. Não consentem eventual derrogação.
É o que resulta da Lei de Defesa do Consumidor e dos mais diplomas avulsos.
A periodicidade da facturação dos serviços públicos essenciais passou, com a Lei 12/2008, de 26 de Fevereiro, a ser mensal.
Por razões que se intuem.
Porque os orçamentos domésticos têm uma dimensão mensal. E com que dificuldades na generalidade das situações se consegue solver os regulares compromissos indispensáveis à subsistência de cada um e todos!
Tanto a entidade reguladora, que – em lugar de se mostrar pendular- parece vir sufragando as posições das empresas reguladas, como as estruturas do sector energético, reagiram às normas da Lei Nova.
A EDP, fazendo depender a periodicidade de expressa declaração de vontade do consumidor, conforme comunicado infra:

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Apontamentos de Óbidos (22)

(Lagoa de Óbidos)