AAP

A Associação Ateísta Portuguesa (AAP) solicita a amabilidade da divulgação do seu programa cívico e cultural, a realizar em Coimbra, no próximo dia 13 de Maio, para o qual convida a população e espera que a comunicação social nos distinga com a sua presença.

Quinta-Feira, 13 de Maio 2010

Colóquio: Ateísmo, Laicidade e Clericalismo em Portugal

14H00 – Tema: «A laicidade e o “Estado” do Vaticano»

Ricardo Alves

15H 00 – Tema: Saber sobre deuses e crer em Deus
Onofre Varela

16H00 – Tema: Ateísmo, laicidade e visita papal

Carlos Esperança

R. Bernardo Lima: Lisboa Arruinada

Na Bernardo Lima (à Duque de Loulé), maravilhoso exemplar da viragem do séc. XIX/XX, que decerto aguarda demolição. A zona que vai do Marquês de Pombal ao Liceu Camões, tem sofrido nos últimos anos, uma depredação tão escandalosa como aquela que vitimou a av. da República nos anos 70, 80 e 90. Vergonha para quem manda e uma humilhação – mais uma – infligida aos lisboetas.

Deputado ladrão, ministra desobediente

Portugal em todo o seu esplendor: depois de Ricardo Rodrigues, o deputado que gama gravadores, temos hoje a ministra que desobedece a ordens de tribunais e por tal é condenada, ainda por cima por causa de um concurso que nos termos em que decorre qualquer cábula do 1º ano de Direito (não sou, mas já fui) entendia à primeira que ia dar nisto.

Ao açoriano, que além de se ter demitido do governo regional no momento em que rebentou um escândalo de pedofilia na região, fora o envolvimento num gang internacional, chamei em Dezembro deputado banheiro “no sentido tradicional e veraneante do termo, aquele que nas praias arma barracas”. Enganei-me por pouco, homofonamente falando, afinal é o deputado que dá banhadas.

À senhora que faz de conta que é Ministra da Educação, pasta que Teixeira dos Santos e o Primeiro na prática detêm, desejo que se dedique à escrita de Uma Aventura nos Tribunais, de preferência com um consultor jurídico a sério. Parece que não, mas por vezes faz falta.

a segunda via

o pai é util apenas se não há mãe presente, provado em trabalho de campo

……para os meus netos britânicos e holandeses….

1. Introdução.

 

Normalmente, a segunda via é mais um outro papel necessário para solicitar ou requisitar um valor ou um serviço. Uma segunda via é a passagem de mais um documento igual ao primeiro que se tinha solicitado. A segunda via é o caminho circular que contorna o caminho directo entre um agir e uma necessidade, entre um precisar e um obter. Entre um sentimento e um objectivo procurado. Segunda via é burocracia. É a síntese do que devia ter sido feito de imediato, mas nunca mais é conseguido. Parece que a segunda via é o agir dos adultos. E, no entanto, as crianças têm, queiram ou não, saibam ou não, uma segunda via nos seus sentimentos. A criança reside no sítio social dos que estão em baixo, subordinados, submetidos à autoridade das pessoas do topo, esses adultos que a lei positiva define como seus tutores, autoridade que ensina, curadores ou autoridade que gere os seus bens materiais e faz negócios por ele e em nome dela. Como manda o Código Civil que nos governa e o Direito Canónico que o substitui. Na Catequese ou nas aulas de Educação Cívica. A criança aprende que deve respeitar os adultos, especialmente dois, o pai e a mãe. E, de entre esses dois, adorar a mãe e temer o pai. Até o imaginário Ocidental desenha a Divindade com cara de homem. O pai é a lei, a mãe, a afectividade. A mãe transporta a criança dentro do seu corpo, fá-la nascer e amamenta-a, veste-a, agasalha-a, acaricia-a, fica com os mais novos em casa, pelo menos, por um tempo. A mãe é a primeira via de todo o ser humano. E o pai?

 

2. O pai, a segunda via.

 

Não foi em vão que Freud, em 1905, definiu os sentimentos dos pequenos a partir da sua visão dos adultos. Na nota de rodapé que o autor acrescentou aos seus ensaios em 1915, diz “É essencial entender que as noções de masculino e feminino não parecem ser problemáticos na conversa do dia-a-dia. E, no entanto, têm três sentidos diferentes. O primeiro sentido, define o ser como activo ou passivo na interacção social; o segundo é biológico; o terceiro, fisiológico… Dos três sentidos, o primeiro é o mais importante para o entendimento da psique do ser humano…” (tradução e síntese da minha responsabilidade). Esta nota parece-me importante partindo do que tenho vindo a defender ao longo de vários anos: a criança imita o seu adulto modelo, normalmente a figura da mãe e a do pai da casa, não interessa qual a fisiologia dessa pessoa: se com óvulo ou com esperma, se com vagina ou pénis. O que interessa é o comportamento e a emotividade que esta desperta no ser humano mais novo.

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Venha o Diabo e escolha…

…entre esta, esta e esta. Não faltava mais nada!

