Hoje lembrei-me desta publicidade.
Porque é Dia Internacional da Mulher e porque, embora as mulheres sejam cada vez mais numerosas e mais presentes em praticamente todos os sectores da sociedade moderna dos países desenvolvidos, há ainda um longo caminho a percorrer.
Porque, apesar de todas as qualificações e de todos os esforços, uma mulher profissional é frequentemente preterida quando compete com um concorrente homem.
Porque, mau-grado toda a evolução na sociedade e as provas dadas por muitas mulheres em lugares de chefia, elas continuam a ser muito minoritárias nesses postos de trabalho.
Porque eu sou mulher e já me senti assim insultada quando um colega (tão incompetente que foi a única pessoa despedida naquela empresa) ganhava mais do que eu, trabalhando muito menos e muito menos eficazmente.
Porque, mesmo antiga e com fraca qualidade, continua a representar aquilo que diariamente se faz a muitas mulheres.
Pelo menos no Aventar ganhamos todos o mesmo, homens ou mulheres.
e eu acho que enquanto for preciso um dia da mulher é porqueainda é preciso falar em desigualdade.
E a liberdade de uma empresa como fica?
As pessoas não podem fazer com o seu dinheiro o que querem?
Se uma empresa quiser pagar mais a uma mulher que a um homem pode, se quiser fazer o contrário também pode.
Será que as pessoas altas também têm salários mais altos? É preciso estudar isso… e será que os carecas ganham menos que os cabeludos? também descriminação por descobrir, tanta lei por fazer.
Eu também já me senti descriminado mas foi por não ter uma rata. Tendo uma rata não é preciso produzir-se como os outros, os que têm pilas. Pode-se chegar ao trabalho e estar a falar da vida de casa, de como o marido é um pau mandado, de como a filha é muito mais esperta que os outros bebés da mesma idade. Pode-se chegar ao posto de trabalho, ligar o computador e em vez de começar a produzir, não, demora-se uma hora a ver todos os emails pessoais e reencaminham-se dezenas deles, e pelo meio levantam-se e fazem-se uns quantos telefonemas pessoais nem que seja só para mostrar as novas extensões do cabelo ou uma nova micro saia com vista privilegiada. Depois dessa árdua tarefa vai-se ao café e demora-se pelo menos meia hora para ir e vir porque pelo caminho conversa-se com toda a gente que se encontra e arranja-se sempre tema nem que seja falar-se da vida dos outros, volta-se, e começa-se a fazer de conta que se trabalha e passado um bocado chama-se o chefe e ficam-se ali a galar. Produz-se menos de metade dos outros, os tais tristes das pilas, mas consegue-se ganhar mais, mesmo tendo entrado para a empresa há bem menos tempo, e fazendo extamente o mesmo trabalho, e tudo isto porque para quem tem uma rata, abre-se as pernas e é um admirável mundo novo de oportunidades.
Viva o dia mundial das ratas!
Só agora li o seu comentário, Konigvs.Achei um pouco estranho ninguém responder.Apesar de não gostar muito das expressões, mas por mais que doa existem muitos casos desses, mas não hà regra sem excepção. Infelizmente é uma realidade que só quem é sério a pode enfrentar! Nunca deleguei em ninguém e tenho muito orgulho nisso, as minhas funções como funcionária, mãe, esposa e dona de casa, mas também acho que em certas situações a mulher é insubstituível e tem uma grande missão a cumprir, que é a de ser mãe.