Desde a visita "lava cerebros" pontifícia até aos glbt oficiais que discriminam sempre outros e mais no Vidas Alternativas

Neste dias a República Portuguesa está a passar, para uns, pelos seus dias mais felizes, mas para outros, pelos seus dias mais tristes em termos de laicidade do Estado.
Tudo isto por causa da visita do Papa Bento XVI a Portugal, um pontífice com pouco carisma, acossado pelos escândalos da pedofilia e que precisa de uma portentosa máquina publicitária, como não tiveram nenhum dos seus antecessores, só comparável à de um Estado com vocação estalinista, que pretende lavar o cérebro dos seus cidadãos, crentes ou não.
São certamente muitíssimo discutíveis os rios de dinheiro. Só em Ourém são 500 mil euros, que se gastam com esta visita numa altura em que se pedem sacrifícios aos mais pobres e até a quem sofre o desemprego.
Creio que a própria Igreja devia ter a grave noção disto, mas o tempo vai fazer as pessoas tomar consciência do facto.
Entretanto, em Lisboa e no Porto, 600 voluntários vão distribuir nos dias 11 e 14 de Maio 25 mil preservativos pela população, aproveitando os ajuntamentos por causa da visita do pontífice, numa operação iniciada no Facebook com milhares de aderentes, denominada “Preservativos ao Papa”.
Dia 17 de Maio é o Dia Internacional contra a Homofobia. Em Portugal, a Comissão pela Igualdade de Género vai celebrá-lo em sede própria. O deputado agora socialista Miguel Vale de Almeida, a Associação Ilga Portugal, a rede Ex aequo e a Associação de Pais ”Amplos”, todos se concertaram para excluir a Opus Gay das comemorações, o que é habitual e significativo da independência de que goza esta associação.
No Algarve, em Lagoa, nos dias 14 e 15 de Maio, vai desenrolar-se um interessante e inovatório festival hetero e gay friendly, Allove Festival, que a Opus tem patrocionado desde o inicio e onde vai estar presente.
Na escola Básica do 2º e 3º ciclos, de Fitares, Rio de Mouro, a homofobia campeia impune.
Foi a escola onde o professor de música Luís do Carmo se suicidou recentemente, atirando-se da ponte 25 de Abril por causa disso. Agora, é a vez de um professor da área das “Expressões” se queixar por não aguentar as provocações e bullying dos alunos nas aulas perante a indiferença total do Conselho Directivo. Meteu baixa e está psicologicamente afectado.

O Vidas Alternativas 215 começa com uma entrevista com Luís Mateus, militante laicista a propósito da visita do Papa. Depois passamos ao psicólogo clinico Pedro Frazão que nos fala do suicídio e das suas causas e razões.
Segue-se Margarida Faria da Associação “Amplos”, uma nova e interessante ONG que apoia pais quem tem filhos lgbt. Fazia falta entre nós.
Terminamos com Sandro Matos, jovem engenheiro químico e conhecido filatelista, que nos fala do seu hobby e da importância do selo na história de Portugal.
Estas semana temos nova newsletter.

Parabéns Benfica!

http://rd3.videos.sapo.pt/play?file=http://rd3.videos.sapo.pt/yKZAYwLwYYRZsnF7kybn/mov/1
Por muito que me custe, o Benfica ganhou e ganhou bem. Numa prova deste tipo, quem ganha é quase sempre o melhor.
Os parabéns aos benfiquistas aqui da casa.

Benfica, muitas vezes campeão

Ganhar é isto, fazer o país sair de casa e festejar nas ruas e nas praças. Saber que os derrotados aumentam o mérito a esta vitória torna-a maior. Saber ser campeão é ser muitas vezes campeão. Campeão que o é não fala em coisas tristes nem faz tristes figuras. Ponto final.

