O vulcão Islandês que provocou o caos aéreo durante alguns dias, sobretudo na Europa, veio mostrar, tal como o 11 de Setembro nos EUA, as fragilidades da mundialização em que vivemos.
Há alguns pontos comuns nos dois eventos que vale a pena realçar.
Por um lado, ambos tiveram baixos custos de produção, o vulcão nao custou nada, os atentados foram feitos com alguns milhares de dólares. Ambos puseram os espaços aéreos das respectivas zonas onde aconteceram, durante alguns dias, interditos, com enormes prejuizos para as economias, particularmente das transportadoras aéreas e passageiros.
Ambos tiveram a capacidade de mostrar as fragilidades do mundo em que vivemos, desorganizando a deslocação de pessoas, bens e mercadorias, provocando grandes perdas às companhias transportadoras e enormes transtornos a cerca de 7 milhões de pessoas deslocadas.
No caso dos EUA, segundo a OCDE, os prejuizos directos e indirectos para a economia americana foram da ordem dos 22,347 mil milhões de euros.
Um estudo recente do banco HSBC estima em 150 milhões de euros os custos para as 5 maiores companhais aéreas durante os primeiros dias de paragem. Falta analisar o resto.
O frete aéreo só representa 5 % dos fretes a nivel mundial, mas em contrapartida, representa 40% do tráfico mundial de mercadorias, segundo o Prof. Daniel Mirza, estudioso do Centro de Estudos Prospectivos e Informação Mundiais.
Entretanto, houve quem ganhasse com a desgraça “alheia”; as empresas de transportes, os comboios, os TGV´s, que tiveram a sua hora de glória pela rapidez que alcançam, as autoestradas, os túneis, como o da Mancha, que tiveram os seus maiores picos de fluxos durante estes dias, com tudo a passar por eles. Por outro lado, algumas regiões ganharam turisticamente, porque, se não se pode ir para o Norte passar férias, vai-se para o Sul à última hora.
Porém, as questões já levantadas pelo 11 de Setembro e agora renovadas pelas cinzas do vulcão Islandês têm sido abafadas por duas vontades convergentes, a dos paises emergentes e a volúpia do lucro a todo o custo. A esperança do lucro sobreleva sobre os perigos do terrorismo ou de uma catástrofe mundial e só uma nova consciência social poderá pôr termo à situação.
Há uma incógnita no meio disto.
Até que ponto os impactos psicológicos das e nas pessoas podem alterar a situação,ou seja, até onde, em nome da mundialização e do lucro, elas estão dispostas a correr riscos pessoais?
Do vulcão europeu ao 11 de Setembro nos EUA
e agora..que fazemos? o pib no chile
Com a morte de Émile Durkheim, coube ao seu discípulo e sobrinho, Marcel Mauss, orientar a Revista Anual L’Année Sociologique, por si fundada em 1896, editada em Paris por Feliz Alkan. Por respeito ao seu desaparecido parente, quase um pai parra ele, quer por consanguinidade, quer por desenvolverem juntos o que Durkheim tinha aprendido na École Normal Superieur de Paris, Mauss deu continuidade à publicação, acrescentando-lhe um novo título: II série. A primeira série era a do seu tio, a segunda, dele. É nesta Revista, que escreve o seu famoso texto sobre reciprocidade, intitulado: Essai sur le don. Forme et raison de l’echange dans les sociétés archaïques, passando, mais tarde, a ser denominado apenas por Ensaio sobre a dádiva. E de dádiva, passa a ser designada reciprocidade, que eu analiso exaustivamente no livro editado em 2008, pela Afrontamento, para o qual remeto o leitor para maiores detalhes técnicos, científicos e históricos.
O que, de momento, me interessa é a reciprocidade. Defini-a como uma troca de bens com mais-valia, isto é, faz parte de um comércio feito sem moeda, caracterizando-se pelo intercâmbio de bens que não se têm por bens que se possuem. Nunca a pensei como uma dádiva que não espera recompensa, quase uma forma de caridade que tudo dá sem nada esperar em retorno.
Até que um dia deste ano de 2010, a 27 de Fevereiro, uma hecatombe abala o Chile e milhares de pessoas ficam sem casa e muitas outras morrem. Ainda não sabemos quantas, como relato no meu ensaio de Terramotos. Memórias Apagadas. Durante menos de um minuto, a terra tremeu na República do Chile, cidades completas ruíram, deixando as pessoas na rua, sem casas nem bens. Em sítios onde nunca antes tinha tremido, como a capital e todo o centro, desde Santiago até Temuco, 800 quilómetros de desolação, de terras abertas que engoliam seres humanos, que sumiam casas, que derrubavam paredes. Cidades inteiras ficaram sem habitações, sem ruas, sem abastecimento de água e de energia eléctrica, com os iminentes tsunamis sempre a ameaçar o que tinha ficado em pé. Histórias que todos sabemos
O problema não é voltar a mesma história. O problema é: o que fazemos agora?
