Para os nostálgicos das fronteiras na Europa,

para os que pedem o reforço dos bunkers nacionais, do bunker europeu e para os inimigos da livre circulação de pessoas dentro do espaço Schengen.

O vídeo que se segue retrata a cerimónia diária de encerramento da fronteira entre a Índia e o Paquistão. Tem salvo conduto? Visto de entrada? Dinheiro? O que é que transporta? Abra lá essa mala! Entre aqui e tire a roupa! O que é que vai fazer? Onde vai ficar? Tem família? O que é que fazem? Qual é a direcção? Em casa de amigos? Mostre a declaração. Vai de férias? Tem bilhete de regresso? Já esteve preso? Abra a boca. Levante a língua. Com que então turismo, hem? Qual a sua religião? Profissão? Conta bancária, tem? Autorização militar?  Tem alguma coisa escondida no rabo? Fuma drogas? Pode voltar a vestir-se, desta vez tem sorte, pode passar!

Perguntas terceiro-mundistas? Saiba o digníssimo leitor que me confrontei com quase todas estas perguntas, ordens e afirmações na Europa (ainda me confronto noutros lugares) há pouco mais de 25 anos. Nessa altura eu era o português, uma coisa parecida com o extra-continental de agora, o muçulmano, o árabe, o preto, o indigente, o teso que nos vem roubar o trabalho, o tal que, se se apanha cá, fica a viver à custa da segurança social e nunca mais se vai embora.*

* As palavras escritas em itálico são obviamente utilizadas com conotação racista. Não por mim, mas pelos racistas que as usam no dia-a-dia com sentido depreciativo. Vejam o vídeo e suspirem por fronteiras. Ah, e, se chegarem atrasados, esperem pela reabertura, no dia seguinte. Se vos deixarem passar.

Ian Curtis – Joy Division

Votar favoravelmente a moção de censura a um governo que manifestamente é incapaz, parte do problema e que agrava a situação, seria o mínimo exigível. Se há justificação para medidas de emergência seria a rápida alteração da legislação eleitoral de forma a que as eleições possam ser convocadas e realizadas num espaço de 30 dias.

Recordo, neste dia de memória, algo genial:

Ian Curtis, os suicidas têm sempre razão

Ian Curtis: Trafford, 15 de julho de 1956 — Macclesfield, 18 de maio de 1980

Joy Division – Atmosphere

a sua

Escola de Fitares continua a discriminar. Não inclui, não educa para a Diversidade

Na Escola Básica do 2.º e 3.º Ciclos de Fitares, a homofobia e  bullling prosseguem, mesmo depois da morte do professor de música Luis do Carmo.
Desta vez , é  um docente da área das Expressões a queixar-se-nos de ser vítima de assédio moral  e  de bullying, pelo que está de baixa psicologica e já pediu mudança de turmas ou de escola, pois deseja trabalhar. Já apresentou queixa ao Provedor do Cidadão.
O clima de hostilidade a que o professor vem sendo sujeito de forma crescente  por parte de alunos contará com a aparente cumplicidade de alguns  pares, mas sobretudo  da Direcção, sob a forma de silêncio e desinteresse  em tomar medidas correctas .
Os alunos agressores recorrem  ao recurso a insultos em crioulo nos corredores, a que se somam insinuações na própria aula e mesmo comentários anónimos, escritos.
Tudo isto decorre no rescaldo das denúncias que levaram à notícia do suicídio de Luís do Carmo, que desagradou à direcção.
A discriminação que atinge o professor  é sintoma revelador de preconceitos sociais que reinam ainda no meio escolar sem haver tentativa de os extirpar. A vítima tem sempre, nestes casos, dificuldade em provar objectivamente que a sua honra e dignidade foram violentadas.
O desgaste psicológico gera  um terreno assaz fértil para que se instale o próprio processo homofóbico.
O professor declarou-nos: “A escola  homofóbica é causa e consequência do fenómeno de desestruturação da sociedade. Resolveu, legitimamente, que não tem de falar de si como pretendem provocatoriamente os alunos.  Os professores não estão na escola para falar de si”, mas para formar cidadãos republicanos, laicos, respeitadores  da Diversidade  e do seu semelhante, por isso solidarizo-me  com este docente que se vê perseguido desta forma insidiosa no seu local de trabalho, como está a ser habito agora. Veja-se o caso da professora de Mirandela.

