Não há dúvidas dos efeitos das políticas dos EUA sobre o resto do mundo. Mas, se ainda subsistissem algumas, a presente crise seria a prova eloquente que as dissiparia.
George Bush, o pior dos presidentes norte-americanos de sempre, com os seus homens de mão, precipitou a humanidade numa crise económica, social e política, cujos limites são ainda difíceis de definir. O cenário catastrófico justificou a esperança de mudança personalizada em Obama, para a grande maioria dos norte-americanos e muitos cidadãos de outros países.
Naturalmente, as promessas políticas de Obama foram encaradas como solução eficaz, para erradicar os nefastos resultados da irracionalidade neo-liberal, a que o Luís Moreira se referia, há dias, neste blogue.
Todavia, decorridos 100 dias da presidência de Obama, começa a haver cepticismos acerca de certas opções. Katrina vanden Heuvel, em ´The Nation’ www.youtube.com/user/videonation refere interrogações pertinentes, concedendo, embora, o benefício do prazo do balanço de 1000, em vez dos mágicos 100 primeiros dias de governação. O prestigiado Joseph Stiglitz é mais contundente e objectivo, ao desmistificar o ‘Capitalismo Artificial de Obama’, no New York Times de 01-04-2009, http://www.gsb.columbia.edu/faculty/jstiglitz (clicar em “articles/OpEds” Obama’s Ersatz Capitalism).
Caso Obama venha a claudicar, e sinceramente penso ser insensato, à americana, esperar tamanhos milagres de um só homem, ficamos emparedados pela mediocridade geral dos governantes europeus para descolar dos EUA; resta-nos, pois, a penitência de continuar a inventariar as falências, os números do desemprego e outros fenómenos sociais adversos, tudo condimentado pelo uso imoral dos dinheiros dos contribuintes para ressuscitar um modelo capitalista que finou. Ou não? A alternativa serão as convulsões sociais na UE? Esperemos para ver.
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