E a doença, filho? O novo fascismo que nos pune com terramotos

o adeus à a Presidência do Chile
À memória da minha Pátria, esse país frio, chamado Chile,
que luta pela justiça que permita finalmente aliviar o luto, 41 anos depois, dia da mudança dos mandos e do perigo do regresso ao passado recente…
Acaba uma Presidência na dobrada mas não partida, República do Chile, e começa outra. Haverá mais doença?
Deixa, pequeno, tentar explicar o que é a doença. Talvez, com as minhas palavras. Essas que tenho sempre guardadas para ti. A doença, pequeno? Parece-me um estado.
Esse estado do corpo que nos retira de andar com os outros. Esse estado do corpo que muitos dizem ser um estado da alma. Esse estado do corpo que acaba por ser o que nos fere e nos deixa sem horizontes. Esse estado do corpo, por vezes transitório, por vezes permanente, que retira de nós o desejo de fazer mais do que falar ou mal de nós por não estarmos activos – ou mal dos outros porque nos tiraram a alma. Estado do corpo que não passa, porque o corpo é apenas a carcaça dentro da qual as nossas ideias andam. E vivemos sujeitos a ela, a essa terrível palavra que denominamos doença. Da qual fugimos. Fugimos ao pensar, sempre, que o nosso estado ideal de vida é estarmos sempre bem, com o pensamento claro, o corpo direito e o trabalho a ser realizado. [Read more…]
Natureza, lucro, catástrofes

A natureza que dá lucro, causa catástrofes
Continua a ser-me difícil não desabafar sobre as catástrofes acontecidas durante estes pesados dias. Dias pesados, porque nem os sentimentos, nem o espírito nem o corpo são capazes de suportar as hecatombes ocorridas ao longo destes dias em diferentes partes do mundo. Sítios do mundo geograficamente distantes uns dos outros, unidos apenas pela parte mais pesada e difícil de suportar do ser humano, os sentimentos. Esses sentimentos ou emoções que comandam a nossa racionalidade, atributos que definem o nosso pensar e dizer, ou operação do espírito de que nascem as nossas opiniões ou juízos. Juízo ou discurso, argumento, proposição, observação dos acontecimentos que arrasam o nosso sentir ou aptidão para receber as impressões do exterior na nossa consciência íntima. [Read more…]
Obrigado pelo apoio na tragédia do Chile
A tragédia que abanou ao Chile este 27 de Fevereiro de 2010 e que continua a punir sem motivo nenhum, tem sido acompanhada pelas pessoas do Aventar e pelos meus colegas da vida académica, pelos vizinhos e amigos. Queria agradecer. O Chile está dobrado, mas nunca quebrado. O futuro já começou a partir dos escombros…
Bandeira chilena, símbolo da solidariedade

Bruno y bandeira do Chile fazem parte de angariação de fundos
“Comencé a excavar por mis cosas, vi la bandera y la mostré sin intención”
Bruno Sandoval, artesano, sostiene una ajada bandera chilena en Pelluhue. Se transformó en un ícono del maremoto que afectó la zona centro-sur de Chile.
por Andrés López, Constitución – 04/03/2010 – 07:10
A formiguinha e o elefante
Conto-me entre os que acham que a acção humana tem tido graves consequências no equilíbrio ecológico do planeta. Incluo-me entre os que pensam que o efeito de estufa, por exemplo, tem muito a ver com a forma como usamos os recursos naturais e com as emissões que disso resultam. Afirmo que tragédias como a que, recentemente, ocorreu na Madeira poderiam ser minoradas e acauteladas se houvesse uma maior sensibilidade em relação à ocupação do território e um maior respeito pelas forças da natureza. Entendo que alguns fenómenos climatéricos e atmosféricos são amplificados por desflorestações, alteração dos recursos hídricos, libertação de CO2, etc.
Daí a admitir, como tenho lido e ouvido, que terramotos como o do Haiti (epicentro a 13 km de profundidade) ou do Chile (34 Km de profundidade) tenham origem humana, leva-me a perguntar: isto, foi um pontapé que o Cristiano Ronaldo deu na terra? Um murro do Mike Tyson? Os chineses espirraram todos em conjunto?
