Estou de acordo e não sou xenófobo!

Se  não está  contente aqui PARTA. Não o forçamos a vir aqui. Você pediu para estar aqui. Assim aceite o país que VOCÊ aceitou.’

‘Este é o NOSSO PAÍS, NOSSA TERRA e o NOSSO ESTILO DE VIDA e nós lhe daremos todas as oportunidades para desfrutar tudo isso. Mas uma vez que você acaba a reclamar, lamentar e se queixar acerca da Nossa Bandeira,  Nosso Penhor, Nossas Convicções Cristãs ou Nosso Modo de Vida, eu recomendo fortemente que você tire proveito de uma outra grande liberdade que o povo australiano, lhe reconhece : “O DIREITO de IR EMBORA.”

Estas considerações são de uma razoabilidade cristalina, frontais, de alguem que ajudou a construir um país maravilhoso, assim, e não de outra maneira, com estas características. Quem escolheu lá viver tem que cumprir a escolha do povo australiano, ou ir embora.

Isto, colocado assim, é xenofobia?

Três efes? Não, B de Bruna!

Nas últimas semanas os chamados três efes regressaram em força, como se um movimento desconhecido decidisse em concertação o seu regresso simultâneo. Vejamos: novo disco dos Deolinda, disco da nova revelação do fado castiço Ricardo Ribeiro, novo disco de António Zambujo, o Benfica sagrou-se campeão nacional de futebol, Mourinho apurou o Inter de Milão para a final da Liga dos Campeões contra o Barcelona, o Papa veio a Fátima. Foram notícia? Sim, uns mais, outros menos, foram andando nas bocas do mundo.

Entretanto, em Mirandela, uma professora tira a roupa quase toda e deixa-se fotografar para uma revista. Resultado: Adeus fado, passa bem Benfica, arrivederci signor Papa, Benvinda  Bruna, welcome, du bist willkommen, papava-te toda darling, para uns, vade retro, és uma vadia, bye bye deixa em paz as criancinhas, ganda vaca, para outros. Só aqui, no Aventar, em dia e meio, mais de vinte mil pessoas procuraram sempre o mesmo nome. Sócrates? Obama? Ratzinger? Angela Merkel? Lula? Cameron? Isso queriam eles! Bruna, muito mais Bruna do que os efes e os políticos todos juntos.

Nestes dias Portugal escreve-se com B maiúsculo, pois claro, B de Bruna, B de “Boa-comó-milho”, B de “Bai-tembora”, B de Bortugal. O resto é só conversa. A Bruna não, a Bruna, dizem os vinte e tal mil visitantes que cá vieram ver a professora, a Bruna é que é Real.

Pavilhão dos Desportos: Lisboa Arruinada


Um espaço de inegável beleza exterior, a merecer profunda remodelação interior – mantendo a traça original – por forma a recuperar a dignidade e utilidade perdida. Lembro-me de memoráveis jogos de hóquei em patins, saraus de ginástica e até, de comícios de todos os Partidos. Hoje, a cair aos pedaços, nem para o “Esquema” serve!

As fotos da Playboy de Bruna, a professora que não o é, e a vereadora que devia ter vergonha de o ser

Maria Gentil Vaz

Vamos por partes: Bruna Real, a senhora de Mirandela que posou nua para a Playboy, não é professora, quanto muito será monitora de Actividades Extra-Curriculares, o que não é bem a mesma coisa.

As AEC são uma das maiores vergonhas deste governo: com o objectivo de transformar as escolas em depósitos de meninos trocaram-se os ATL’s por actividades sem qualquer enquadramento pedagógico, asseguradas por contratados a recibo verde, miseravelmente pagos, e ensaiando a privatização do ensino “descentralizou-se” a sua contratação nos Municípios. Estes optam por sub-contratar empresas de vão de escada, ou pela contratação directa, sem qualquer critério sério, por um lado, e sem um mínimo de enquadramento profissional, por outro.

Como se escreve no FERVE: “se esta professora tivesse sido contratada como deveria, através de um concurso nacional de professores/as, nada disto aconteceria”.

