Afinal quem é que foi agredido na Fontinha?

Tribunal absolveu activistas de agressão à polícia.

Que ficou do Es.col.a?

Não é preciso calcorrear muito o Porto para confirmar que a cidade se vai transformando numa sucessão de edifícios em ruínas. Propriedade privada e pública entregue às pombas e aos ratos, a ruir lentamente aos olhos de todos. Os proprietários privados não podem ou não querem recuperar os seus edifícios, ou simplesmente estão longe e tanto lhes dá (experimentem pedir o contacto dos proprietários de prédios em ruínas e verão quantos moram fora da cidade).

A Câmara do Porto não dispõe de meios para recuperar todos os edifícios sob a sua alçada, já sabemos. Ora, essa insuficiência de meios poderia fazer supor que a autarquia aceitaria de bom grado, até com gratidão, qualquer proposta de intervenção cívica, não dependente de subsídios camarários, que pretendesse reabrir espaços que a autarquia foi deixando encerrar e os devolvesse à comunidade, mas a actuação recente da autarquia demonstra, de forma totalmente ilógica, o contrário. [Read more…]

Fontinha de justicinha

Sobre a ES.COL.A da Fontinha

Pedro Andrade

Começo por dizer que nunca entrei em contacto próximo com o projecto ES.COL.A. Tal como a maioria dos cidadãos do Porto (infelizmente), nunca participei nas actividades deste projecto, embora já soubesse da sua existência desde meados do ano passado. Apesar disto, o seu mérito pareceu-me desde o início inegável: um edifício público, neste caso a Escola da Fontinha, que estava há já 5 anos abandonada e degradada (impedida assim de concretizar o fim social para o qual foi projectada), é ocupada por cidadãos que, sem apoio de qualquer instituição pública ou privada, se dedicam a reabilitar o espaço e dar-lhe vida com várias actividades culturais e educativas.
Entrei pela primeira vez na escola no dia 25 de Abril, durante a reocupação após a retirada forçada por funcionários da Camara Municipal do Porto e Polícia na semana anterior. Lá não encontrei, como cheguei a ler em alguns sítios, “delinquentes”, “drogados” ou “criminosos”. Não encontrei o que a própria Câmara designa de “ocupação selvagem”. Encontrei cidadãos portuenses a lutar e a gritar pelo direito a utilizarem um espaço público para realizar actividades em prol da comunidade. Encontrei pessoas a cantar, a dançar e a abraçarem-se. Encontrei uma biblioteca cheia de livros escolares, revistas e vídeos. Encontrei quadros de ardósia. Encontrei uma mesa e raquetes de ping-pong. Encontrei paredes pintadas e com desenhos. Encontrei pessoas e material suficientes para fazer um projecto de grande relevância social. [Read more…]

Nós não fazemos mas vocês também não

“Funcionários da Câmara do Porto iniciaram hoje, às 8h, os trabalhos para entaipar as entradas da escola, de onde foi retirado diverso material, como portas ou sanitas das casas de banho.

O objectivo é impedir a reocupação das instalações pelos activistas do coletivo Es.Col.A, que agendaram para esta quinta-feira à tarde, às 18h30, uma assembleia geral para decidir o que fazer depois da intervenção da Câmara do Porto.

Desta vez, a intervenção da autarquia foi mais radical e incluiu a colocação de tijolos e a destruição das infra-estruturas essenciais à continuidade do projecto Es.Col.A, avança a Lusa.” via porto 24

Algumas razões porque acho que a CMP tem dois pesos e duas medidas mais em baixo.
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Rui Rio

Olha quem voltou!

Para acompanhar ao minuto

A re – ocupação da Fontinha  no ES.COL.A

Carta do Canadá: Cinquenta anos depois

Participei da greve nacional de estudantes universitários,  começada em  Lisboa em 24 de Março de 1962,   lado a lado com  largos milhares de outros estudantes. A greve foi consequência da proibição, pelo governo de Salazar, das celebrações do Dia do Estudante. O aparato policial foi impressionante a cercar a Cidade Universitária. Perante o facto, Marcelo Caetano, então Reitor da Universidade Clássica de Lisboa, falou aos milhares de estudantes concentrados frente às Faculdades de Letras e Direito: verificava que, lamentavelmente, de novo o poder executivo pisava o poder legislativo e,visto isso, estavam todos  os estudantes convidados a jantar no restaurante Castanheira de Moura, ao Lumiar.  Ordeiramente, muitos estudantes dirigiram-se ao restaurante e, quando ali chegaram, foram violentamente espancados pela polícia de choque. Estava aberta a guerra entre academia e regime, que rapidamente alastrou a outras universidades do país. Como seria de esperar, surgiram líderes: Eurico Figueiredo, Jorge Sampaio, Victor Wengorovius, Joaquim Mestre, José Medeiros Ferreira e outros. [Read more…]

Aproveitar a oportunidade

fantástica de conseguir para Gaia um dos melhores projetos de intervenção social que se viu por estas bandas.

Solidariedade com a Es.Col.A da Fontinha, Hoje

  • Coimbra: Concentração às 18h, à frente da Câmara Municipal
  • Porto: Assembleia Geral às 18h30 no Largo da Fontinha
  • Santarém: Concentração às 18h, à frente da Câmara Municipal
  • Braga: Concentração às 18h, na Avenida Central

Desocupação da Escola da #Fontinha: o vídeo

Se fosse ministro da defesa Rui Rio mandava os F-16 para a #fontinha

A Associação Nacional dos Bombeiros Profissionais condenou hoje a Câmara do Porto por enviar 11 profissionais dos Sapadores Municipais para a intervenção de despejo do coletivo Es.Col.A, no bairro da Fontinha, “sem farda e de cara tapada”. Lusa

A #fontinha e a propriedade privada do voluntariado

Estudo acompanhado gratuito pelos pais das crianças de um colégio católico, como foi amplamente divulgado há tempos, é voluntariado.

Estudo acompanhado gratuito na Fontinha, omite-se, não é notícia, é coisa de anarcas, okupas na linguagem colorida de muitos dos jornalistas hoje de plantão.

O voluntariado é propriedade privada, um condomínio fechado, tem de parecer caridadezinha, ou será que só o que alguns fazem em prol dos outros é aceitável pelos elevados e selectivos padrões discriminatórios da comunicação social e seu proprietários?

na imagem: horário de actividades da Es.Col.A da Fontinha.

Rui Rio não foi à Es.Col.A

“A CMP já começou a previsível campanha desinformativa“, as mentiras do costume que a Gui desmonta. Leiam, o contraditório não sai nos jornais.

Anonymous e Rui Rio