Chile, um país em recuperação

destas casas cresceram outras
É-me impossível parar a escrita sobre a tragédia do Chile. Examinar a imagem, mostra-nos de imediato como um prédio em construção (em tijolo e zinco), ruiu no meio de outros prédios pintados de branco e direitos. A casa estava já ocupada pelos proprietários ou construtores, porque um dos maiores castigos do Chile, é a falta de habitação. A maior parte da população vive, como explico em ensaios anteriores, em casas cujos materiais de construção se resumem a zinco, papelão e cartão. O desenvolvimento económico do país nos últimos vinte anos, permitiu aos mais pobres saírem das suas casas de «brinquedos» para casas mais sólidas. Sólidas até um certo ponto, porque são feitas pelos moradores desconhecedores das técnicas de construção. Desde o nascimento do Chile, como narra Isabel Allende no seu livro de 2006: Inês del Alma Mia, Arreté, Barcelona – versão portuguesa do mesmo ano, Difel, Lisboa, intitulado Inês da Minha Alma, que existem os alarifes ou mestre-de-obras, arquitectos aprendidos com a prática e com estudos matemáticos nas Universidades do seu tempo. O seu primeiro trabalho é dividir a terra em palmos, medida que equivale a 8 polegadas ou 22 centímetros, medida, tomada com a mão aberta, que vai da extremidade do dedo polegar à ponta do dedo mínimo.
Largos palmos de terra eram adjudicados aos colonizadores, os que, com a ajuda do alarifes, desenhavam as casas de apenas um piso (térreas), sem mais construções por cima, por causa da necessidade de usar pedra trabalhada por canteiros, e coladas para construir um prédio com cimento e gemas de ovo. Pedras canteadas usadas na construção de prédios certos e duradouros, de vários andares, como as igrejas, os paços ou a sede do governo.
Sismo no Chile: "Parece o fim do mundo"
Um sismo de magnitude 8,8 ocorreu por volta das 3h30 da madrugada ( hora local ) com epicentro a 90 quilómetros de Conceição, segunda maior cidade chilena. O abalo fez-se sentir em todo o país, sendo, neste momento, impossível conhecer as suas consequências. Sabe-se, para já, que grande parte das comunicações não funcionam, que o número de vítimas não pára de subir e que, até agora, já foram sentidas mais de vinte réplicas, algumas de magnitude superior a 6.0.
O japão lançou o alerta de tsunami para todo o Pacífico, estando várias operações de retirada de pessoas a ocorrer em diversas ilhas, nomeadamente na Ilha de Páscoa e no Havai.
Sobre sismos, medidas a tomar e precauções consulte o nosso dossier no Aventar.
O Terramoto de 1755 e a cultura europeia da época
Em textos anteriores, vimos já que se perdeu muita coisa importante no Terramoto de 1755 – os seis hospitais da cidade, incluindo o de Todos-os-Santos, 33 palácios da grande nobreza, o Palácio Real, a Patriarcal, o Arquivo Real, a Casa da Índia, o Cais da Pedra, a Alfândega palácios, igrejas, bibliotecas, a faustosa Ópera do Tejo, inaugurada sete meses antes… Na «Gazeta de Lisboa» do dia 6 de Novembro, afirmava-se que «O dia primeiro do corrente mês ficará memorável pelos terremotos e incêndios que arruinaram uma grande parte desta cidade». Diga-se, de passagem, que a «Gazeta» nunca interrompeu a sua publicação devido ao sismo, constituindo uma importante fonte de informação sobre o que aconteceu. Vimos já, como dizia, o que se perdeu, relação enriquecida com um excelente comentário do aventador Nuno Castelo-Branco.
O que se ganhou, também sabemos: uma cidade nova, muito moderna para a época em que foi construída e, pormenor importante, edificada de acordo com um sistema anti-sísmico – a famosa estrutura flexível de madeira dos edifícios, «em gaiola». Como disse José Augusto França, a nova Lisboa saída do inspirado traço de Eugénio dos Santos, surge como uma autêntica «cidade das luzes», uma obra emblemática do espírito do iluminismo. [Read more…]
As interpretações dadas, na época, às causas do terremoto de 1 de Novembro de 1755 #3
Comunicação apresentada à Classe de Ciências da Academia das Ciências de Lisboa, na sessão de 29 de Outubro de 1987 pelo Académico efectivo Rómulo de Carvalho (também conhecido como António Gedeão).
Continuação daqui
Analisando as opiniões dos diversos autores setecentistas sobre a génese dos terramotos, recolhe-se a impressão de que todos eles dizem a mesma coisa embora, na aparência, se mostrem em discordância entre si, desfavorecendo certos pormenores e enaltecendo outros. Na verdade reconhece-se que é o fogo que em todas as teorias expostas se apresenta como o elemento indispensável à eclosão do abalo de terra, ou actuando directamente ou inflamando as terras combustíveis ou vaporizando a água ou dilatando o ar. Acreditava-se na existência de um fogo, contido nas tais cavernas denominadas pirofilácios, que poderia comunicar, através de uma rede de canais subterrâneos, com as cavernas onde se continham os outros elementos, e nelas provocar os seus efeitos. Mas, que poderia ser esse fogo? Não seria ele o próprio Inferno de que fala a Sagrada Escritura? Veríssimo de Mendonça, irmão do autor da História Universal dos Terremotos, não tem hesitações a esse respeito: «He sem duvida,» – escreve – «que no centro da terra há o fogo do Inferno, que tantas vezes nos lembra a Escriptura Sagrada. E ainda que este fogo seja destinado para o tormento das almas dos condemnados, e eterna satisfação das Divinas offensas, sempre he verdadeiro fogo, e da mesma natureza, que o elementar; bem que pela matéria sulphurea, e betuminoza seja mais denso, e abrazador». [Read more…]
As interpretações dadas, na época , às causas do terremoto de 1 de Novembro de 1755 #2
Comunicação apresentada à Classe de Ciências da Academia das Ciências de Lisboa, na sessão de 29 de Outubro de 1987 pelo Académico efectivo Rómulo de Carvalho (também conhecido como António Gedeão).
