Se Deus existisse… (a propósito da visita do Papa)

Ontem já estava mal disposto. Não estranhei acordar de madrugada.
Por mais que tentasse, não me saíam da cabeça as restrições ao trânsito, a tolerância de ponto, os microfones forrados a ouro, os aviões que vão e que vêm e que irão tornar a ir e a vir.
E tudo isto, porque vem cá um personagem a quem deram o titulo de papa.
Para que não restem duvidas, sou ateu. Nem sequer considero o agnosticismo, porque só conheço uma pessoa que o professa e esse chama-se Manuel Alegre. De facto o único agnóstico político existente no Universo.
Só sabe que é de esquerda, nunca toma posições claras e definidas e embora a gente não negue a sua existência, sabemos perfeitamente que não existe.

Bom, agora o caso é mais complexo. Lembrámo-nos do objecto social desta Associação e fomos revê-lo. Lá está…..É nosso principal objecto promover o estudo dos fenómenos culturais, ideológicos, políticos e económicos do Mundo contemporâneo e em especial a sua incidência em Portugal……
Começava a ficar justificada a razão porque me sentia mal disposto.
É que nada justifica o “estardalhaço” desta visita. São mesmo suspeitas as razões que lhe estão subjacentes, assim como o facto de termos sido abençoados com uma estadia tão prolongada.
Não quero ferir sentimentos de ninguém, mas também reservo o direito de transmitir a minha opinião. E essa é a de que me parece que já era tempo de olharmos para o religioso sob outra perspectiva e num contexto moderno e adequado aos novos conhecimentos, de forma a todos termos direito ás nossas opções sem constrangimentos nem falsas promessas. [Read more…]

Na 5 de Outubro: Lisboa Arruinada


Reparem bem no prédio à direita da segunda imagem. É com este tipo de construção terceiro-mundista que Lisboa pretenderá ser uma capital atraente para o turismo internacional?

Desonestidade Intelectual

COMO SE FORA UM CONTO

A desonestidade grassa por aí. Faz parte da vida dos nossos dias. Olhando bem, a intelectual é talvez a que mais se nota.

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Nestes dias da visita do Papa a Portugal, muitos, demasiados, previram que os Portugueses iriam demonstrar uma indiferença e um afastamento enormes.

Previsões erradas e desprovidas de bases seguras, no entanto afirmadas e reafirmadas como verdades absolutas.

Às mesas dos cafés, nos locais de trabalho, nos blogues, nos jornais, nas televisões, em tudo quanto é sítio e lado, têm sido inúmeros os ditos jocosos, a chacota e os disparates, de muitos que se dizem agnósticos, ateus, laicos e sérios. A tentativa frustrada de desmotivação das pessoas, e a sobranceria e intolerância das suas opiniões só pode ser considerada patética. O ódio tem estado patente em muitas das palavras proferidas.

Esquecem, porque não sabem [Read more…]

Governo – A táctica da jibóia

Desperto para o problema após açoites continuados dos principais parceiros europeus, Sócrates, bem ao seu estilo, ensaia a táctica da jibóia. Vai apertar tanto Passos Coelho que o esmaga e o deglute em três tempos.

A primeira manifestação teve-a logo na primeira reunião com o líder do PSD quando  no mesmo dia os seus ministros enviavam para a sociedade sinais contraditórios. Os megainvestimentos seriam reanalisados mas no dia seguinte assinava uma qualquer autoestrada no centro do país com o seu amigo Jorge Coelho e dois dias depois o TGV de Poceirão.

Se Passos Coelho deixa passar a imagem de que os custos da situação não são contrabalançados por medidas estruturais, acaba num “abraço de morte” de que não sairá incólume. Se Sócrates pode fazer a mesma política de braço dado com o PSD que razões há para mudar? Se pode partilhar com Passos Coelho os custos de uma política desastrada, autista, que levou o país esta lamentável situação, não hesitará um segundo.

O líder do PSD deve contribuir para uma solução, mas afastando-se, ao mesmo tempo, desta política que o PS desenvolve há dez anos e que teve como resultado um país mais pobre e mais injusto.

