Carla Bruni


Uma sugestãozinha à Comissão do Centenário que anda tão fracassada. Arranjem uma destas, substituindo as bombardas do costume. Talvez consigam convencer mais uma meia dúzia de “vuvuzelas”. Não é uma boa ideia?

Na realidade, Lost (Perdidos) não chegou ao fim

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Pronto, acabou. Lost (Perdidos) chegou ao fim. Ponto final numa das mais relevantes séries televisivas das últimas duas décadas. Foram mais de 100 episódios, distribuídos por seis temporadas, que entusiasmaram e decepcionaram, que agradaram e irritaram. Lost deu-nos tudo isso. Foi brilhante, como em toda a primeira temporada, foi banal, como nalguns episódios da terceira época. Mas sempre provocadora. Além de misteriosa. E intrigante.

Que não haja dúvidas. Lost não é ‘só’ uma série televisiva. É algo mais. Desde o dia em que o voo Oceanic 815, que ligava Sydney a Los Angeles, caiu numa misteriosa ilha do Pacífico, até ao último segundo, acompanhamos a vida de um grupo de sobreviventes, conhecemos os respectivos passados, uma existência atribulada naquele organismo vivo onde habitavam e uma potencial realidade alternativa, que até poderia ser a real, sendo que a ilha seria uma espécie de sonho estranho onde tinham ocorrido experiências esquisitas, onde era possível viajar no tempo, deslocar a própria ilha no espaço… E muito mais. Não viu a série e está confuso? Não é de espantar. Quem a viu esteve num estado de permanente confusão ao longo de anos. Especulou-se sobre tudo. Quem era Jacob? E o irmão? O que é a coluna de fumo? Quem são ‘os outros’? E a Dharma Iniciative? O que significaram os números com que Hurley ganhou o loto?

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A Agenda Pessoal de Cavaco

Assistimos hoje em Portugal a uma agenda política bloqueada face aos timings da recandidatura de Cavaco Silva a um segundo mandato.
Continuamos também a assistir a uma forma de fazer política baseada apenas no calculismo frio e na gestão das agendas pessoais onde impera a táctica em detrimento de valores que deveriam ser intrínsecos a todos os que estão na vida pública.
Num país dito “normal” e depois de o Governo ter deixado o País no estado em que todos nós sabemos, só lhe restaria uma opção – o despedimento por justa causa. Depois de suspeitas, de mentiras, de trapalhadas, surgiu a crise e a falta de preparação de José Sócrates em liderar este processo de reacção. Já ninguém acredita que é o actual Primeiro-ministro que vai impulsionar o país. José Sócrates já nem consegue ter forças para moralizar as suas tropas (entenda-se os membros do governo) e muito menos para impor, junto dos seus, medidas de contenção e de rigor.
Mas quem está conivente com esta apatia é Cavaco Silva. O Presidente da República assume a sua cumplicidade com este clima de podridão, pois não toma as medidas certas que este tempo exige. Neste contexto, não se pode deixar em claro que o Presidente da República fez declarações ao país sobre o estatuo dos Açores, sobre um problema informático no seu computador (escutas de Belém) e recentemente sobre o casamento gay. Cavaco Silva recusa-se a comprometer o seu estado de glória eleitoral, apenas por ambições pessoais. O país precisa de mais do que intenções. O país exige que o Presidente da República tome medidas duras para dar sinais, internos e externos. O país exige sinais para poderemos sair deste estado calamitoso em que nos encontramos. O país exige que José Sócrates seja rapidamente substituído.
Face a esta realidade o maior partido da oposição está uma vez mais refém da agenda de Cavaco. Pedro Passos Coelho tem que jogar sempre à defesa, pois sabe que tão cedo não vai ter eleições e que tem que se resguardar. O líder do PSD sabe que não vai ser Primeiro-ministro já amanhã e que provavelmente o caminho vai demorar mais tempo que o desejo de muitos. O seu capital de esperança e de credibilidade que conseguiu granjear pode inclusive desvanecer ao longo do tempo… E sendo assim só resta esperar… Esperar uma vez mais por Cavaco!
Os interesses nacionais deveriam estar sempre à frente dos interesses particulares alicerçados na vontade de uma reeleição. Portugal merecia melhor.

