Foi moda na gestão. Controlo pela qualidade, virada para o mercado, recursos humanos “poucos mas bons”, toda uma filosofia de vida.
Depois, à mesma velocidade como apareceu foi submersa pela concentração, fusões, havia que ganhar dimensão, compras de concorrentes, pela via orgânica…
Ninguem sabia mas vinha aí a globalização, mercados globais, dimensão maior que alguns Estados. Ganhar competitividade, baixos salários na India e na China, massa cinzenta nos países mais avançados e perto dos grandes mercados.
Enquanto isto se fazia à velocidade de um meteorito largado no espaço sideral, o controlo e a regularização mantiveram-se ao nível do mercado caseiro, incapaz de perceber que para mercados globais, regulação global.
Um dos pais do monstro foi este senhor. Escutem-no:
“Novos desafios regulatórios aparecem por causa do facto provado recentemente que algumas instituições financeiras se tornaram muito grandes para falharem,na medida em que a sua falência levantaria preocupações sistémicas.A solução é desencorajá-los a tornarem-se demasiado grandes!”
Pois é, o senhor é o ex-presidente da Reserva Federal dos US, Alan Greenspan !
Durante vinte anos jurou a pés juntos que a regulação é que era o impecilho a abater!
Agora está arrependido, já o admitiu. Mas mantém-se na sua reforma dourada. Quem o quiserem encontrar é procurar o senhor com cara de avozinho simpático, de pantufas e Wall Street Journal na mão.
As modas do mercado são as forças dominantes do momento.É a tal mão invisivel.