Grupo de cientistas sociais da área das migrações toma posição pública.
[Observatório da Emigração]
Os “paradoxos” de Schengen
Eleições e direitos de cidadania: residentes estrangeiros
«Pago IRS, pago Segurança Social, pago Taxa Moderadora mas não posso votar, apesar de viver há mais de trinta anos em Portugal. Tenho todos os deveres mas não tenho todos os direitos!»
[Um cidadão cheio de razão]
Refugiados: tenham medo,
muito medo de Laszlo Toroczkai, o presidente da câmara de Asotthalom, pequena cidade na fronteira entre a Hungria e a Sérvia. «Se a Hungria é uma má escolha, Asotthalom é a pior».
Arame farpado da marca espanhola Mora Salazar,
com sêlo de certificação ‘European Security Fencing’, é o fornecedor do Estado húngaro. “Limitámo-nos a fornecer o material, não fizemos a sua instalação”, afirmou o porta-voz da empresa. [canarias-semanal.org]
«Europa
gastou 1800 milhões para fechar fronteiras e só 700 para ajudar os refugiados». [esquerda.net]
“A corrupção abolirá todas as fronteiras…”
Se o mundo é global
Não pode a corrupção
Cingir-se ao local
Como se em contramão…
Tem de se projectar
Galgar fronteiras
Tem de se universalizar
Avassalar eiras e beiras
Mas o combate local
Associado aos mais
É superior, bem superior
À mera soma dos iguais
E é localmente,
Sem se questionar
Que se tem de principiar
Principalmente…
Como ponto fulcral
A atingir, a alvejar
Prá moral social
Se almejar!
Este Schengen não é para pobres
A Suíça planeia fechar as suas fronteiras a espanhóis, italianos e portugueses (notícia em castelhano).
Noites e noites frente a uma embaixada
Da primeira vez cheguei demasiado tarde (seriam 9.30h) e tive que voltar no dia seguinte. Assim, às 5.45h, lá estava eu a juntar-me a uma fila de pessoas no passeio, frente à embaixada de um país africano de língua portuguesa. Um, dois, três, quatro, trinta, trinta e um. Eram 5.45h e eu era o número trinta e um na fila, sabendo que apenas seriam distribuídas trinta senhas para pedidos de visto de entrada. Voltei a contar: trinta e três, desta vez. O melhor era manter-me no meu lugar e acreditar na providência. Estava frio, chovia e iam chegando mais e mais pessoas, grande parte sem a mínima possibilidade de receber a dita senha.
Havia uma triagem prévia de documentos à porta da embaixada, o que fez com que algumas pessoas à minha frente não pudessem entrar e me colocou entre os primeiros trinta. Lá dentro, de guiché em guiché, detectaram algumas imprecisões menores na minha carta de chamada. Teria que voltar no dia seguinte, desta vez sem necessitar de senha. Agora está tudo bem, disseram-me nesse outro dia, mas hoje não é dia de aceitar pedidos de vistos, volte amanhã. Tentei insistir mas não adiantava, teria que madrugar outra vez frente à embaixada.
A experiência entretanto acumulada dizia-me que teria que chegar mais cedo ainda. Apontei para as cinco da manhã mas cheguei às 4.30h. [Read more…]
Valença-Tui: a Última Fronteira da Europa
… todas as outras fronteiras já se dissolveram há décadas;
a maior fronteira portuguesa reabre no próximo domingo. Progresso.
Para os nostálgicos das fronteiras na Europa,
para os que pedem o reforço dos bunkers nacionais, do bunker europeu e para os inimigos da livre circulação de pessoas dentro do espaço Schengen.
O vídeo que se segue retrata a cerimónia diária de encerramento da fronteira entre a Índia e o Paquistão. Tem salvo conduto? Visto de entrada? Dinheiro? O que é que transporta? Abra lá essa mala! Entre aqui e tire a roupa! O que é que vai fazer? Onde vai ficar? Tem família? O que é que fazem? Qual é a direcção? Em casa de amigos? Mostre a declaração. Vai de férias? Tem bilhete de regresso? Já esteve preso? Abra a boca. Levante a língua. Com que então turismo, hem? Qual a sua religião? Profissão? Conta bancária, tem? Autorização militar? Tem alguma coisa escondida no rabo? Fuma drogas? Pode voltar a vestir-se, desta vez tem sorte, pode passar!
Perguntas terceiro-mundistas? Saiba o digníssimo leitor que me confrontei com quase todas estas perguntas, ordens e afirmações na Europa (ainda me confronto noutros lugares) há pouco mais de 25 anos. Nessa altura eu era o português, uma coisa parecida com o extra-continental de agora, o muçulmano, o árabe, o preto, o indigente, o teso que nos vem roubar o trabalho, o tal que, se se apanha cá, fica a viver à custa da segurança social e nunca mais se vai embora.*
* As palavras escritas em itálico são obviamente utilizadas com conotação racista. Não por mim, mas pelos racistas que as usam no dia-a-dia com sentido depreciativo. Vejam o vídeo e suspirem por fronteiras. Ah, e, se chegarem atrasados, esperem pela reabertura, no dia seguinte. Se vos deixarem passar.
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