Os concursos de Professores

Portugal deve ser o único país do mundo onde os concursos de professores são notícia. Em Inglaterra não aparecem nos jornais porque não há concurso. No Burkina não há concursos porque não há professores, logo não há notícias.
E, caro leitor, quem vos escreve é um professor que fica sempre surpreendido com tanto destaque para uma coisa que interessa apenas aos próprios.
Vejamos.

O sistema educativo português tem a contrato (entre efectivos e contratados e …) cerca de 150 mil docentes. Creio que ninguém conhece os números com rigor. Parece que não é só contar…
Destes haverá cerca de 100 a 110 mil nos quadros – em linguagem comum, efectivos.
Há um número mais ou menos estável há cerca de 10 anos de 40 mil docentes a contrato.
Os concursos agora em causa, em sentido lato, aplicam-se a estes.

Então, qual é o problema?
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Processos que envolvem Sócrates: Ou são destruídos ou desaparecem

Não há qualquer problema. Se José Sócrates está envolvido, destrói-se. Se não der para destruir, «perde-se».
Um tipo de «tratamento de dados» que faz escola entre os socialistas. Quem não se lembra de como desapareceu da Câmara de Lisboa, num misterioso incêndio, o processo das velhas construções que existiam no local onde hoje se encontra a Fundação Mário Soares?

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Entre-Campos: Lisboa Arruinada

Em Entrecampos, o enorme terreno onde outrora se ergueu a Feira Popular, encontra-se limpo de ruínas e aguarda por novas construções. A cidade de Lisboa tem sido privada de espaços de lazer e a Feira Popular foi um grande polo de atracção durante décadas, onde gerações se divertiram no luna park disponível, comemorando aniversários ou participando em patuscadas nos Santos Populares. É um apetecível espaço para o sector betoneiro que domina o país e é com preocupação que os lisboetas imaginam o uso a que está destinado. Será decerto mais um colosso a perder de vista e sem qualquer interesse para a população, com volumetrias disparatadas, alumínios e placas em pedra polida ao gosto de qualquer WC de hotel de Tegucigalpa. Nada de novo.
Lisboa precisa urgentemente de espaços lúdicos adaptados às novas necessidades de uma juventude adepta de novos desportos e formas de lazer. Este terreno seria ideal para a construção de um prolongamento do jardim do Campo Grande, estendendo a malha verde em direcção ao renovado Campo Pequeno e incluindo pistas para ciclistas, skatters e patinadores.
Argumentarão com os compromissos tomados. Gesticularão com a ameaça de indemnizações, processos em tribunais nacionais e europeus. O interesse da comunidade está muito acima dos jogos da especulação e seria curioso verificar até onde pode ir a cumplicidade entre as diversas forças políticas dominantes na Câmara e as empresas investidoras interessadas ou “proprietárias” do espaço. Como disse anteriormente, nacionalizações ou expropriações “Por Bem” não amedrontam seja quem for. Ficamos – na certeza da dúvida – à espera de um projecto do arq. Ribeiro Telles.

Inter, Barcelona: Messi? Milito, Mourinho!

-Vamos ver se o Barça é a melhor equipa do mundo – disse Mourinho antes da partida.

Hoje, em Milão, não foi. E Messi? Messi, contra o Inter, também não foi o melhor jogador do mundo, não foi quase jogador sequer, jogou o que o deixaram, ou seja, pouco mais que nada. Não teve espaço, nem arrancadas, nem dribles, nem iniciativas.

O Inter entregou a posse de bola ao Barcelona, mas não o deixou jogar. Posse consentida, mas só até certo ponto do terreno, depois “toma lá a bola outra vez e volta a fazer tudo de novo”, enquanto o Inter lançava contra ataques ( ataques rápidos é mais exacto ) venenosos. O Milão foi sempre mais perigoso e objectivo, nunca perdeu a noção posicional e anulou sempre o Barcelona onde mais lhe conveio, apesar de ter sido o Barça a inaugurar o marcador na única oportunidade clara da primeira parte.

No confronto de treinadores, ganhou Mourinho e por muitos. No campo ganhou o Inter, por 3-1.

Benquerença mostrou muitos cartões, como gosta e foi polémico. Como é habitual.

