Uma fábrica de pesticidas na Índia, há vinte e cinco anos, matou vinte e cinco mil pessoas nos primeiros dois dias e calcula-se em cem mil as pessoas que ficaram a sofrer de doenças crónicas. Seicentas mil serão as pessoas que terão sido afectadas.
Ao fim deste quarto de século, realizou-se o julgamento dos responsáveis que apanharam dois anos de prisão, alguns deles, e multas os restantes. O chefe máximo na India nem sequer foi pronunciado e é hoje o presidente do fabricante de automóveis Mahindra Mahindra. O chefe máximo americano, apesar dos pedidos de extradição pela India, nunca foi encontrado.
Este desastre causou mais prejuízos que o desastre de Chernobil, foram muitos milhares os que sofreram e depois dessa data o ‘número de cancros e má formações nas crianças subiram em flecha.
É com indignação que a população de Bhopal, reagiu à sentença, considerando-a um insulto e dizendo que o desastre foi encarado pelo tribunal como se de um acidente rodoviário se tratasse. As indemnizações nunca chegaram à maioria das famílias afectadas e é certo que os responsáveia vão recorrer das sentenças, pois têm dinheiro e poder para o fazer.
O problema foi causado por má concepção da fábrica e práticas negligentes de manutenção, conhecidas da direcção mas negligenciadas por razões económicas.
basta ler ou ver algum documentário sobre a actuação das grandes empresas, nomeadamente no plano da agricultura e do ambiente, na índia para se perceber que isso é a ponta do icebergue…
É a chamada “periferia económica”. As más coisas vão sendo empurradas para os países mais pobres, onde há menos exigẽncias ambientais e sociais.
Tens razão, Luís, mas, para esse comentário ser mesmo verdade, isto teria que ser mentira: http://www.aventar.eu/2010/06/09/corrupcao-fraude-fiscal-e-branqueamento-de-capitais-alem-do-resto/
…Lá como cá…só muda a moeda…ou será,que os pobres são os mesmos?!
Porquê, Pedro? Achas que nós não somos periféricos? Seremos menos, mas somos. Vê lá se alguem quer as celuloses? Vieram de carrinho do Norte da Europa, onde nasceram. E irão mais para o Sul…