O terramoto de 1755 deu origem a grande número de escritos que imediatamente vieram a público e em que os seus autores procuraram interpretar as causas do acontecimento. É interessante notar-se que tendo a cidade de Lisboa ficado praticamente destruída, logo as tipografias surgiram do caos para se entregarem à composição e à impressão dos textos que lhes eram apresentados para o efeito. Não é uma só mas diversas oficinas tipográficas lisboetas que recomeçam de imediato o seu labor tão tragicamente interrompido, o que se explica pelo hábil aproveitamento de uma oportunidade excepcional de comerciar colocando nas mãos do público, fortemente sensibilizado, notícias do terramoto. Poderíamos citar cerca de quatro dezenas de trabalhos escritos sobre o sismo, publicados em 1756. O interesse público por tais trabalhos prolongou-se até ao fim da década dos anos sessenta. [Read more…]
As interpretações dadas, na época , às causas do terremoto de 1 de Novembro de 1755 #1
Comunicação apresentada à Classe de Ciências da Academia das Ciências de Lisboa, na sessão de 29 de Outubro de 1987 pelo Académico efectivo Rómulo de Carvalho (também conhecido como António Gedeão).
Em 1 de Novembro de 1755, pelas nove horas e três quartos da manhã, começaram a sentir os habitantes de Lisboa, com espanto e angústia, que o chão lhes tremia por debaixo dos pés. O tremor fora antecedido de um ruído tumultuoso que vinha do interior da terra e que, por si só, não seria assustador, de acordo com a descrição de um contemporâneo que o comparou ao «de muitos coches correndo». E acrescenta: «de modo que os que estávamos na Igreja da Senhora das Necessidades, onde os Soberanos costumão ir aos sabbados, julgámos que chegava Sua Majestade».
Em breves instantes o tremor, que se iniciara por uma sacudidela lenta, cresceu com grande intensidade. As paredes dos edifícios começaram a dar de si, a estalar, a abrir fendas e em breve se desmoronaram abatendo-se sobre as pessoas que alucinadamente fugiam de suas casas, correndo pelas ruas. Era um sábado, e dia santificado, dia de Todos-os-Santos. Por ser dia de especial devoção, e por ser de manhã, estavam as igrejas a transbordar de fiéis que assistiam às missas, o que foi causa de grande mortandade. As pedras das abóbadas dos templos, as colunas dos altares, as paredes em redor, abateram-se abruptamente sobre as pessoas desvairadas e indefesas, erguendo nuvens de poeira que sufocavam os poucos que ainda conseguiam fugir a tempo. [Read more…]
Prevenção, Preparação e Resposta
Realizado um estudo das condições locais em termos de probabilidades de ocorrência de um sismo, será possível equacionar e programar uma séria de medidas e acções, agrupadas em três categorias.
PREVENÇÃO
Nesta categoria incluem-se acções que contribuam para que os efeitos de um sismo sejam minorados através de um ordenamento do território/planeamento urbano que tenha em conta as áreas detectadas como de risco acrescido, que localize de forma estratégica os equipamentos e infra-estruturas com um papel decisivo na resposta ao sismo, ou que contribuam para a introdução de reforços estruturais nos edifícios existentes e assegurem um comportamento eficaz daqueles a construir de novo.
São no fundo acções de planeamento e de adequação dos regulamentos á possibilidade de ocorrência de um sismo.
No caso do tsunami, passa pela criação de sistema de detecção, colocado no mar, com o correspondente sistema de alerta em terra.
No caso da costa Algarvia este aspecto assume uma importância fundamental, já que se um tsunami se formar no seguimento de um sismo, haverá um período de cerca de 15 minutos entre a sua detecção e chegada das ondas às praias. O sistema de detecção e alerta poderá salvar milhares de vidas.
PREPARAÇÃO
A preparação prende-se com o apetrechamento de meios de resposta por parte das entidades integradas na protecção civil, como máquinas de desobstrução, hospitais de campanha, sistemas de comunicações, e outros, e com a organização e definição de procedimentos, como os planos de emergência, definição de locais de concentração, a realização de exercícios e simulacros, ou a informação e sensibilização da população para a forma como deverá reagir ao acontecimento.