A próxima vez

A próxima vez que ouvir um banqueiro, um gestor de topo, um economista de trazer por casa que sempre comeu da mão de banqueiros e gestores de topo, o gajo da CIP que ainda é pior que o anterior, ou o da CAP, ou esse tal de Carreira cujo apelido diz tudo, ou outro ex-ministro das finanças, ou o actual, ou o próximo, ou o primeiro-ministro, ou o segundo que ainda está na oposição,

a próxima vez que uma destas imitações de um padre na hora de punir em confissão a beata que acaba de sair da sua cama com 30 avé-marias, e 5 padre-nossos pelo sexo oral,  repetir à exaustão, como se não soubesse que mente, que engana, que sabe muito bem que está a mentir, que pretende deliberadamente aproveitar a sua crise  para proveito seu e dos seus,

a próxima vez  que ouvir que a crise se resolve com poupanças, que a crise é culpa de ganharmos (nós, nunca eles) excessivamente e de produzirmos pouco, e a dívida, a dívida que é deles mas agora é de todos, e nem sequer é grande coisa como dívida mas virou o adamastor com que se mandam os meninos para a cama fugindo das águas revoltas que nos abrem novos mares,

da próxima vez, juro, vou retomar a leitura de um velho barbudo e mal comportado, de seu nome  Karl Heinrich Marx, leitura interrompida vai para anos que ando com preguiça para mudar o mundo e quanto mais interpretá-lo, e em plena contradição aparente repescar de um outro cidadão oitocentista a frase

A Propriedade é o Roubo

e depois não digam que não vos avisei, quando levardes  com o espectro que paira de novo sobre a Europa e desta vez muito mais mundo.

O sr. Marques morreu feliz


Andava feliz, o sr. Marques. O netinho, o Zezé, tinha-lhe pedido uma camisola do Benfica como prenda de aniversário. Não disse a ninguém, para não estragar a surpresa, mas já tinha embrulhadinho um equipamento completo do «Glorioso».
Tinha tudo planeado: hoje, dia 25 de Maio, quando o Zezé faz 5 anos, o sr. Marques ia dar-lhe a prenda. Logo que o fedelho estivesse vestido, ia tirar-lhe uma fotografia, que depois mostraria, impante, a toda a vizinhança do Caneiro.
A vida corria bem ao sr. Marques. Tinha acabado de entrar na reforma e o Benfica acabava de se sagrar campeão. Ia ter mais tempo para o seu clube – se calhar até podia ir umas quantas vezes por ano à «Catedral» – e para a família, essa sim o seu mais-que-tudo. Guardava com orgulho o primeiro bilhete de comboio que tinha comprado como reformado.
No Sábado à noite, no mesmo dia em que Mourinho se sagrou de novo Campeão Europeu, o sr. Marques deitou-se e já não acordou. Foram dar com ele no dia seguinte, deitadinho na cama, com uma enorme tranquilidade no rosto. Como quem diz «vou partir, cumpri a minha missão».
Quero acreditar que morreu feliz. Com uma família unida e um neto que lhe deu o maior dos gostos: ser benfiquista. Só por isso, já valeu a pena o Benfica ser campeão.
«Sr. Pinto, ó sr. Pinto!», dizia-me com voz grossa quando se metia comigo por causa do futebol. Não voltará a dizê-lo. Partiu, mas deixou-me a mais importante das recordações: a sua amizade.

Nunca Paguei, Bruna!

Como Se Fora Um Conto

Devo pertencer a um grupo minoritário, creio, que nunca pagou para ver/ter uma revista com fotografias de mulheres nuas, que nunca pagou para ver/ter um filme cuja classificação dada fosse «para adultos», que nunca pagou…

Há dias, estava eu a passar um fim de semana maravilhoso no planalto mirandês, quando uma notícia percorreu o País.

Na zona onde me encontrava, Mogadouro, não se falava em outra coisa. Ali perto, numa cidade vizinha, quase toda a população correu aos quiosques a comprar uma revista, esgotando os espécimens disponíveis. [Read more…]

No Dia Europeu Dos Vizinhos – Água: Direito fundamental?

A ÁGUA É UM DIREITO HUMANO.
 
O fornecimento de água jamais deveria ser suspenso fosse qual fosse a circunstância.
O problema do incumprimento das obrigações contratuais por parte do sumidor, designadamente do preço, situa-sea outro nível. E é susceptível de demandar múltiplas soluções.
O importante, poré, é não confundir inadimplência (incumprimento) com indigência: a inadimplência pune-se; a indigência supre-se através de procedimentos assistenciais – subsidiam-se aspessoas, não as empresas concessionáriasde serviços públicos.
Empresas há a operar no sector que agem despudoradamente, sem um mínimo respeito pela dignidade da pessoa humana.
Em Fafe, contra-razão, a Indáqua suspendeu o fornecimento a um escritório em que um munícipe exercia a sua actividade profissional.
Requerida providência cautelar, o tribunal levou 90 dias (leu bem: noventa dias) a decretar a medida cautelar.
90 dias. Ouve-se, lê-se e não se crê na solução provisória, embora!
Em Azeitão, porque o consumidor reclamara da forma ínvia como a Águas do Sado se eximia ao cumprimento de uma ordem do tribunal arbitral, a empresa “cortou” a água à casa da família, em que se incluem dois menores de 10 e 13 anos, obviamente em idade escolar.
O consumidor recorre ao tribunal. Vai para um mês que está sem água em casa. Porque a providência não foi ainda decretada.
Ouve-se, lê-se e…pasma-se!
Portugal, tanto “progresso”, “modernices” nos planos da moral sexual, violência e arrojadas cenas de sexo nas televisões em horário vespertino ao alcance das crianças q. b. e… quanto à garantia de fornecimento de água, mesmo pelo recurso aos tribunais, “sopa”!
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Santíssima Trindade!