Proibição do véu integral em França

“A defesa patrimonial da laicidade é levantada pelos gauleses contra as mudanças culturais. Mas é difícil lutar contra essas mudanças quando trazidas pelos próprios franceses. Já não podemos brincar ao nós e eles quando são francesas convertidas ao Islão a usar o niqab”.

Muito se tem falado em relação á presença Islâmica na Europa, sobretudo em França, sobre o facto de os imigrantes tentarem impor os seus costumes enquanto estrangeiros mal agradecidos á sociedade ocidental, a qual os acolheu benevolentemente.

Vou-me centrar em França, país onde o debate está na ordem do dia e que personifica a meu ver a contradição ocidental entre tolerância e xenofobia.

Em primeiro lugar convém lembrar que a população de origem magrebina existente em França resulta do facto de os franceses terem colonizado os seus países durante décadas, concedendo posteriormente a esses povos o direito de viverem e trabalharem em França.

Em França, onde fazem o trabalho sujo que os franceses não querem fazer e onde pagam os seus impostos, que contribuem para pagar as reformas dos franceses.

Hoje em dia os franceses de origem magrebina são aproximadamente 5.000.000 de pessoas, quase 10% dos 65.000.000 de franceses, cidadãos de pleno direito desse país e maioritariamente muçulmanos.

Algumas das mulheres que professam a religião muçulmana, cerca de 2.000, usam o niqab, um véu que esconde a face, associado ao hijab ou ao xador, que lhes cobrem a cabeça e o pescoço.

Essas 2.000 mulheres representam cerca de 0,003% da população de França e 0,08% do total de mulheres muçulmanas francesas.

É deste “problema” que estamos a falar, ainda por cima com uma nuance _ a grande maioria dessas mulheres são jovens de origem magrebina nascidas em França ou francesas convertidas ao Islão.

Segundo as estatísticas existem cerca de 60.000 franceses convertidos ao Islão, a maioria dos quais mulheres, número que aumenta anualmente em cerca de 3.600 cidadãos.

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Polícia Municipal da Trofa e as multas, ou um caso de faz como digo e não como faço

PM_Trofa

A incoerência é uma coisa feia. Tal como escarrar no chão, por exemplo. Ninguém gosta de ver aquela nojice, olhamos de esguelha a reprovar em pensamento o badalhoco do fulano que o fez mas, às vezes, quase sem piscar os olhos lá o fazemos. Afinal, o raio da ‘lula’ está mesmo a incomodar e aí vai disto. Nem reparamos no indivíduo que nos olha de esguelha.

Por isso, sendo feia mas não arrogante, a incoerência acaba por ter atenuantes. Assim como um dia de festa em que nos prestamos a uns excessos. ‘É só hoje, juro’.

É feio termos um médico que nos diz que tempos de deixar de fumar, pela nossa saudinha, e minutos depois refugia-se num canto a chupar o cigarrito. É mais do que feio ter um primeiro-ministro que nos promete que os impostos não vão aumentar e depois… pumba, chumbo em cima do IVA, IRS e até da Coca-Cola, santíssimo… É muito mais do que feio ter padres que advogam a castidade e defendem a pés juntos o celibato e depois violam crianças.

Tal como o inferno está cheio de promessas, a terra está fartinha de incoerentes. Por isso, nem será de admirar a forma prazenteira e banal como um elemento da Polícia Municipal da Trofa, na noite de sexta-feira, se dedicou, no cumprimento do seu dever, a espalhar multas de estacionamento indevido. Consta que estava mortinho por se auto-contemplar.

Declaração de interesses: Não fui multado, nem sequer estava lá. E para não ser incoerente nunca estaciono em lugares onde é proibido.

SERVIÇOS PÚBLICOS ESSENCIAIS: Medidas cautelares urgentes ou ronceiras?

O artigo 20 da Constituição da República prescreve imperativamente no seu n.º 5:

“Para defesa dos direitos, liberdades e garantias pessoais, a lei assegura aos cidadãos procedimentos judiciais caracterizados pela celeridade e prioridade, de modo a obter tutela efectiva e em tempo útil contra ameaças ou violações desses direitos.”
 