RESPOSTA
A capacidade de resposta ao sismo por parte das estruturas de protecção civil dependerá fundamentalmente da sua intensidade, ou seja, quanto mais intenso for o sismo, mais elevado será o nível da estrutura capaz de lhe responder, desde municipal, distrital, nacional ou internacional.
Perguntei um dia ao coordenador da protecção civil do Algarve _ quem é afinal a protecção civil? A reposta foi _ somos todos nós.
É nesta perspectiva de que a resposta ao sismo começa no indivíduo, na sua capacidade de viver com o risco, de conhecer os meios e formas mais correctas de reagir, e de se organizar socialmente para lhe fazer face, que os efeitos de um acontecimento dessa natureza podem ser minimizados.
Ver mais artigos sobre este assunto em Sismos, discussão no Aventar.
Habitamos um planeta activo: sismos ocorrem todos os dias
Já aqui foi dito que pequenos sismos ocorrem todos os dias e que a probabilidade de tal acontecer aumenta na proporção inversa da magnitude do sismo – quanto menor for a magnitude considerada, maior será a probabilidade de ocorrência e vice-versa. Confirme isso mesmo no site do Instituto de Meteorologia, onde pode visualizar a actividade sísmica quer em Portugal, quer no mundo. Conheça ainda a rede sísmica nacional e veja os últimos comunicados emitidos pelo IM sobre ocorrências em território português.
Segundo defende a generalidade dos sismólogos, esta actividade sísmica é benéfica, na medida em que permite a libertação gradual de energia que, de outro modo, se libertaria de uma única vez provocando, então sim, sismos de magnitude superior.
O grande terramoto de 1755
O sismo que conhecemos como o Terramoto de 1755, é por muitos considerado como o maior sismo de que há notícia histórica. Lisboa, por ser a mais importante cidade atingida, deu-lhe o nome, mas o abalo foi sentido com violência também no Algarve, no Sul de Espanha e em Marrocos. Sem causar prejuízos, sentiu-se em toda a Europa, nos Açores e na Madeira. Para Norte de Lisboa, a intensidade foi sendo menor, embora registando-se danos em Alenquer, Torres Vedras e Óbidos.
Em Lisboa, no dia um de Novembro, um sábado, o tempo estava quente para a época, atribuindo-se essa circunstância a uma antecipação do Verão de São Martinho. A temperatura andava na ordem do 14 graus centígrados. Em 31 de Outubro a maré atrasara-se mais de duas horas. A hora a que o sismo teve início é objecto de alguma controvérsia, podendo ser calculado entre as 9,30 e as 9,45. [Read more…]
Saiba o que fazer Antes, Durante e Depois de um sismo
Os sismos, como já aqui vimos, ocorrem de forma inesperada e sem data marcada, ainda que, como também referimos, existam alguns mecanismos genéricos de previsão. A probalilidade de ocorrência de sismos em Portugal é real , como pode ser facilmente confirmado pelo historial que incluímos no início deste debate. Acresce a isso que grande parte da população portuguesa habita, precisamente, nas zonas em que o risco sísmico é mais elevado.
Nesse sentido é importante saber o que fazer antes, durante e depois de um sismo. Apresentamos um resumo das indicações da Autoridade Nacional de Protecção Civil antes que o sismo ocorra. No final encontrará um link para o artigo completo.Saiba ainda como, no presente, direccionar correctamente a sua ajuda.
O que fazer antes?
Conheça o historial sísmico da zona onde vive.
Se viver junto ao litoral informe-se sobre a altitude a que se situa. Em caso de tsunami estes dados são importantes.
Certifique-se que os seus familiares sabem o que fazer em caso de sismo. Combine um local de reunião para essa eventualidade. [Read more…]
O terramoto de 1531 – faz hoje 479 anos
Com um epicentro algures entre Azambuja e Vila Franca de Xira, no dia 26 de Janeiro de 1531, faz hoje 479 anos, um terramoto destruiu parcialmente Lisboa. Sismo que, segundo se julga, pouco terá ficado a dever ao de 1755. No entanto, a cidade não era tão grande, nem tão populosa, embora para a época, fosse considerada de enorme dimensão – teria cerca de 100 mil habitantes (contra os 275 mil de 1755).
As zonas da cidade que foram atingidas não terão também sido as mesmas. Como exemplo desta afirmação, o Hospital de Todos os Santos, no Rossio, não ficou significativamente danificado, vindo porém a desaparecer no sismo de 1755. Sabe-se também que, embora com menos danos registados, o Ribatejo e o Alentejo foram regiões duramente atingidas. Desde o dia 7 que se verificavam abalos, mas o mais grave foi o de 26 quando, ao princípio da madrugada, a terra tremeu por três vezes. [Read more…]
O terramoto de 1969
Em 1969 foi uma espécie de pesadelo. Acordei mas a minha irmã continuou a dormir.
Os meus pais e a minha avó apareceram no quarto e sossegaram-me … também eles tinham sentido “o pesadelo”. No outro dia, já no colégio, não se falava noutra coisa e aí sim com as notícias a espalharem-se percebi o quão grave tinha sido o nosso “pesadelo”.
