Como era Portugal antes da Democracia?

Ando há anos a tentar utilizar excelente série da RTP Portugal, um Retrato Social, de António Barreto e Joana Pontes, nas minhas aulas de História.

Sendo objectivo do trabalho sociológico comparar o Portugal dos anos 60 com o do séc. XXI, recolheram excelentes testemunhos de como era a nossa vida antes de Abril de 1974, servindo tanto de fonte primária como de secundária. Um computador mais rapidinho permitiu-me agora editar esses extractos, numa remontagem um pouco longa e não muito bem organizada, mas sempre melhor que utilizar os dvd’s originais. Espero mais tarde completá-la com pequenos vídeos específicos (por exemplo sobre a emigração).

Aqui fica à disposição dos interessados, que podem igualmente efectuar o seu download directo.

Jornal de Notícias e AO90 prejudicam alunos nos exames nacionais

wp_20150206_08_53_59_pro (1)Esta semana, o destaque do Jornal de Notícias de 6 de Fevereiro foi aquele que se pode ver na imagem.

O JN é um dos jornais que, sem que se perceba porquê, decidiram adoptar o chamado acordo ortográfico (AO90).

Ora, o acento agudo de “pára”, segundo a Base IX, 9º, é para suprimir. No 5.4.1. da Nota Explicativa, os autores do AO90 tentam explicar por que motivo se tomou essa decisão, recorrendo, em parte, ao segundo mantra do acordismo.

A manchete do JN, dotada, eventualmente, de uma vontade própria, contraria, assim, a ortografia adoptada pelo prestigiado jornal. Embora defenda, no mínimo, a suspensão imediata do AO90, percebo que isso tenha de se fazer gradualmente: hoje, a manchete; a notícia local, amanhã. [Read more…]

Ainda o erro do exame de Português de 12º

A propósito do erro no recente exame de 12º de Português, aqui ficam a sequência dos factos e algumas observações.

1 – no Grupo II, pedia-se aos alunos que classificassem o acto ilocutório presente em “Como um dia veremos.” A citação corresponde ao último período de um texto de Lídia Jorge sobre Eça de Queirós publicado na revista Camões. Na versão online, faltam os dois períodos finais: “O que não parece vir a propósito, embora venha. Como um dia veremos.”

2 – a primeira versão dos critérios de classificação do exame impunha que os professores classificadores aceitassem apenas a resposta “Acto ilocutório compromissivo”. Só nesse caso, os alunos poderiam ser contemplados com o meio valor previsto, o que, parecendo ínfimo, pode ser decisivo em diversas circunstâncias.

3 – vários professores, no entanto, afirmaram que se trataria de um acto ilocutório assertivo, o que deveria obrigar, no mínimo, a aceitar as duas respostas. Os interessados em distinguir os dois actos ilocutórios poderão, facilmente, obter a informação necessária. Se estiverem interessados na fonte oficial, poderão visitar a página do dicionário terminológico, escolher o separador “Procurar” e escrever “acto ilocutório”.

4 – o IAVE (Instituto de Avaliação Educacional), num primeiro momento, negou a existência de um erro, dando instruções para que os professores classificadores aceitassem apenas a resposta prevista nos critérios.

5 – as opiniões dividiram-se o suficiente para que o IAVE acabasse por reconhecer a existência de um problema, passando a permitir que ambas as respostas fossem consideradas correctas.

Passemos às observações: [Read more…]

Crato a brincar com a vida dos outros

Ministério da Educação recua na questão dos exames do 12.º ano.

Deve ter percebido que ia perder em tribunal.

Alterações nos exames nacionais: incompetência ou má-fé?

De repente, o Ministério da Educação (MEC) resolveu alterar aquilo que estava estabelecido há vários anos, apanhando, mais uma vez, de surpresa, alunos, professores e encarregados de educação. Ao contrário do que acontecia até agora, os exames nacionais de 12º passarão a incidir sobre matéria dos três anos do Ensino Secundário, o que acontecerá já no final do presente ano lectivo.

Quando entravam para o Ensino Secundário, os alunos sabiam com o que contavam. No caso do Português, por exemplo, os alunos, ao iniciar o 10º ano, eram informados de que a matéria que constaria do exame nacional de 12º se referia apenas àquilo que era leccionado neste último ano. Como é evidente, todas as partes intervenientes tinham isso em conta, desde o início do percurso. [Read more…]

Exame de Português – 12º ano (2ª fase)

Prova e critérios de correcção.

Exame de Português – 12º ano

Prova e critérios de correcção

Escândalo no exame nacional de Português do 12º ano

Da prova hoje realizada constavam uns versos de um tal Camões, vetusto decassilabista, onde, pasme-se, abundavam os erros ortográficos.

Cos e co, algũa, assovia, hómidos, hórridos todo um baxo trato humano à ortografia superiormente ditada por todas as normas ortográficas.

Uma vergonha. Depois disto tudo pode acontecer. É  certo que em letra mais pequena se avisava ter-se usado a edição de um tal de Costa Pimpão, que não faço ideia de quem seja mas certamente não andou na escola,  está mal, deviam  ter escolhido outra, em português de lei. Esta gente deve pensar que a ortographia é uma convenção qualquer de somenos importância. Cáfila de traidores.

Hoje dá na net: Literatura – Fernando Pessoa

A base de dados Arquivo Pessoa contém, na secção Obra Édita, a maior parte dos textos de Fernando Pessoa publicados até 1997. É muita poesia, com todos os autores que Pessoa também era. Interessa a todos os amantes de poesia, de Pessoa e a todos os alunos de 12º ano.

Erro no exame de Português do 12º ano

Conta quem sabe.

Não é a minha área, mas de acordo com os critérios de correcção o exame de História da Cultura e das Artes enveredou, formalmente é certo, pela lógica da adivinhação, o que por sinal já é uma tradição. Tratarei desse mais logo.