O Novo Campeão Nacional, Não é o Braga

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BENFICA 2, RIO AVE 1
NACIONAL 1, BRAGA 1
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A esperança de ver a melhor equipa deste ano ser consagrada como Campeã Nacional de futebol da 1ª liga, morreu nesta tarde de Domingo. A outra equipa concorrente não perdeu e assim, ganhou, ao fim de uns anitos, o almejado título.
Não é que não tenha ganho muito bem. É uma digna vencedora, apesar de, não nos podermos esquecer dos casos dos túneis na capital e nos Arcebispos, que poderão ter provocado este desfecho da competição.
De qualquer modo, eu gostaria que [Read more…]

Na Duque de Ávila: Lisboa Arruinada


Na Duque de Ávila, diante da antiga estação rodoviária.

O Túnel ao Fundo da Luz:

Não, não vou falar na crise.

O benfas lá se sagrou campeão. Pelo menos a acreditar na RTP que não fala noutra coisa desde o final do jogo. Foi um justo campeão?

Se utilizarmos a velha táctica dos detractores das vitórias do Futebol Clube do Porto a conclusão é tão simples como simplista: Não foi! Foram tantas e tão más as arbitragens como as confusões nos diferentes túneis por onde a justiça da liga e as equipas do Benfica passaram. Que o digam o Braga e o Porto, os verdadeiros injustiçados. Por isso, neste momento em que a lampionagem festeja, nada como relembrar todas as artimanhas organizadas ao longo da época a favor do clube da segunda circular.

Assim sendo, deixo aqui, um vídeo que explica tudo sobre este campeonato do buraco:

Com uma cunha destas é fácil ganhar“.

"O holocausto do Vaticano"

“O holocausto do Vaticano”

No meu penúltimo post referi o livro de Avro Manhattan, “O holocausto do Vaticano”.
Fala-se muito do holocausto nazi e de Estaline, fala-se alguma coisa da tenebrosa Inquisição, não se fala nada do holocausto praticado pela igreja católica na Croácia e não só, aquando da segunda Guerra Mundial. E a barbaridade e crueldade deste holocausto não fica a dever nada, pelo menos em qualidade, ao holocausto nazi. Em certas circunstâncias parece superá-lo.

Nestes dias de profunda mentira e hipocrisia, nestes dias de repugnante propaganda por parte do Vaticano e de todos os sectores mentalmente anquilosados da igreja, todos os alertas são poucos. A todos os não católicos e a todos os católicos que têm dignidade e sentimento de vergonha, e acredito que serão muitos, eu apelo para que leiam “O holocausto do Vaticano”. Livro banido e temido pelo Vaticano, um dos livros mais lidos no mundo, não é, por todas as razões e mais alguma, fácil de encontrar e muito menos de obter. Apesar de já o ter lido em tempos, sempre procurei encontrá-lo. Encontrei-o na Net, na versão inglesa, também traduzida, embora muito deficientemente, pelo “translate” do Google, situado no canto superior direito da página. Podem aceder a ele em http://www.reformation.org/holocaus.html .

NÃO DEIXEM DE LER, SE TÊM RESPEITO PELA SERIEDADE DA VOSSA ESTRUTURAÇÃO MENTAL. [Read more…]

A voz de um professor injustiçado

“O Aventar será, sem dúvida, um importante instrumento para, se necessário, congregar os colegas injustiçados.
Apelo, por isso, a todos para o combate que se avizinha e que tem como forte adversário um sindicato que defende o establishment e jamais estará do lado dos mais fracos. Recorde-se, a propósito,  o completo abandono a que estes senhores votaram os professores estagiários a quem a Mª Lurdes Rodrigues retirou, unilateral e unisitadamente, em 2005, o estágio remunerado, legítimamente expectavel, não só pela practica de muitos anos como ainda, e sobretudo, por, aquando do ingresso, em 2004, na licenciatura de profissionalização (Ramo Educacional) a dita remuneração em estágio ser dada como uma condição adquirida.”

antonio martins em 8 de Maio de 2010 – 10:11

“Correctíssimo.
Os sindicatos, como sempre, estão a voltar as costas aos professores contratados, que são o elo mais fraco da cadeia. Quem está em causa neste momento são eles, que foram praticamente perseguidos nas escolas por uns e por outros: os conselhos directivos a pressionar para serem avaliados ou não (conforme a cor política dos mesmos) e os próprios colegas (os instalados do costume) a considerarem-nos como traidores da classe, conforme já vi neste blog em expressões do tipo – espetar facas nas costas – e outras canalhices. Mais uma vez reitero que o ME deve, ainda neste concurso, encontrar um solução para não ficar descredebilizado na opinião pública e na própria classe, sob pena de a política cair na barra dos tribunais e a EDUCAÇÃO se tornar um sector ingovernável.”