O art.º 382 do Código de Processo Civil estabelece de modo inequívoco:

“(Urgência do procedimento cautelar)
“1. Os procedimentos cautelares revestem sempre carácter urgente, precedendo os respectivos actos qualquer outro serviço judicial não urgente.
2. Os procedimentos instaurados perante o tribunal competente devem ser decididos, em 1ª instância, no prazo máximo de dois meses ou, se o requerido não tiver sido citado, de 15 dias.
3. (Revogado).”
 
Parece evidente que, tratando-se de serviços públicos essenciais à vida, tais prazos deverão ser obviamente encurtados até por uma regra de pragmatismo e de experiência do julgador: 90 dias para decretar uma providência cautelar no fornecimento de água a um escritório viola toda a razoabilidade. [Read more…]

Museu de Penafiel entre os melhores da Europa

Não foi notícia, porque o que se passa fora de Lisboa e Porto nunca é notícia. A menos que envolva a Playboy, professoras nuas e vereadoras moralistas.

Mas hoje que se comemora o Dia Mundial dos Museus, queria deixar uma palavra para o novo Museu Municipal de Penafiel, que acaba de ser nomeado para o Prémio de Melhor Museu da Europa – EMYA 2010 do European Museum Fórum. Aliás, três representantes da Câmara Municipal – a Vereadora da Cultura e duas técnicas do Museu – estão neste momento na cidade finlandesa de Tampere para participar no evento que no próximo Sábado conhecerá o seu desfecho.

O Museu Municipal de Penafiel está instalado num lindíssimo edifício setecentista, cujo interior foi integralmente renovado através de um projecto iniciado pelo arquitecto Fernando Távora e terminado pelo seu filho, José Bernardo Távora. Foi inaugurado em Março deste ano por Cavaco Silva e foi notícia pela célebre conferência de imprensa de José Saramago que se seguiu à polémica do seu livro «Caim».

É aquilo a que se pode chamar um «museu vivo», onde estão presentes inúmeras peças pertencentes ao espólio arqueológico do concelho e um conjunto de secções dedicadas à etnografia local e sobretudo aos trabalhos agrícolas de antanho. «Os trabalhos que o linho dava»…

O Museu Municipal de Portimão está igualmente nomeado para o referido Prémio.

O Guarda Ricardo celebra o Dia Mundial dos Museus

Portugal, essa minha criança

a primeira imagem da República de Portugal, faz 100 anos

Pensa-se que o amor à criança é genético. Entre a minha experiência dispersa por vários textos e livros, e a de Eduardo Sá, expressa, entre outros, no ano de 2003, diria que esse amor é resultado do convívio respeitoso, da acumulação de experiências na memória acumulada no decorrer do tempo ou história da interacção social entre progenitores e descendentes.
Poderia afirmar sem medo de me enganar que o amor não é genético, não é o acto de parir que o transporta: mas sim, o amamentar, acarinhar, beijar, cuidar, ensinar, que podem (e devem) ser exercidas por ambos os progenitores. A criança desenvolve-se no meio de percalços e de doenças, bem como entre estigmas de crescimento que o tempo vai marcando no seu ser e afazer, organiza a sua inteligência e estrutura a sua boa disposição, ou a sua saudade. [Read more…]

O Não-Evento

Ontem, o não-politico Cavaco Silva veio apresentar a sua não-posição sobre um não-assunto, foi mais uma intervenção ao nivel do não-comunicado a propósito da lei dos açores.

Se seguirmos a postura supostamente institucional que ele tenta vender deveremos portanto ignorar todas as outras observações laterais sobre os verdadeiros assuntos que nos interessam.

O problema nas contas públicas, o desemprego, a responsabilidade dos políticos, tudo isso deverá ser visto como palha para encher um não-comunicado que sem isso nem sequer teria razão de existir.

Ficamos impacientemente a aguardar o próximo não-evento deste presidente e que será provavelmente a sua candidatura às próximas eleições.

21 Milhões para Belém!

Esta também passou de fininho. Olarilololó, “Viva” a República… Numa época de contenção e sempre de “Falconaria para cá e Falconaria para lá”, chega agora a notícia do reforço da verba para a presidência da comemoracionista república. Gatucho escondidinho de rabo de fora, os módicos 17,7 milhões de Euros anuais, sobem às alturas do nirvana e atingem agora os 21 milhões. Algumas sugestões para a justificação deste bodo aos pobres:

1. Contratação de professores de etiqueta e protocolo do Estado.
2. Mais duas dúzias de assessores ventríloquos que estejam incumbidos dos discursos e apartes públicos dos residentes de Belém.
3. Renovação urgentíssima da frota automóvel que como se sabe, é velhota de 12 meses.
4. Contratação a tempo inteiro de José António Tenente e de Miguel Vieira.

