Inaugurou no passado sábado, em Aljustrel, a exposição “Allentejo”, cujo texto de apresentação é o seguinte:
Convidaram-nos a expor no Alentejo.
A nossa vontade, enquanto colectivo sedeado no Algarve ( todo o artista é o criador e a sua circunstância ), seria levar todo o Algarve –Allgarve, falando português turístico– ao Alentejo.
Mas somos o Laboratório de Actividades Criativas, de Lagos, e a exposição acontece em Aljustrel, parte de um Alentejo remoto, a braços com a desertificação, com o esquecimento e arredado das preocupações dos príncipes e estrelas urbanas da cultura.
Nós, contra a desertificação, contra a exclusão, contra a centralidade metropolitana, contra o pretenso elitismo dominante, acreditamos na contaminação e o nosso desejo seria contaminar, a partir de uma pequena semente em Aljustrel, todo o Alentejo –Allentejo.
As questões que cada um dos artistas presentes levanta, o seu talento, a sua arte, a sua entrega, ficam vincadas nesta tentativa irónica e solidária de trazer o mar ao centro do Alentejo, mimetizando a mentalidade reinante de que tudo o que não é litoral é apenas paisagem e, neste caso, um imenso mapa, vazio mar e de contemporaneidade.
Por todas as razões, e por acharmos que assim não é, seduz-nos mais o Allentejo.
Artistas presentes – A.Pedro Correia, Henrique Pereira, Jorge Pereira, Pedro Glória, Raymond Dumas e Sofia Fortunato. Mais informação aqui e aqui.
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Pedro, parabéns a Aljustrel. Aqui mais a norte, Galveias por exemplo, arte e artistas nem vê-los. Eu sei que a culpa não é dos artistas.
Mas há um belíssimo escritor que é filho da terra, Carlos.