O meu professor de geografia comparou o sismo/a morte/o pânico/o terror… com os “sismos humanos” que nós estávamos a provocar nas colónias. Nesse dia jurámos que faríamos tudo para acabar com a guerra e que ajudaríamos os colegas para não irem combater.
Em 1969 tinha 16 anos.
MARIA MONTEIRO
Prever os efeitos do sismo
O texto que aqui se apresenta pretende dar a conhecer o estudo realizado para a cidade de Lagos denominado “Risco Sísmico no Centro Histórico de Lagos”, elaborado na sequência da assinatura de um protocolo entre a Câmara Municipal de Lagos e o Instituto de Ciências da Terra e do Espaço, ao qual se associaram o Centro Europeu de Riscos Urbanos, o Instituto Superior de Engenharia de Lisboa e a Universidade de Lisboa.
A primeira fase do estudo, coordenado pelo professor Luís Mendes Victor, já se encontra publicada.
Tendo em conta que à data da sua realização, enquanto arquitecto da Câmara Municipal de Lagos, exercia funções na Autarquia como responsável pelo centro histórico da cidade de Lagos, coube-me acompanhar a sua elaboração e promover por diversas vezes a sua divulgação, não só em Lagos, como no âmbito de encontros de carácter nacional e internacional.
Este texto tem por objectivo divulgar o estudo através de uma linguagem acessível para o comum do cidadão, numa perspectiva pedagógica e de sensibilização para o problema, transmitindo a visão de um arquitecto sobre o mesmo, não tendo portanto um carácter de publicação científica.
O sismo de 1 de Novembro de 1755
Este texto foi publicado em 1 de Novembro de 2009 na série «A máquina do tempo».
Eram as 9,30 do dia 1 de Novembro de 1755. Dia santo, grande parte da população de Lisboa encontrava-se nas igrejas. Subitamente, um rugido medonho subiu das entranhas da terra e sucessivos abalos destruiram em minutos uma das maiores e mais ricas cidades da Europa. Aos abalos sucedeu um pavoroso tsunami e um enorme incêndio. O cálculo do número de vítimas mortais vai em alguns autores até quase às cem mil (a cidade teria 275 000 habitantes).
O primeiro abalo, o mais forte terá durado entre três minutos e nove minutos, pensando-se que terá atingido o grau 8,7 na escala logarítmica de Richter. Abriu fendas com cinco metros de largura. Minuto e meio depois, uma violenta réplica provocou o tsunami com vagas que atingiram os 20 metros e devastaram o que o abalo deixara de pé. Horas depois, desencadeou-se um forte incêndio que completou a destruição. A Sul, a região de Setúbal e o Barlavento algarvio foram também grandemente afectados. [Read more…]
Sismo 1969 – a cor do medo
Madrugada de 28 de Fevereiro, duas e trinta, à volta disso, andava eu a fazer ronda no Quartel, ali na Av. de Berna onde hoje está uma faculdade de Sociologia. Do outro lado da Rua a Igreja de Nossa Senhora de Fátima.
Como o pessoal era diligente e a ameaça pequena, estava a conversar na parada com dois soldados, já não me lembro sobre quê, mas naquela situação e com aquela idade devia ser sobre a guerra colonial que se mostrava cada vez mais aguerrida e cada vez mais próxima de quem vestia farda.
De repente, os camions ONIMOG, que tinham enormes pneus e eram grandes e pesados começam aos saltos ali a cinco metros de nós. Ainda o meu cérebro não tinha descodificado os sinais e há uma espécie de “burburinho” a crescer do mais profundo, um ronco ameaçador, paralisante. A sensação é que não há saída, não se percebe, estamos cercados por algo que não vemos e não compreendemos. Imediatamente a seguir, os prédios onde estavam as camaratas com duas centenas de homens a dormir começam a abanar, estranhamente, o único som familiar são os vidros a partirem-se.
Lembro-me bem, que este som familiar, que eu conhecia, foi uma espécie de conforto, era algo que fazia parte da matriz e que me permitiu comparar, situar, estabilizar, compreender…
As paredes rachavam com um som cavo o que me levou a pensar na situação dos homens que lá estavam dentro. Mandei os dois soldados que permaneciam ao meu lado, um para cada camarata, acordar o pessoal que já encontramos a meio caminho na fuga generalizada. Há conversas cruzadas e sem nexo, interrompidas pelo badalar lúgubre dos sinos da Igreja defronte, resultado dos abanões que o edificio da Igreja sofrera. Irrompe um silêncio sepulcral…
A natureza descansa para novo ímpeto, desta vez definitivo ou esgotada ? É uma interrogação que só obtem resposta com novos abanões agora mais ténues, sem os silêncios aterradores do primeiro, o que paradoxalmente traz alguma paz aos corações em tumulto. Devagar a natureza volta à vida, com os sons de que não damos conta mas que estão presentes no dia a dia, sem os quais não reconhecemos a matriz por onde nos guiamos. Começamos a voltar “à vidinha…” que tanto criticamos…
Nos meses seguintes houve muitas receitas de calmantes e antidepressivos…
Quem é que aqui escreveu sobre felicidade?