*Aceitam-se mais sugestões que iremos acrescentando a esta lista.

Xixolina no Parlamento

http://tv1.rtp.pt/noticias/player.swf?image=http://img0.rtp.pt/icm/images/articles/387647/cicilina_27777_0_01_N.jpg&streamer=rtmp://video2.rtp.pt/flv/RTPFiles&file=/informacao/cicilina_27777.flv

Corria o ano de 1987 a deputada italiana e actriz porno Cicciolina, aliás Ilona Staller, foi recebida na Assembleia da República Portuguesa. Dizem os relatos – que a mim não me deixavam ver pornografia em horário nobre – que a senhora deputada teve um azar no vestido e desceu-se-lhe a alça a certo ponto. Não consta que tenha visitado Mirandela ou Bragança (de Lisboa lá acima de comboio eram mais de nove horas de viagem) mas foi recebida na Assembleia da República. À data, a ilustre deputada tinha já vasta e consagrada obra publicada (nomeadamente em revistas e vídeocassetes para maiores). Tê-la-ão acusado de má conduta?

ps: um dos grupos de apoio a Bruna Real no Facebook conta já com 51,000 apoiantes. Vale o que vale.

Os Jacarandás floriram

António Barreto ” observador – mor dos jacarandás” já hoje assinala no Público que a avenida D. Carlos l, em Lisboa, exulta de cor, “tal como outros seus santuários, Largo de Santos, em Belém e no Parque Eduardo Vll”.

“…ainda por cima, em tempos de mentira, reviravolta e ocultação, é bom perceber que há coisas eternas, cuja repetição sazonal nos dá a garantia de que a vida nos oferece permanência e lealdade”!

Vinda do Brasil, esta bonita árvore que pode alcançar grande envergadura, enche-se de côr roxa, e hoje é frequente encontrá-la em muitos pontos da cidade.
As suas flores são duráveis, perfumadas e grandes, de coloração azul ou arroxeada, em forma de trompete e arranjadas em inflorescências do tipo panícula. A floração se estende por toda a primavera e início do verão (de agosto a novembro).

Estão a desaparecer no seu habitat natural, Bolívia e Uruguai, mas felizmente que em Lisboa não faltam exemplares centenários e que são objecto de admiração e carinho!

Economia Portuguesa (III) – O crescimento económico

Os meados dos anos 1980 foram decisivos para a política, e forçosamente para a história económica e social de Portugal das últimas décadas. A adesão à então Comunidade Económica Europeia (CEE), em 1985, e a eleição do Prof. Cavaco Silva, em 1986, criaram expectativas de estabilidade política e de desenvolvimento – o PREC, social e politicamente agitado, ficara há algum tempo enterrado e surgiram, entretanto, as calamitosas contas públicas de 1983.

O Prof. Cavaco Silva, como dirigente do PSD, ascendeu ao cargo de PM em condições propícias à reestruturação e relançamento ansiados pelo País. Para maior facilidade de acção, contava com os benefícios da arrumação financeira prescrita pelo FMI e dirigida pelo Prof. Ernâni Lopes, no governo do Bloco Central; usufruía ainda das primeiras remessas de fundos comunitários de apoio à modernização do País e à integração europeia.

O Eng.º Guterres, desfrutando de vantajoso enquadramento macroeconómico internacional, contou também com tempos favoráveis. Prosseguiu a abundância de ingressos de fundos comunitários que, à semelhança do seu antecessor, poderiam ter tido utilização mais proveitosa, se aplicados em investimentos de carácter reprodutivo.

