É fácil congelar salários mas é muito injusto, porque são os que ganham menos e os que vivem pior que pagam a factura, só têm o pecado original de serem muitos e tirando um bocado a cada um junta-se muito. Mas chega, é sempre assim e no essencial, os erros, as duplicações, os desperdícios ficam lá todos.
Seria melhor ser um homem de Estado a sério e avançar com medidas corajosas que, essas sim, além de justas, ficam para sempre. Exemplos?
Acabar com o duplo emprego. Quem trabalha no estado deve receber o seu salário e não acumular com outos vencimentos vindos de comissões e outras actividades quer seja na privada quer seja no público; não poder juntar vencimentos e pensões pagas pelo estado ou por empresas participadas pelo estado ; acabar com institutos, Direcções-Gerais, Fundações que fazem o mesmo e que são criadas para distribuir vencimentos e mordomias: sair das empresas onde entrou pela mão das negociatas que a CGD faz com certos empresários e especuladores; Arranjar um parceiro para a TAP e deixarem-se de “empresa de bandeira” falida, sem capacidade de enfrentar o mercado, como mostra a fusão da “Ibéria” com a “British Airwais”; sanear as empresas transportadoras, buraco sem fundo, juntando-se e trabalhando em complementaridade com os privados; Acabar de vez com a ladroagem dos gestores públicos e as suas vergonhosas mordomias que são um vómito num país pobre e injusto como é o nosso ; exigir que a CGD apoie os pequenos empresários, as pequenas e Médias Empresas, que criam riquesa, postos de trabalho e estão viradas para a exportação; terminar com as parcerias Público/Privadas em que os prejuízos estão todos do lado do Estado e as vantagens todas do lado dos privados; descentralizar capacidade de decisão e meios para os Municipios, reforçando o poder local tão rico em experiência no país; transformar a CGD numa instituição financeira que dê o “tom” ao negócio bancário, no que diz respeito ao nível de crédito concedido, condições de crédito e taxas e juros de intermediação; obrigar a banca a pagar o IRC à taxa igual à de todas as outras empresas e, mesmo assim, ficam de fora os lucros que escondem nas off-shores; taxar as operações financeira em bolsa;
Só para mencionar alguns!
Luís, andas a ler o mesmo que eu?
Infelizmente nada disso vai acontecer. O problema está num sistema que permite aos governantes viver com privilégios que negam aos governados. E isse não se altera mudando as moscas…