Eficiência económica, repartição social e liberdade! Esta é a Santíssima Trindade para que um país seja equilibrado , justo e próspero!

Quando não há criação de riqueza, o que há é a simples transferência da riqueza dos bolsos dos mais fracos para os bolsos dos mais fortes. É o que acontece em Portugal há pelo menos dez anos. Como se podem juntar fortunas se não há criação de riqueza? Como se pode suportar um Estado social se não há produção de riqueza? Isto, também explica porque há cada vez mais ricos por um lado e mais pobres, por outro. Sem criação de riqueza e sem um sistema eficaz de produção, não há um país justo.

Quando um país enriquece no seu todo, não há mal nenhum no enriquecimento de certa parte da população, desde que haja uma repartição da riqueza produzida capaz de melhorar o nível de vida de toda a gente. É inevitável a desigualdade da propriedade, e nada tem de mal, desde que o país enriqueça no seu todo e propicie as mesmas oportunidades a todos. A questão não é a igualdade na riqueza, é a igualdade de oportunidades e a existência do “elevador social”.

Por último, mas sendo a primeira e sem a qual as outras condições de pouco servem, a liberdade de viver numa democracia e num Estado de Direito, onde haja a primazia da Lei, em que as relações entre as pessoas, as empresas e o Estado estejam sujeitas a leis e a regulamentos a que todos, sem excepção, estão obrigados.

Mata a Fome, Consome, Consome

Nao sei se alguém se lembra. Lista de virtudes do idos anos 90. Repórter Estrábico.

Douro Sul – Fotografia

Encontro Aventar no Douro.

Esta foi a primeira imagem que tirei logo após o nosso encontro no Pinhão.

Paisagem soberba!

As que se seguem, são uma pequena amostra das paisagens que se podem encontrar por aquelas bandas. [Read more…]

Os alunos da Secundária de Ermesinde: Uma educação esmerada

Publiquei há uns meses o relato de uma série de agressões a professores na Escola Secundária de Ermesinde. Tudo rigorosamente verdade, transmitido por professores da Escola e com pormenores que por decência me escusei a transcrever.

Um dos alunos  da Secundária de Ermesinde, sem dúvida um modelo de civismo, brindou o Aventar com um comentário de fino recorte literário. Não poderia privar os nossos leitores de um naco de escrita de tanta elevação intelectual por parte de um aluno que assina com o nome de Unnamed.

OH RICARDO TU DEVES DE TER O FEIJÃO ATRACADO NO CU!!!!

ÉS UM GRANDE PANELEIRO TU E OS JORNALISTA DEVIAM DE IR TODOS PARA A PUTA QUE VOS PARIU.

ÉS UM FILHO DA PUTA DE UM AZEITEIRO!!!

E TRATA LÁ DO TEU BLOGUE DE CHACHA QUE EU NÃO PONHO MAIS AQUI OS PÉS JÁ BOI DO CARALHO.

Este aluno, pelo que sei, deve estar no 11.º Ano. Mais uns anitos e, vão ver, vai ser doutor.

P. S. – Tenho pena que o cobardolas não seja meu aluno. É que, se fosse, teria todo o prazer em ensinar-lhe uma série de regras básicas de civismo e de boa educação. Entre outras coisas, ensinar-lhe-ia que devemos assumir o que escrevemos, ou seja, assinar em nome próprio quando estamos a insultar alguém. E depois sofrer as consequências.
Só não poderia dar-lhe umas palmadas no rabo. É que o menino era capaz de ficar traumatizado.

Serviços de valor acrescentado- sms, mms – com suporte em serviços de comunicações electrónicas

Os nossos receios confirmaram-se. Avolumam-se as reclamações.
O DL 63/2009, de 10 de Março, acrescentou ao diploma dos serviços de audiotexto a norma que segue:
“São serviços de valor acrescentado baseados no envio de mensagem os serviços da sociedade de informação prestados através de mensagem suportada em serviços de comunicações electrónicas que impliquem o pagamento pelo consumidor, de forma imediata ou diferida, de um valor adicional sobre o preço do serviço de comunicações electrónicas, como retribuição pela prestação do conteúdo transmitido, designadamente pelo serviço de informação, entretenimento ou outro.”
E estoutra:
“Qualquer comunicação que, directa ou indirectamente, vise promover a prestação de serviços abrangidos pelo presente decreto-lei deve identificar de forma expressa e destacada o seu carácter de comunicação comercial, abstendo-se de, designadamente, assumir teores, formas e conteúdos que possam induzir o destinatário a concluir tratar-se de uma mensagem de natureza pessoal.”
 
E ao diploma que regula o regime de acesso e de exercício da actividade de prestador de serviços de audiotexto e de serviços de valor acrescentado baseados no envio de mensagem foram aditadas outras regras, de que cumpre destacar:
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