O vulcão Islandês que provocou o caos aéreo durante alguns dias, sobretudo na Europa, veio mostrar, tal como o 11 de Setembro nos EUA, as fragilidades da mundialização em que vivemos.
Há alguns pontos comuns nos dois eventos que vale a pena realçar.
Por um lado, ambos tiveram baixos custos de produção, o vulcão nao custou nada, os atentados foram feitos com alguns milhares de dólares. Ambos puseram os espaços aéreos das respectivas zonas onde aconteceram, durante alguns dias, interditos, com enormes prejuizos para as economias, particularmente das transportadoras aéreas e passageiros.
Ambos tiveram a capacidade de mostrar as fragilidades do mundo em que vivemos, desorganizando a deslocação de pessoas, bens e mercadorias, provocando grandes perdas às companhias transportadoras e enormes transtornos a cerca de 7 milhões de pessoas deslocadas.
No caso dos EUA, segundo a OCDE, os prejuizos directos e indirectos para a economia americana foram da ordem dos 22,347 mil milhões de euros.
Um estudo recente do banco HSBC estima em 150 milhões de euros os custos para as 5 maiores companhais aéreas durante os primeiros dias de paragem. Falta analisar o resto.
O frete aéreo só representa 5 % dos fretes a nivel mundial, mas em contrapartida, representa 40% do tráfico mundial de mercadorias, segundo o Prof. Daniel Mirza, estudioso do Centro de Estudos Prospectivos e Informação Mundiais.
Entretanto, houve quem ganhasse com a desgraça “alheia”; as empresas de transportes, os comboios, os TGV´s, que tiveram a sua hora de glória pela rapidez que alcançam, as autoestradas, os túneis, como o da Mancha, que tiveram os seus maiores picos de fluxos durante estes dias, com tudo a passar por eles. Por outro lado, algumas regiões ganharam turisticamente, porque, se não se pode ir para o Norte passar férias, vai-se para o Sul à última hora.
Porém, as questões já levantadas pelo 11 de Setembro e agora renovadas pelas cinzas do vulcão Islandês têm sido abafadas por duas vontades convergentes, a dos paises emergentes e a volúpia do lucro a todo o custo. A esperança do lucro sobreleva sobre os perigos do terrorismo ou de uma catástrofe mundial e só uma nova consciência social poderá pôr termo à situação.
Há uma incógnita no meio disto.
Até que ponto os impactos psicológicos das e nas pessoas podem alterar a situação,ou seja, até onde, em nome da mundialização e do lucro, elas estão dispostas a correr riscos pessoais?
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