Com relação aos dez anos de governação de Cavaco Silva e aos seis de António Guterres, foram atingidos crescimentos da Economia Portuguesa superiores à média da UE (15 países), como se demonstra no quadro seguinte:

Crescimento Médio Anual do PIB (%)

Governo Período Portugal EU (15)
Prof. Cavaco Silva 1986 – 1995 4,0% 2,4%
Eng. António Guterres 1996 – 2001 3,5% 2,5%

Fonte: Banco de Portugal [Read more…]

Todas as respostas de Sócrates à Comissão do Caso PT/TVI

São estas as 21 páginas de mentiras respostas de José Sócrates à Comissão de Inquérito do caso da compra da TVI pela PT.
Dr. Joao Bosco Mota Amaral
Presidente da Comissão Eventual de Inquérito Parlamentar Relativa a Relação do Estado com a Comunicação Social e, nomeadamente, a actuação do Governo na compra da TVI
Senhor Presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito
Senhoras e Senhores Deputados desta Comissão
Antes de dar resposta a todas e a cada uma das 74 perguntas que me foram formuladas por esta Comissão Parlamentar de Inquérito, desejo fazer a seguinte declaração inicial:
Tudo o que de essencial tinha a dizer sobre o assunto que ocupa, há várias semanas, esta Comissão Parlamentar de Inquérito, como antes ocupou a Comissão de Ética, já o disse e é do Inteiro conhecimento de todos os Portugueses e de todos os senhores Deputados. E disse-o publicamente, no dia 24 de Junho de 2009, diante da maior de todas as comissões deste Parlamento: o Plenário da Assembleia da República, onde vou quinzenalmente para responder, com frontalidade, a todas as perguntas que os Deputados de todos os partidos queiram dirigir ao Primeiro-Ministro.
Recordo que, na Sessão Plenária da Assembleia da Republica do dia 24 de Junho de 2009, perguntado sobre se o Governo tinha sido “ouvido” sobre a hipótese de compra pela PT de uma parte minoritária do capital social da Media Capital e se estaríamos a assistir a uma “mudança editorial” da TVI, o que disse ao Parlamento – e agora mantenho, por ser verdade – foi o seguinte:
“0 Governo não dá orientações nem recebeu qualquer tipo de informação sobre os negócios que têm em conta as perspectivas estratégicas da PT”.
Como é patente, ao fim de semanas de inquirições esta Comissão não recolheu um único testemunho conhecedor dos factos, um único documento preparatório do negócio ou qualquer outro elemento de prova que contraditasse aquilo que afirmei ao Parlamento – pela razão simples de não ser possível provar o que não aconteceu. [Read more…]

Apostasia: um serviço público no facebook

As estatíticas relativas ao número de católicos no mundo são feitas com base no número de baptismos registados. Todos aqueles que foram baptizados, mesmo que não se considerem católicos, são contabilizados como tal pelo Vaticano.

Em Portugal, segundo o Anuário Católico de 2009, 88.10% da população professa a fé católica! É com base nesses números de “fiéis” que a Igreja Católica continua a defender o seu peso na sociedade. Por esse motivo, e apesar de Portugal ser um Estado formalmente laico (cfr. n.º 4 do Art. 41.º da Constituição da República Portuguesa), ainda se verifica tanta influência dessa instituição em quase todos os aspectos da vida do país. Assim, o abandono formal da Igreja Católica por parte de todos aqueles que não se revêem nela é importante e faz todo o sentido.

De acordo com as normas canónicas, para se abandonar definitiva e formalmente a igreja Católica e, dessa forma, deixar de fazer parte do número de fiéis apresentado anualmente pelo Vaticano, é necessário um requerimento formal, por forma a que seja praticado um “acto de defecção” (ou acto de apostasia).

Os interessados, entre os quais me encontro, têm mais informação disponível.

Carta aberta ao Ministro dos Negócios Estrangeiros

Exmo. Sr. Ministro dos Negócios Estrangeiros,

Não nos restando muito tempo para evitar o pior, vou directamente ao assunto e vou ser muito frontal. Peço-lhe que não o considere uma falta de respeito. Vou lhe falar de ESTRATÉGIA.

A ideia de que Portugal, para tornar o PEC suportável e bem sucedido, precisa de mais receitas provenientes do crescimento da economia é, em princípio, correcta. Neste sentido, desde há mais de 15 anos postulo que Portugal “reforce relações”. Infelizmente a “euro-farra” toldou a visão para este objectivo fundamental. Agora chegou a hora da verdade!

Desculpe que lhe diga: a sua frase “sobretudo quando a situação económica exige que Portugal mobilize todos os seus recursos para vender mais”, não acerta, em termos estratégicos, no objectivo certo. Por isso, quanto muito, poderá ter sucessos passageiros. [Read more…]