Ver mais artigos sobre este assunto em Sismos, discussão no Aventar
O que é um sismo, quanto tempo dura, quando pode ocorrer?
Em Junho de 2008, profissionais de camionagem e algumas empresas de transportes fizeram um bloqueio em alguns pontos do país que teve a duração de quatro dias. Tal bastou para que se formassem longas filas nas bombas de gasolina, os combustíveis esgotaram em algumas regiões, a água, o peixe, carne, frutas e legumes frescos faltaram noutras, as dificuldades de distribuição ameaçaram paralisar Portugal. Numa sociedade tão interdependente como a actual são vários os riscos (naturais ou artificiais) que podem conduzir rapidamente a situações de caos: greves, ataques terroristas, pandemias, quebras no fornecimento de energia electrica e de água, derrames petrolíferos, incêndios, etc. De todos esses factores, poucos terão o potencial destruidor de um sismo de grande magitude. Mas o que é, afinal, um sismo, como acontece, quando pode ocorrer?
Eis o que nos diz a Autoridade Nacional de Protecção Civil:
Um sismo é um fenómeno natural resultante de uma rotura mais ou menos violenta no interior da crosta terrestre, correspondendo à libertação de uma grande quantidade de energia, e que provoca vibrações que se transmitem a uma vasta área circundante.
Na maior parte dos casos os sismos são devidos a movimentos ao longo de falhas geológicas existentes entre as diferentes placas tectónicas que constituem a região superficial terrestre, as quais se movimentam entre si.
Ao longo dos tempos geológicos, a terra tem estado sujeita a tensões responsáveis pela construção de cadeias montanhosas e pela deriva dos continentes. Sob a acção dessas tensões as rochas deformam-se gradualmente e sofrem roturas. A rotura do material rochoso ocorre após terem sido ultrapassados os seus limites de resistência, provocando vibrações ou ondas sísmicas, que se propagam no interior da terra. São estas vibrações que se sentem quando ocorre um sismo. [Read more…]
No Haiti o jornalista é notícia…
Eu a pensar que o jornalista se tinha atirado para debaixo de um prédio para salvar alguem, ou na confusão de gente infeliz, ter levado uma surra ou, enfim, um episódio dignificante que justifica-se a notícia de o jornalista ter ido parar ao hospital. Mas não, partiu um pé e deu uma cabeçada num muro a fugir depois de ver o hotel a abanar.
Estes jornalistas são uns pândegos de morrer a rir, consideram-se uma classe à parte, são conhecidos, aparecem na televisão, gente do mundo numa palavra. Correm para o Haiti aos montes e mostram-nos aos montes as mesmas imagens, mortos, edificios destruídos, gente cheia de pó branco, com um ar de fantasma, os únicos que estão frescos como uma alface são os jornalistas, banhinho tomado no hotel, microfone em punho a dizer-nos que houve um terramoto e há uma grande destruição.
Quando da cobertura da Guerra do Golfo os nossos intrépidos jornalistas apareciam de capacete na cabeça, a centenas de Kms da frente de batalha, a darem-nos notícia do que tinham lido nos jornais ingleses do dia anterior. Mas o capacete dava um ar do caraças, o homem estava mesmo lá, onde “está a notícia”!
E se estes senhores em vez de andarem ali a prejudicar quem trabalha, quem mete as “mãos na massa” , se ajudassem e admitissem que dia após dia nada têm para dizer ?
Larguem o microfone, as câmaras de filmar e ajudem, enviem uma vez por dia uma “notícia” : esta destruição, estas mortes, têm a ver com a miséria a que foram votados os Haitianos pelos mesmos que agora “às pinguinhas” enviam umas quantas garrafas de água e uns pacotes de bolachas!
E, porra, quando se partirem partam alguma coisa que se veja!
Sismos e Património
Domingo, 1 de Novembro de 1755, dia de Todos os Santos, a cidade de Lagos acordou com um tempo primaveril. Muitas pessoas acorreram às igrejas para celebrar a missa.
Sentia-se no ar um odor a enxofre.
Por volta das nove e meia da manhã ouviu-se um rugido medonho.
Poucos minutos depois a terra começou a tremer. Abriram-se fendas no chão e muitos edifícios caíram.