O Mar – o recurso ignorado

No Expresso Luisa Meireles, aborda o assunto do momento mas que, de tão presente, deveria ser prioridade dos nossos políticos. Mas a verdade é que nada ou muito pouco se faz !
“É o terceiro recurso ignorado depois do solo e da floresta”! A ciência já mostrou que há uma verdadeira “mina oceânica” que pode contribuir de maneira decisiva para a resolução dos nossos problemas económicos. No Programa do Governo está apontado que “o mar deve ser um desígnio nacional”, mas é ignorado.
As autoestradas e meios rodoviários vão elevar os nossos impostos de ambiente que vão carregar na factura da circulação terrestre. Mas o transporte marítimo foi morrendo aos poucos!
Temos uma enorme Zona económica exclusiva (ZEE- 1,7 milhões de quilómetros quadrados ) que pode extender-se a quase o dobro se a ONU vier a aceitar o pedido de soberania sobre a plataforma continental que encerra enormes riquezas .
Temos a quarta maior frota pesqueira da UE mas pescamos pouco (220 mil toneladas/ano) que não cobre as necessidades da população que mais peixe come na Europa. Produzimos cerca de 10 mil toneladas de peixe em aquacultura, quando a República Checa produz o triplo, apesar de estar rodeada de terra por todos os lados.
Sem contar com o turismo costeiro as actividades marítimas empregam cerca de 185 000 pessoas.
(continua…)

Prioridade para o mar: a visão de um estrangeiro

Eu acho que um dos nossos problemas é queremos fazer as coisas da forma mais dificil e ignorar o óbvio.
Esta (re)lembrança do nosso presidente que o mar deve ser (um dos) nossos designios é um pouco o exemplo disto.

Na verdade até nem percebo qual o espanto na sugestão de Cavaco Silva, bastava ter acompanhado já há um ano os posts do meu colega de blog Luis Moreira com a sua série sobre o hipercluster do mar.

Mas isto é tão evidente que na semana anterior a esse discurso, falava eu com Micael Gustafsson, Managing Director da Oresund IT a propósito de Tecnologias de Informação e como elas podem servir de alavanca a outras indústrias e ele referia com algum espanto:

“why do you not combine marine research with ICT research and maybe with creative industries to find some new things… that is something that we have been working a lot in the Oresund region for the last four or five years, trying to combine different sectors”.

A resposta é a habitual… era muito fácil.

Coincidências

No Diário da República de hoje:

ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA

Resolução da Assembleia da República n.º 38/2010

Eleição de dois membros para o Conselho Superior

de Segurança Interna

A Assembleia da República resolve, nos termos do n.º 5

do artigo 166.º da Constituição e da alínea g) do n.º 2 do

artigo 12.º da Lei n.º 53/2008, de 29 de Agosto, eleger para

o Conselho Superior de Segurança Interna:

Ricardo Manuel de Amaral Rodrigues.

Aprovada em 23 de Abril de 2010.

O Presidente da Assembleia da República,

Jaime Gama.

Economia Portuguesa (II) – Produtividade e Competitividade

Prestigiados economistas prescrevem o combate à crise através do aumento da produtividade e competitividade e a opção por investimentos na produção de bens e serviços transaccionáveis. Desta vez, debruçamo-nos sobre a primeira das questões.

A optimização de resultados de produtividade e competitividade apenas pode ocorrer em unidades de produção de bens e serviços activas. Em função do desafio de urgência, e sem investidores e recursos de investimento, Portugal está condenado, no curto prazo, a contentar-se com a dimensão do tecido económico actual, ou seja, a economia real de hoje.

De facto, a teoria é óptima; mas a aplicação prática está limitada. O País, desde o 1.º Governo do Prof. Cavaco Silva 1986, e incluindo obviamente os consulados de Guterres e Sócrates, optou por um modelo de desenvolvimento vocacionado para as grandes obras públicas: auto-estradas, Centro de Cultural de Belém, Mercados Abastecedores, Expo e Estádios de Futebol. Ignorou, pois, o imperativo de definir uma estratégia conducente ao aumento da actividade económica, através de investimentos na agricultura, nas pescas ou na indústria. Sucedeu até o inverso; na agricultura e pescas a diminuição de actividade foi subsidiada.

Em jeito de síntese, invocamos a denúncia feita há alguns anos pelo falecido Eng.º José Manuel de Mello, em entrevista a Nicolau Santos do ‘Expresso’. Com efeito, referindo-se ao Prof. Cavaco Silva, afirmava, então, o empresário ter o governo português privilegiado o encaixe financeiro nas privatizações à alternativa de relançar a indústria com portugueses.

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PETIÇAO -sobre a visita do Papa

PETIÇÃO sobre visita do papa. Para quem quiser assinar e divulgar!

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Terça-feira às 19:08
http://www.peticaopublica.com/?pi=CPL2010

Senhor Presidente da República Portuguesa,

Nós, cidadãs e cidadãos da República Portuguesa, motivados pelos valores da liberdade, da igualdade, da justiça e da laicidade, manifestamos, através da presente carta, o nosso veemente protesto contra as condições – oficialmente anunciadas – de que se revestirá a viagem a Portugal de Joseph Ratzinger, Papa da Igreja Católica.

Embora reconhecendo que o Estado português mantém relações diplomáticas com o Vaticano e que a religião católica é a mais expressiva entre a população nacional, não podemos deixar de sublinhar que ao receber Joseph Ratzinger com honras de chefe de Estado ao mesmo tempo que como dirigente religioso, o Presidente da República Portuguesa fomenta a confusão entre a legítima existência de uma comunidade religiosa organizada, e o discutível reconhecimento oficial a essa confissão religiosa de prerrogativas estatais, confusão que é por princípio contrária à laicidade.

Importa ter presente que o Vaticano é um regime teocrático arcaico que visa a defesa, propaganda e extensão dos privilégios temporais de uma religião, e que não reúne, de resto, os requisitos habituais de população própria e território para ser reconhecido como um Estado, e que a Santa Sé, governo da Igreja Católica e do «Estado» do Vaticano, não ratificou a Declaração Universal dos Direitos do Homem – não podendo portanto ser um membro de pleno direito da ONU – e não aceita nem a jurisdição do Tribunal Penal Internacional nem do Tribunal Europeu dos Direitos do Homem, antes utilizando o seu estatuto de Observador Permanente na ONU para alinhar, frequentemente, ao lado de ditaduras e regimes fundamentalistas. [Read more…]