Nas próximas eleições legislativas, os portugueses estão perante duas coisas muito simples: ou querem a continuidade e votam claramente no PS ou querem uma mudança e votam maioritariamente no PSD. Uma coisa é certa desde ontem: a junção destes dois mundos, destas duas visões antagónicas num governo de coligação (bloco central) é impossível. O resto é conversa.
Ontem, em Santa Maria da Feira, Pedro Passos Coelho foi bem claro: “No Governo ou vai estar o PS ou o PSD; não vamos estar os dois e ninguém diga que isto não é democrático porque os portugueses é que vão escolher; Nós não nos adaptamos a tudo, nós não somos de borracha; Ninguém quer ganhar as eleições mais do que eu, mas todos os que gostam de ganhar de qualquer maneira tirem o cavalinho da chuva – eu não quero ser primeiro-ministro de qualquer maneira; Não queremos o poder pelo poder, nem o Governo a qualquer custo, queremos chegar ao Governo para poder ajudar Portugal”.
Para quem pensou que a decisão dos portugueses estava perfeitamente tomada, as últimas sondagens mostram que não é bem assim. Se é certo que em quatro sondagens, três dão a vitória ao PSD, não o é menos que essa vitória é curta. Depois de em apenas seis anos este PS ter conseguido bater recordes considerados impossíveis em tão pouco tempo, a saber: duplicou a dívida pública de 80 para 160 mil milhões de euros, o desemprego atingiu números nunca vistos, a educação está sem rei nem roque, a justiça bateu no fundo e o número diário de empresas a fechar é astronómico, mesmo assim, o PS apresenta valores acima do seu eleitorado natural (que ronda os 25 a 27%).
Uma das críticas que fazem a Passos Coelho é o facto de ele não “comunicar” tão bem como Sócrates. Hoje, em Viana, Miguel Relvas recordou que é verdade, que Sócrates é um profissional em comunicação e essa sua especialização custou-nos, em apenas seis anos, 80 mil milhões de euros.
Se repararem, para onde quer que uma pessoa se vire na comunicação social, em especial nas televisões (RTP à cabeça) ou nas rádios (TSF em destaque), aparece Sócrates com um discurso ao mais puro estilo “evangelista” de serviço. A colocação da voz, o olhar e a expressão corporal assemelha-se, imenso, com aqueles evangelistas americanos. Enganam-se os que pensam que é por acaso.
Muitos comentadores afiançam que estas eleições não vão ser fáceis para o PSD e Passos Coelho. Pois não. Mas serão bem mais difíceis para os portugueses. Nunca, como hoje, os portugueses estiveram perante tão grande desafio:
Ou se deixam levar por este estilo político copiado das estratégias comunicacionais da Igreja Universal do Reino de Deus e votam neste PS; ou preferem pensar muito bem no que se passou nestes últimos seis anos e alinham pela mudança votando PSD e Pedro Passos Coelho.
O resto, meus caros(as), repito, é conversa. Da treta.
O Passos são não alinhar pelo mesmo estilo do Socrates está fo**do. Os Portugueses não querem pessoas que hesitam e que demonstrem sinceridade e ponderação. Os Portugueses querem é espetáculo. Muito se deve rir o Zé Sócrates do Zé Povinho. E muito se deverão rir os Alemães quando o Sócrates for eleito de novo. Porra, quem me dera ser alemão para me rir também.
Mudança?!!!
Mais do mesmo!!
Quem é que tem estado no poder nestes 37 anos?
Senhor(es) administrador(es) do blogue:
Apenas para minha informação, e para tentar perceber, gostava de saber porque é que um comentário feito em 07/05/2011 às 21:16, só aparece visível passadas mais de 24h.
Embora tenha constatado já, que nem sempre isso tenha acontecido, dependendo do teor do comentário e do autor do post.
Grata
Ana A.
Porque o sistema tem marcado os seus comentários automaticamente como spam, e quando assim é temos de ir lá recuperá-los manualmente. Por que é que isso acontece? Não sei, talvez seja do mail que coloca no comentário. Não vejo outra razão.