0-1
http://rd3.videos.sapo.pt/play?file=http://rd3.videos.sapo.pt/9nLGE7Y1zsF6VH432oOf/mov/1 [Read more…]

Não há crise, o homem estava de fato e gravata

uma imagem que está a fazer furor na Assembleia da República: Mário Lino a tirar a pastilha elástica da boca e a colá-la no tampo da mesa, na parte de baixo. Foi precisamente isso que ele fez na comissão de inquérito quando lhe pediram para parar de mascar. E até há uma foto da dita pastilha esmagada no tampo.

contado pelo Correio Preto

Imagens de Abril: Festa Popular – O 25 de Abril é do Povo – S. Pedro da Cova

O blogue do PS de Alfena

Andam por aí a dizer que o Aventar é um blogue anti-Sócrates e anti-PS.

A mais pura das mentiras, como todos sabem. Nós até gostamos muito do primeiro-ministro.  🙂

E para o provar, aqui fica a notícia de um novo blogue, criado por um amigo do PS de Alfena, uma freguesia do concelho de Valongo. Uma terra que, por sinal, faz parte da vida do Aventar.

Passem por lá e digam mal do Sócrates à vontade, que os comentários não são moderados.

Sou a Favor do Pagamento de Portagens (2)

a3+a11+n103

Cabreiros, Braga, Portugal - convergência da N103 com a AE11 e AE3

Nota prévia: no texto que se segue coloco propositadamente vários tipos de “auto-estradas” debaixo do mesmo nome genérico. Elemento comum a todas elas: possuem pelo menos duas faixas de rodagem em cada sentido, separador central de tráfego e desnivelamentos. Também de acordo com o documento abaixo citado, não são consideradas as (eventuais) alternativas ferroviárias aos mesmos percursos.

Parte 1

A 18 de Outubro de 2006, o governo da república faz saber que o “Regime Scut” é  uma coisa boa:

SCUT = auto-estrada “Sem Custo para o Utilizador”.

as SCUT deverão permanecer como vias sem portagem enquanto se mantiverem as condições que justificaram, em nome da coesão nacional e territorial, a sua implementação, quer no que se refere aos indicadores de desenvolvimento socio-económico das regiões em causa, quer no que diz respeito às alternativas de oferta no sistema rodoviário.”

Posto assim, o usufruto destas novas vias de comunicação modernas seria, para benefício de regiões desfavorecidas, sustentadas pelo Estado central e não directamente pelos seus usufrutuários. Nobre princípio.

No mesmo documento, para além da definição numérica do que é uma região desfavorecida, alude-se também ao que são as vias alternativas aos percursos das scut. “Foi assumido um índice de referência de 1,3x, valor a partir do qual se considerou que as vias alternativas à SCUT não constituem uma oferta razoável em termos do rede rodoviária local e regional.” Se bem percebi, o factor “tempo de viagem” seria também considerado na taxação ou não das tais auto-estradas.

O documento refere também “os critérios de discriminação positiva”  a Norte, no Interior, na Costa de Prata, Beira Interior, etc… até mesmo o Grande Porto terá direito a uma discriminação positiva… [Read more…]

Uma economia socialmente explosiva

Gente que há bem pouco tempo ganhava balurdios na Banca em Nova Yorque, dorme agora na rua para arranjar lugar nas enormes filas dos que procuram emprego. Até já se fazem “reality shows” nas televisões para que os ex-milionários contem as suas quedas profissionais. No sector privado, NY perdeu 70 000 empregos só no sector financeiro.

Em Detroit quem anda nas filas do desemprego são os milionários da indústria automóvel, tudo resultante de uma economia onde crescer e concorrer chegou a níveis absurdos.

Curiosamente, cá em Portugal, os níveis de vencimento de alguns passam a ideia de que a “festa” voltou, à ganância, esquecendo-se que há bem poucos meses foi o dinheiro dos contribuintes que salvou da falência as empresas que dão lições ao mundo sobre gestão.

A economia social de mercado está incompleta, falta o social, os mesmos que falam na “mão invisivel” dos mercados esquecem que o seu autor chamava a atenção para o “potencial explosivo” que uma economia tem se deixada entregue a si própria. Estas teorias liberais levaram a uma sociedade injusta e desequilibrada. Socialmente, a continuarmos neste caminho, poderá haver revoltas de multidões que já conheceram um bom nível de vida.

Estamos a voltar às “castas” sociais onde uma élite prospera e a grande maioria definha sem diálogo entre si, em “condomínios” estanques e potencialmente explosivos. A mesma situação de que nos quisemos livrar nos últimos 70 anos, na passagem da economia rural para a indústrial, todos os combates foram travados no sentido da aproximação social.

