António Ferreira
Braga, centro da cidade, 17h30m de sábado, 3 de Dezembro.
Já não é só a periferia que está votada ao abandono.
O centro da cidade, dita cidade do comércio, está como se (não) vê. As grandes superfícies comerciais continuam a proliferar enquanto o comércio tradicional definha na escuridão.
Acresce a isto a não existência de uma comunicação social independente na cidade. Os casos, os acasos, as situações avolumam-se e a vergonhosa classe de jornalistas dos dois diários da cidade olham para o lado enquanto assobiam e fotografam todas as inúmeras aparições do fotogénico Ricardo Rio, seu putativo patrão.
Foram precisos apenas 3 anos para a Câmara Municipal de Braga transformar a cidade numa amostra triste, gélida e escura daquilo que já foi.
Foto © Ana Silva
É triste. Passa-se o mesmo na minha cidade, Coimbra. Já se sabe que as grandes superfícies prejudicam o comércio nas zonas tradicionais, mas ao menos que as autarquias façam um esforço para compensar. Uma boa iluminação já ajudava.
Eu pensava que o Ricardo Rio tinha sido uma lufada de ar fresco em relação ao vosso anterior “dinossauro excelentíssimo”…
Pedro, nem é de iluminação festiva que nos queixamos. É da iluminação normal, de todas as noites.