A polémica sobre os rendimentos e o património dos administradores da CGD dura há várias semanas.
É útil lembrar que se ainda governasse a direita, este assunto não sobreviveria vinte e quatro horas na comunicação social e a Caixa já estaria a ser alegremente administrada, sem polémicas e sem declarações.
CGD: algo mudou
Retroactividade, já!
Para que não restem dúvidas sobre a potencial origem marxista-leninista-chavista-qualquercoisaista da informação que passo a partilhar, a minha fonte é o Sol. E se saiu no Sol e é sobre o PSD, é porque deve ser verdade.
Na edição online do passado dia 5 de Maio, esse bastião da ética jornalística que nos brinda com doses industriais de liberdade de imprensa todas as semanas titulava “PSD quer prisão para políticos que mintam sobre rendimentos”. No Facebook, o semanário questionava o seu leitor “Concorda com esta medida?” [Read more…]
Imunes à austeridade
Dizia-nos a propaganda, em Outubro de 2013, que “O Conselho de Ministros aprovou esta quinta-feira, uma proposta de lei que estabelece “regras apertadas para as remunerações da administração e dos quadros superiores dos bancos sob auxílios do Estado”.“. Os rendimentos dos visados estariam limitados a uns míseros 15 salários mínimos, coitados. Chegava a dar pena. [Read more…]
Cavaco Silva: pior a emenda do que o queixume
Cavaco Silva falou hoje, por escrito, sobre a sua declaração de pobreza. Para repôr a verdade? Para dizer que se enganou nos números? Para pedir desculpa? Não,
Com o seu exemplo… acompanha situações… de cidadãos que atravessam dificuldades. Vejamos: Cavaco acompanha situações e dá o seu exemplo aos cidadãos que (como ele?) atravessam dificuldades.
Ocorrem-me vários qualificativos para ilustrar este tipo de afirmações mas não vou por aí. Preocupa-me, no entanto, um pormenor: ninguém tem nada a dizer quanto ao facto de, na realidade, nada nestas declarações (e nas anteriores) ser verdade?
Marcelo diz que Cavaco não quis dizer o que disse: deve ser bruxo
Marcelo Rebelo de Sousa lançou os búzios, leu as entranhas de uma galinha preta e estudou a forma das nuvens para chegar à conclusão que
o Presidente da República “quis dizer uma coisa e saiu-lhe outra.
A seguir examinou a bexiga de um bode e percebeu que
Cavaco quereria dizer aos portugueses que até ele, “um privilegiado”, tem dificuldades
Entretanto esqueceu-se de consultar os dicionários e acrescentou que
o que ficou subentendido não foi isso
Ou seja, nem Cavaco disse o que disse, nem a gente ouviu. Subentendeu. Depois de tanta macumba, acabadinho de sair do transe, Marcelo expôs a sua última revelação e
lembrou que o Presidente da Republica “ganha menos” que os de outros países europeus.
Obrigadinho pela lembrança, também a generalidade dos portugueses ganha menos do que os de outros países europeus. Estes senhores das “elites” não vivem cá de certeza. Se vivessem estavam caladinhos. Por causa das moscas.
Porque não te calas?
Quando querem dar uma de pobrezinhos, estes senhores mostram a distância que vai entre eles e os portugueses que fazem realmente sacrifícios, além de, invariavelmente, lhes fugir a boca para a mentira (e será que não vai nunca usufruir as mordomias decorrentes de ter sido Presidente da República ?).
Eis a última tirada do “precário” Cavaco Silva:
Manuela Ferreira Leite vive acima das nossas possibilidades
188000 euros de rendimento num ano, acumulação de reformas? esse tempo acabou dona Manuela, está a contribuir para o endividamento do estado (que na sua cabecinha é a causa de todos os nossos males, o BPN não conta, são amigos, prontos). Então depois da reforma do Banco de Portugal ainda foi trabalhar para um banco privado e não prescindiu da reformazinha acumulada com a subvençãozita de ex-titular de um cargo público, sacrificando-se para ajudar a economia portuguesa?
Não? então está a viver acima das nossas possibilidades, dona Manuela. A engordar o monstro, sua marota. Assim terei de lhe chamar hipócrita. Também lhe podia chamar assassina, nome que se dá às pessoas que querem que outras pessoas morram sem assistência na doença para que possam gozar tranquilamente das suas reformas, mas não chamo dona Manuela, tal como não lhe chamo mentirosa por ter sido a campeã da treta do endividamento do estado como causa da crise (negócios como o da Lusoponte não contam, são amigos, prontos), porque hoje acordei com o meu lado machista muito acentuado e a uma senhora não se bate nem com uma flor, era ires viver com um salário mínimo durante três meses e depois conversávamos, dona Manuela, mas só depois, depois de experimentares a fome, a doença sem seguro de saúde, depois disso.
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