Ribeiro Teles – (…) “vivi também a construção do Estádio Nacional. Ao contrário do que então se divulgou, o projecto da localização e das bancadas é de Caldeira Cabral e do arquitecto alemão Vizner. De Jacobetty, são os desenhos da tribuna e dos serviços sanitários, realizados mais tarde e após alguma controvérsia.
Assisti, na qualidade de aluno e de aprendiz, à discussão dos problemas levantados pelo desenho da curva das bancadas que deveria possibilitar a melhor visibilidade. Assisti à discussão entre os que, a exemplo da arquitectura olímpica grega, pretendiam que o estádio se localizasse na encosta com uma abertura para a paisagem, e os que, mais convencionais, preferiam construir uma espécie de peneira no meio do vale. Soube dos debates em redor da tribuna que, entendiam uns, ‘deveria ser feita para o presidente’. E outros que a rejeitavam em absoluto. Apesar das oposições, a tribuna apareceu. Majestosa. Dando ao conjunto um ar germânico.”
excerto retirado do livro Ecologia e Ideologia, Editora Livros e Leituras
imagem do blog Quarto Defensivo
Só é pena que seja tão pouco utilizado.É belo !Já lá sofri que nem um cão na famosa final perdida pela Académica, com as bancadas pintadas a preto de luto,perante o Tomaz.