ser escritor

Isabel Allende, escritora chilena, residente nos Estados Unidos, 2007

Escribir, parece ser la actividad más alegre de la vida, no parece ser una profesión, parece ser una diversión. Especialmente, cuando vemos el resultado de esa actividad en un libro que nos entretiene y no deja permitir que el tiempo corra. La lectura es la entretención más agradable de la vida cuotidiana. Especialmente si lo que se escribe es una ficción de la realidad, como el libro de Julio Verne, Veinte mil leguas de viaje submarino, de 1869. Los libros escritos por Stephan Zeiwg, (Escritor austríaco), 28-11-1881, Viena, 23-2-1942, Petrópolis, Rio de Janeiro, que sabia romancear la vida de personajes famosos, como a de Mary Stewart, Reina de Escocia, Zweig obtuvo un reconocimiento internacional como narrador, poeta y ensayista durante los años de 1920 e 1930, siendo uno de los escritores de lengua alemana mas traducidos. Inició su obra poética firmemente influenciado por Hugo en Hofmannsthal,  siendo traducido para el alemán la obra de los simbolistas franceses Stéphane Mallarmé e Charles Baudelaire. A partir de ese período, se destacan las novelas Amok (1922), Angustia (1925) y Confusión de Sentimientos (1927), basados en la teoría del  psicoanálisis. Con la aparición del nazismo, fue perdiendo fe en las posibilidades del compromiso político de los interactuáis, al mismo tiempo que expresaba una crítica decidida al sistema fascista. Sus ensayos biográficos Momentos Estelares da Humanidad (1927) y  retrato del poeta como O Constructor do Mundo (1936) son ejemplos de sus inquietudes psicológicas. En 1934, emigro para la  Gran-Bretaña e, cuatro años más tarde, viajó para los EUA y, después, para Brasil. En ese período, desesperado por la soledad, acabó por suicidarse juntamente con su mujer. Zweig sabía humanizar a los personajes que romanceaba, como si fueran parte de su vida. Y lo fueran, de tal manera que leer a Zweig es aprender historia al reparar que hay toda una realidad material y cronológica por detrás de los personajes que nos presentaba. Su propia vida parece una novela o romance. Lo que escribimos, o sale de nuestra ilusión o es fruto del reflejo de lo que escribimos, en nuestras ideas e sentimientos.

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Sinfonia da Morte – O livro sobre o regicídio!

Sinfonia da Morte, livro escrito pelo ex-aventador Carlos Loures é objecto de uma belíssima apreciação crítica de Sílvio Castro,  indutora de leituras várias e enriquecedoras do livro. Profundo conhecedor do escritor,  o crítico, liga os labirintos, mas sem nunca nos oferecer a saída.

Duas históricas que correm a par, entrelaçando-se, em planos distintos no mesmo tempo mas em espaços diferentes. Tendo como motivo central o regicídio de D. Carlos e do príncipe herdeiro, disseca os vários grupos em confronto naqueles tempos em que campeava o “revolucionário” capaz de matar com as mais sinistras figuras do submundo.

O Aventar já apresentou o livro publicando vários excertos .

A não perder!

PS: Sílvio Castro é um escritor e cadémico Brasileiro professor na Universidade de Pádua.

Relembrar a Madeira

A catástrofe da Madeira já foi há pouco mais de 2 meses. Desde essa altura temos tido alguns espasmos económicos, o benfica foi campeão e pelos vistos os impostos vão voltar a subir.
Até já tivemos galas a favor da Madeira e continuamos a poder arredondar as nossas compras para aos poucos ajudarmos a 2ª região mais rica do país (com um pib que representa 96,3% da média europeia).

Há por isso a tendência para se esquecer alertas antigos sobre como deve ser feita a ocupação do território, na Madeira e no resto do país.
Provavelmente para evitar isso realizou-se no passado dia 26 de Abril, na sede da Sociedade de Geografia de Lisboa, um Encontro e Debate organizado pela Associação Portuguesa de Arquitectos Paisagistas e a Sociedade de Geografia de Lisboa sobre “A Catástrofe da Madeira. Uma Visão do Ordenamento Biofísico”.

Reproduzo uma parte do press-release:

“Foi recordada a regularidade com que ao longo dos anos (e dos séculos) na ilha da Madeira têm ocorrido enxurradas e catástrofes – o que alerta para a necessidade de um novo paradigma no ordenamento biofísico do território.
Ficou demonstrado que os avisos de chuvas torrenciais podem ser feitos antecipadamente, num mínimo de 72 horas.
O leito de cheia dos 100 anos não pode ser de novo ocupado.”

Santana Castilho – Resposta a Mário Nogueira

Mário Nogueira assinou um artigo no “Público”, a que deu o título “Esta Fenprof incomoda que se farta!” Dir-se-ia refém de uma qualquer peça de Ionesco, tantos são os absurdos em que se enleia, ou convertido á Patafísica, “ciência” de soluções imaginárias. Mário Nogueira espadeira contra indeterminados, que não tem coragem de citar. Aderente ao axioma “quem não está connosco está contra nós”, Mário Nogueira convive mal com esse espaço de liberdade que designa por “blogues da especialidade”. Mas destaca-me do naipe, que apoda de adversários da Fenprof e arautos de falsidades. A deferência merece resposta:

1. O meu último artigo, que Mário Nogueira refere como exemplo dos ataques à Fenprof e paradigma de falsidades, tem três vertentes claras para quem não seja analfabeto funcional: resenha diacrónica de escritos meus, cuja substância foi confirmada por desenvolvimentos posteriores; opinião, em que sou acompanhado por milhares de professores, divergente da linha oficial da Fenprof, mas que só a escola burlesca de TariK Aziz poderia ignorar; e perguntas. Perguntas difíceis de tragar por goelas apenas oleadas para dar passagem a elefantes e sapos vermelhos, partidariamente cozinhados. [Read more…]

Papa Ratzi

Lady Gaga empresta a voz e o talento ao hino oficioso de Papa Ratzi.Nunca a visita de um chefe de Estado me custou tanto dinheiro. Amen.

Música para o Papa # 1

Não há 2 sem 3, eFes

Amália Rodrigues – Tudo isto é fado.

PSD ou psd?

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