“Vou concretizar. Na escola onde fui colocado no ano lectivo de 2008/2009, a primeira coisa que me foi entregue em mão, no dia da apresentação, pelo então director foi a pasta dos objectivos individuais.
Seguiu-se o processo normal estabelecido por lei (aulas assistidas, cumprimento das planificações, assiduidade, interacção com a comunidade envolvente, etc.) e, no finasl do ano lectivo, fui classificado com as notas de 8,00 e Muito Bom. Agora os sindicatos e um tribunal de Beja, que não me conhecem e não fazem ideia do meu esforço e dedicação à função, consideram isso lixo. Haja Estado para pôr isto na Ordem.” [Read more…]

Pub.:

Ora toca a saudar mais um blogue e desta feita com alguns Aventadores e ex-Aventadores. Pela amostra, a coisa promete. Eu já o coloquei nos meus favoritos para não perder pitada: Estrolabio.

Hoje, para quem não gosta de futebol ou não acredita que o Braga nos dê uma grande alegria: 19h, Porto Canal com os blogs Albergue, Corta-fitas, Blasfémias e o Aventar.

Depende da prioridade…

Segundo um estudo publicado pelo site Retrevo, 10% dos jovens com menos de 25 anos acha normal escrever mensagens enquanto tem relações sexuais.

Até já imagino uma parte do texto: Tou dar 1 queca!

Sensual, és tão sensual


Mas por favor não te assustes… 🙂

A Ecologia do PPM

“Ribeiro Telles – O PPM começou por ser um pequeno grupo que se reunia na Martinho, no Largo D. José da Câmara, ou na Brasileira, para discutir. Para discutir tudo. Os seus fundadores tinham, como coroa de glória, o serem monárquicos da oposição. Pouco a pouco, a esse núcleo inicial juntaram-se outras pessoas, algumas das quais trouxeram, para o debate, as questões ecológicas.

Passaram-se anos. Em 1979, Sá Carneiro, um homem de grande visão política, compreendeu que, para equilibrar a coligação conservadora que firmara com o CDS precisava de nós. Nós constituiríamos a novidade. E nós lá fomos. Até porque, fora da AD, poucas possibilidades nos restavam de fazer qualquer coisa.

Os objectivos ecologistas que vínhamos defendendo tinham atraído, entretanto, muitas pessoas alheias ao ideal monárquico. Talvez pela vontade de aglutinar mais e mais pessoas à nossa volta, anunciei, então, ingenuamente, ‘Vamos, sem apagar a causa monárquica, relegá-la para segundo plano e transformar isto num partido ecologista. Vamos ser o partido ecologista da AD.’ No fundo, nunca considerara a ideia monárquica como atributo partidário mas como ideia supra partidária. Apenas o comprometimento da Causa Monáquica com o Estado Novo justificara o aparecimento, após o 25 de Abril, num contexto democrático, de um partido expressamente vinculado à monarquia. Só que, para mal da minha proposta, o clubismo tinha aumentado. Houve, por isso, quem, no interior do PPM, exclamasse ‘Não senhor, o que é preciso é reafirmar a monarquia. A monarquia tem que regressar ao primeiro e único lugar das nossas preocupações.’

E aquilo acabou. Por umas razões e por outras, acabou a AD e acabou o PPM ecologista.”

in Ecologia e Ideologia
Domingos Moura, Francisco Ferreira, Francisco Nunes Correia, Gonçalo Ribeiro Telles, Viriato Soromenho-Marques
Livros e Leituras, 1999