Sabemos todos que a maioria dos grandes monumentos nacionais estão em perigo de se degradarem definitivamente por falta de manutenção (o Estado não tem dinheiro para estes “bizantices”). Isto não impede que o Tuga sempre que tem uma ideia não coloque o Estado a pagar.
A associação Não Apaguem a Memória, que já tinha lutado contra os edifícios que nasceram ali no Chiado, no local da antiga sede da PIDE, luta agora para que o Forte de Peniche não se transforme numa pousada. Quer um museu, um centro que agrupe num mesmo local a documentação referente ao Estado Novo, preservando assim os locais onde tantos anti-fascistas estiveram presos.
O problema é que se este centro não for viável economicamente, vai ser o Estado e possívelmente a Câmara local a ter que pagar o seu funcionamento. O que é meio caminho para a sua morte lenta e para que poucas visitas tenha.
Se for possível (e basta bom senso) juntar no local uma Pousada, explorada por empresário do sector e um centro de documentação, junta-se o útil ao agradável. Não se apaga a memória e desenvolve-se uma actividade económica que sustenta a manutenção e a dinâmica do interesse do público.
O Forte e o belo local merecem e a memória antifascista também!
Se for uma intervenção responsável, atenta e cuidada, merece aplauso. Sem uma função além da museológica, o projecto não terá viabilidade e depois alguém (órgãos do Estado) terá de pagar. Mas só até um dia, até voltar a cair na incúria.
Claro, a preservação da memória do local é uma mais valia tambem para a pousada.Há que conjugar as duas vertentes.Agora esperar que o local viva a contas do Estado é mais do mesmo.Tornar o forte um local vivido é fundamental.E isso faz-se com a pousada!