Cerca de quinze minutos depois o mar recuou, deixando as praias em seco. De seguida, uma vaga gigante, ou melhor, uma enorme massa de água, surgiu do lado Sueste da Baía de Lagos e abateu-se sobre a frente ribeirinha da cidade, penetrando terra adentro até à zona de S. João. A esta vaga seguiram-se duas outras, intervaladas de pouco mais de dez minutos. A última foi a mais destruidora, não só pela entrada de uma massa de água com cerca de seis metros de altura no interior da estrutura urbana, como principalmente pelo seu refluxo, que arrastou pessoas, construções, haveres e víveres para o mar.
Descrições da época relatam este terrível acontecimento.
“Pelas 9 ½ horas da manhã do predicto 1º de Novembro, estando o dia claro e sereno como d’estio, vento N. O., ouvio-se um grande trovão surdo; logo passado 3 ou 4 minutos principiou a tremer a terra com espantosa violência; o mar recolheo-se em parte mais de 20 braças, deixando as praias em seco; e arremettendo immediatamente para a terra com tamanho ímpeto, que entrou por ella dentro mais de uma légua, sobrepujando as mais altas rochas; tornando a retrair-se e rompendo por mais três vezes dentro de poucos minutos, arrastando no fluxo e refluxo enormes massas de penhascos e edifícios; e deixando por isso arrazadas quasi todas as povoações marítimas.”
“Continuou a terra a tremer até 20 d’agosto seguinte com poucos dias de interpolação, principalmente nos primeiros 5 mezes, quasi sempre de noite nos quartos de lua nova e velha.” [Read more…]
Vamos discutir o risco sísmico em Portugal?
A análise do nosso passado histórico e da sismicidade instrumental permite-nos concluir que o território português tem sofrido o efeito de eventos sísmicos destruidores com intensidades máximas superior a VIII. De entre os acontecimentos que marcaram a história da sismologia em Portugal, podemos destacar os eventos:
- 26 de Janeiro de 1531 – Causou severos danos no centro de Portugal continental e em particularmente na região de Lisboa. O seu epicentro situa-se provavelmente na região de Benavente.
- 27 de Dezembro de 1722 – Afectou Principalmente a região Algarvia provocando danos consideráveis em Loulé. Teve o seu epicentro provavelmente no mar e gerou um tsunami local em Tavira.
- 1 de Novembro de 1755 – Um dos maiores sismos de que há memória histórica. Foi o sismo com consequências mais catastróficas em Portugal, causando destruição generalizada na região de Lisboa e Algarve, tendo sido sentido nos Açores, na Madeira, em Marrocos e por toda a Europa. Desencadeou um tsunami de enormes proporções. O número de vítimas provocado por este sismo foi entre 60000 e 80000 pessoas, sendo grande parte desse número em consequência do tsunami.
- 11 de Novembro de 1858 – Um dos grandes sismos que afectaram Portugal, provocando danos na zona de Setúbal;
- 23 de Abril de 1909 – Foi o sismo com maior intensidade que afectou Portugal continental neste século, registado em vários observatórios sismográficos, destruindo Benavente, onde se situou o epicentro. O epicentro deste sismo situa-se na margem sudoeste portuguesa no entanto não existe ainda consenso relativamente à sua localização exacta;
- Sismo de 28 de Fevereiro de 1969 – Trata-se do maior sismo instrumental jamais registado em Portugal. Teve o seu epicentro numa região localizada 200 km a sudoeste do cabo de S. Vicente, no limite sul da Planície da Ferradura. Apesar da sua elevada magnitude (Ms=8.0) e elevadas intensidades sentidas (em particular na região algarvia com intensidade máxima VIII) não causou qualquer vítima mortal, tendo só provocado danos materiais na região algarvia.
- 1 de Janeiro de 1980 – Este sismo, de magnitude 6.8, afectou os grupos Oriental e Central do Arquipélago dos Açores, causou enormes danos na cidade de Angra do Heroísmo. Causou a morte a 61 pessoas e provocou danos em cerca de 15000 habitações tendo 5000 destas colapsado;
- 9 de Julho de 1998 – Este sismo, de magnitude 6.0, teve epicentro a escassos quilómetros a Este da Ilha do Faial e provocou 8 mortos, 150 feridos e a destruição de 1500 habitações nas Ilhas do Faial e Pico. (Informações obtidas aqui – pdf).
- 17 de Dezembro de 2009 – Um sismo de magnitude 6.0, com epicentro no Oceano Atlântico, a 185 km de Faro e a Oeste de Gibraltar, foi sentido esta madrugada, à 01h37, um pouco por todo o país. O Instituto de Meteorologia diz que este foi o maior abalo registado no nosso país desde 1969.
Em vista disto, lançamos um repto aos leitores do Aventar. Acha que o país está preparado para sismos de elevada magnitude? O que acha da Protecção Civil de que dispomos ? E das infra-estruturas? O leitor tem conhecimentos técnicos ou académicos na matéria? Conhece alguém que os tenha e queira participar numa discussão séria no Aventar? Alguém que possa publicar artigos elaborados sobre o assunto? Deixe a sua opinião na caixa de comentários ou envie-nos textos para o sítio do costume.
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