Nós por cá, tudo pela mão de quem se diz socialista…

Segredo de Justiça e Liberdade de Imprensa


O debate realiza-se no Chapitô, na próxima quarta-feira, às 22 horas – Rua da Costa do Castelo 1, Lisboa.
Vão participar na conversa Francisca Van Dunen, Procuradora Geral Distrital de Lisboa, de António Cluny, magistrado do Ministério Público no Tribunal de Contas, José António Barreiros, Presidente do Conselho Superior da Ordem dos Advogados e Alfredo Maia, Presidente do Sindicato dos Jornalistas.
O debate é organizado pelo Sindicato dos Jornalistas e o Chapitô.

Portugal e a falência induzida pela banca.

Ainda não percebi se o Ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, acredita nas suas próprias afirmações, a propósito da situação financeira portuguesa; e não percebendo isto, pela parte que me toca, afianço que não acredito nas mesmas afirmações.

A imprensa continua a incessante divulgação de notícias adversas a Portugal. O jornal “i” é categórico no título “Bruxelas acusa bancos de empurrar Portugal para a falência”. Por sua vez, o ‘Jornal de Negócios’, com a ilustração de fotografia do sorridente par Merkel – Sócrates, lança a pergunta “Portugal pode sair do euro?”; no texto, anuncia 4 (quatro) páginas da edição em papel, dedicadas ao tema.

O sistema financeiro internacional, grande detonador da crise mundial através de “bombas” do tipo ‘derivados’, ‘hedge funds’ e ‘subprime’, não só contínua a gozar de impunidade como, face às baixas taxas de juro de mercado, está interessado em extrair proveito das elevadas taxas especiais, praticadas em empréstimos a países como Grécia e Portugal. Sabem que, mais tarde, alguém pagará – BCE ou FMI.

O referido sistema não só ficou incólume a medidas de reforma, como foi auxiliado por dinheiros públicos em muitos países, destinados resolver os efeitos dos seus próprios desvarios. Ainda há poucos dias, o inefável Joseph Stiglitz publicou na edição online de “Político” um artigo intitulado “Build strong rules for finance system”, de conteúdo muito crítico sobre a falta de regulação reforçada para que o sistema financeiro não venha, em contra-senso, a ser parte ganhadora da crise com que pulverizou o mundo; ou seja, à custa de mais sacrifícios do sistema económico, e em especial das famílias.

Perante tudo isto, acreditar em Teixeira dos Santos depende muito dele próprio e da garantia absoluta de que Portugal vão vai para a falência, nem sairá da zona euro. Quem ma dá?

i agora?

O diário i do grupo Lena já escolheu um novo director interino (ver AQUI). A saída de Martim Avillez Figueiredo foi um pouco, simpatia da minha parte, conturbada. Ele até pode ter milhares de razões. Acredito que se sinta desiludido e frustrado mas tornar públicas mensagens internas e privadas de uma empresa não lhe ficou bem. Nada bem.

Foi um acto vingativo ou um tremendo erro? Em qualquer dos casos fica um sinal de perigo para os empresários desta área: a partir de agora, cuidado com o que escrevem em privado aos seus directores. Nunca se sabe se os escritos não vão parar, como por artes mágicas, à primeira página do jornal da concorrência.

i agora? Agora é a vez de Manuel Queiroz arrumar a casa, procurar sarar as feridas e sanear financeiramente o diário. Boa sorte!

Faltam 20 dias para a chegada do Papa a Portugal…

E eu associo-me, via Aventar, a este grande momento da história de Portugal.

Para começar bem o dia

Por exemplo,  o dia em que Sócrates se vai embora já esteve mais longe…

Apontamentos do Douro (8)

(Rio Douro, visto de Miranda do Douro)

Aconteceu em Braga

Mas podia ter acontecido aos filhos do colectivo de juízes, ao meu filho, ao teu filho…

Diz assim a notícia (nem sei como deixam ainda publicar estas infâmias….):

“O Tribunal de Braga condenou hoje a cinco anos de prisão, com pena suspensa, um homem acusado de violar uma menina de oito anos.
O colectivo de juízes da Vara Mista suspendeu a execução da pena, com a condição de o arguido pagar 35 mil euros a título de indemnização à família da vítima, nos próximos dois anos.”

Deixa ver se eu percebi: um indivíduo “abusou sexualmente da criança durante dois anos”, provado, indesmentido e confessado. A Justiça (cega) do meu país entende que  o indivíduo merece uma pena de prisão de cinco anos e uma multa de 35 mil euros. Ah, a pena de prisão é suspensa.

Senhor Ministro da Justiça, estamos na Guiné ou o que é isto?

Sons de Abril: Samuel – Venceremos