Pod ser ou nem por isso – A igualdade de género e a importância do feminismo

Mais um debate da rubrica “Pod ser ou nem por isso”, desta vez dedicado à igualdade de género e à importância do feminismo.
Será que esta é uma luta que ainda é preciso travar? E de que forma?
São convidadas Leonor Rosas e Catarina Maia.
Debate moderado por Francisco Salvador Figueiredo e João L. Maio.

Pod ser ou nem por isso
Pod ser ou nem por isso
Pod ser ou nem por isso - A igualdade de género e a importância do feminismo
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E as aulas de Religião e Moral, deputado Bruno Vitorino? Também têm que parar?

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Perante o anúncio de uma sessão de esclarecimento sobre questões de género e LGBTI, feita no âmbito da disciplina para a cidadania e igualdade de género e sem carácter obrigatório, o deputado Bruno Vitorino (PSD) soltou a sua indignação no Facebook, numa publicação entretanto desaparecida em combate, vá-se lá saber porquê.

Ao ler esta publicação, de um deputado que, à partida, será um tipo esclarecido e dotado de inteligência, lamento desde logo que Bruno Vitorino ache que miúdos de 11 anos sejam alguns ignorantes que devem ser deixados em paz, porque, imagino, achará o senhor deputado que podem apanhar alguma doença, se confrontados com a realidade LGBTI, ainda para mais no contexto de uma disciplina que aborda o tema da igualdade de género. A partir de que idade poderão, no entender de Bruno Vitorino, ser as crianças portuguesas expostas ao perigo da existência da homossexualidade? Será que o simples facto de assistirem a tal sessão os homossexualizará? [Read more…]

Desde ontem,

as portuguesas estão a trabalhar de graça. A propósito de equidade salarial.

Assunção Cristas, chique a valer

Na apresentação da poderosa coligação que reúne CDS-PP, PPM e MPT em torno da candidatura de Assunção Cristas à CM de Lisboa, Gonçalo da Câmara Pereira, vice-presidente dos monárquicos, elogiou a candidata por ser, “acima de tudo“, “uma mulher casada, que provou, como a maioria das portuguesas pode trabalhar e ter filhos“, uma vez que “não descurou o trabalho e não descurou a casa“. Podíamos ficar horas à volta destas declarações, que colam a mulher ao papel de simples dona de casa, numa era em que os casais modernos dividem irmãmente as tarefas da lida, e que de resto nos transportam para as declarações de Paulo Portas em Setembro de 2015, que dissertava sobre o papel da mulheres na sociedade, que ” sabem que têm de organizar a casa e pagar as contas a dias certos, pensar nos mais velhos e cuidar dos mais novos“. Porque o homem, Deus nos livre e guarde, tem tarefas mais másculas para fazer. [Read more…]

Uma boa notícia é uma boa notícia

Patrões e trabalhadores do sector do calçado chegam a acordo histórico:

Natália de Sousa merece que saibamos o seu nome

Não conhecíamos Natália de Sousa, o seu nome nunca chegou aos jornais, nunca foi capa de revista ou tema do momento nas redes sociais. Era advogada em Estremoz, ao que parece muito conhecida e respeitada na terra por se dedicar a casos de violência doméstica, abdicando frequentemente dos seus honorários para ajudar mulheres em situação desesperada.

Ontem à tarde, o ex-marido de uma das suas clientes, a meio de um processo de divórcio tumultuoso, invadiu-lhe o escritório. Recebera dias antes o aviso de que uma providência cautelar o impedia de se aproximar da mulher. Espancou a advogada até à morte, saiu e confessou o crime ao primeiro com quem se cruzou. Quando o socorro médico chegou, já era tarde. [Read more…]

Menos Sexo

less-sexmas mais igualdade?

Insulto às mulheres

Hoje lembrei-me desta publicidade.

Porque é Dia Internacional da Mulher e porque, embora as mulheres sejam cada vez mais numerosas e mais presentes em praticamente todos os sectores da sociedade moderna dos países desenvolvidos, há ainda um longo caminho a percorrer.
Porque, apesar de todas as qualificações e de todos os esforços, uma mulher profissional é frequentemente preterida quando compete com um concorrente homem.
Porque, mau-grado toda a evolução na sociedade e as provas dadas por muitas mulheres em lugares de chefia, elas continuam a ser muito minoritárias nesses postos de trabalho.
Porque eu sou mulher e já me senti assim insultada quando um colega (tão incompetente que foi a única pessoa despedida naquela empresa) ganhava mais do que eu, trabalhando muito menos e muito menos eficazmente.
Porque, mesmo antiga e com fraca qualidade, continua a representar aquilo que diariamente se faz a muitas mulheres.

Pelo menos no Aventar ganhamos todos o mesmo, homens ou mulheres.

Alô-alô? Klop!

Aguardamos ansiosamente os furibundos protestos de uma certa esquerdinha que quanto a este tipo de nefastíssima seitazita, mantém-se sempre ceguinha, surdinha e mudinha. Vá lá, expliquem-nos o que se passa e o que se pode fazer.  Não, desta vez “os sionistas” não têm qualquer culpa.

Retrocessos da civilização

Há 56 anos, a mulher tunisina alcançava o “mais avançado estatuto entre todas as mulheres dos países árabes: a igualdade de género“.

Hoje, o actual governo pretende a «islamização» do país e os tunisinos não estão pelos ajustes. Já houve manifestações na rua.

Os tunisinos exigem a alteração de um artigo da futura Constituição em que a mulher surge não como igual mas como «complementar ao homem». Escreveu-se já que esta posição do governo é uma “nova ditadura baseada na religião”.

Ao mesmo tempo que está em debate a alteração à Constituição, a atleta tunisina Habiba Ghribi dedicou a sua medalha olímpica (a primeira mulher na história do país a conseguir uma) às tunisinas e a uma «nova Tunísia». É preciso dizer que a Tunísia ganhou apenas 3 medalhas nestes Jogos Olímpicos sendo que, então, uma delas é de Habiba! Nada mal!

Muitas vezes as mudanças não se fazem para melhor, como é o caso.

Volta-se para trás, retrocede-se, perde-se, de um dia para o outro, aquilo que alguém (ou muitos e ao fim de muito tempo) conquistou.
Já vi isto em qualquer sítio

Testes de Virgindade: O Facebook e a idade das trevas

Enquanto muitos egípcios – usando o Facebook, as redes sociais e a tecnologia digital – procuravam uma revolução modernizadora que os catapultasse para a contemporaneidade, os militares mostravam como se pode viver na idade das trevas, mesmo com armas modernas na mão, telemóvel no bolso e coca-cola nos momentos de descanso.

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