O sistema ensaiado para as AEC tende a ser alargado aos professores, através da dita municipalização, que não passa de uma privatização encapotada (e já dá muito dinheiro a ganhar às tais empresas inventadas à pressa). [Read more…]

Professora Bruna: Vereadora de Mirandela vai ser próxima capa da «Playboy Portugal»

EIS UMA FOTO EXCLUSIVA DA VEREADORA TESUDA, QUE VAI PASSAR A PREENCHER O IMAGINÁRIO DAS CRIANÇAS DO CONCELHO


Ainda as ondas de choque da publicação das fotos ousadas da professora Bruna na «Playboy» não terminaram e o Aventar já está em condições de anunciar que a Vereadora da Câmara de Mirandela que decidiu a demissão da jovem professora irá ser a próxima capa da versão portuguesa da revista americana. Dizem as nossas fontes que irá fazer-se retratar em poses sensuais ao lado do presidente José Silvano.
Sejamos claros e falemos a sério: se a vereadora tem inveja da professora Bruna, que tem um corpo de fazer espernear qualquer canastrona, o problema é dela.
É que se tivesse sido alguém acusado de roubar, nem que fosse para comer, ou de fugir aos impostos, ou de ser militante de um Partido que todos nós sabemos qual é, a Vereadora iria dizer que devia esperar-se pela Justiça. E nada faria.
Como é um caso de vida privada, que envolve nudez, a Vereadora julga-se no direito de decidir pela sua própria noção de moral e bons costumes.
Sou professor e sei perfeitamente que o caso seria motivo de alarido na escola. Uma semana, no máximo duas. Depois esquecia.
A professora Bruna, caros leitores, recebe cerca de 400 euros por mês da Câmara Municipal de Mirandela. A recibo verde e com contrato até final do mês de Junho.
Respeitem os professores antes de dizerem o que quer que seja acerca da sua conduta.

Eusébio Ferreira da Silva, de Portugal

Eusebio Ferreira da Silva, o melgor jogador do Portugal de sempre

Estatua de Eusébio no Estádio da Luz, mínimo gesto de respeto para um herói

Eusébio da Silva Ferreira GCIH, GCM (Lourenço Marques, 25 de Janeiro de 1942) é um ex-futebolista português, de origem moçambicana. É considerado um dos melhores futebolistas de todos os tempos. Marcou 733 golos em jogos oficiais e 1137 golos na carreira.

O respeit é imenso para brincar com o seu nome. É o símbolo da ética desportiva, de interacção entre seres humanos e um exemplo para todo Portugal, especialmente nós, Benfiquistas. Notícias a brincar com o seu nome, é uma mais valia desmerecida. De certeza, feita sem pensar, pelo que ningûém se zanga. [Read more…]

Mais um 2010

(adao cruz)

A liberdade é o processo racional de formação do homem ao longo do caminho da sua existência.

Sexy Hot

Sim, são belas fotos as do Calendário Romano 2010. Mas continuo a preferir as da Bruna.

Foi você que votou neste primeiro-ministro?

Eu também não

A roupagem do poder – o Papamóvel!

O Papamóvel é um exemplo da “roupagem” de que o poder necessita para “demarcar” o território de que é soberano. Colocar o Papa acima dos outros homens é como o “elevar” à condição de alguem que está logo abaixo de Deus. Que tem com Ele uma aproximação que não é permitida a mais ninguem, que fala com Ele todos os dias, que tem a chave da “terra prometida”!

Foi o que me ocorreu qundo hoje, por mero acaso, me encontrei com a comitiva papal. Um aparato de motas e carros tudo em silêncio, o helio que nos sobrevôa, a ambulância, os dignatários civis e religosos, até o adeus dos seres humanos e os gritos, aqui e ali, tentados, compõem uma “liturgia” que tem em vista “demarcar” essa distância que  eleva o Papa à condição de “acima do humano”.

Não é só a religião que traduz o poder nessa composição visual, o Estado tambem o faz embora com menos aparato, aí funciona mais “a força bruta” , o exibir os edificios magestosos( Madrid foi construída monumental para ser a capital da peninsula e no centro do hexágono), a capacidade de se mostrar nos espaços mediáticos, tudo bem mais terreno, a exibição das forças armadas, a polícia…

Lembro-me de um excelente filme (cujo nome, em Japonês, não me ocorre)  que face à morte do rei, que representava o país unido, num território devassado por guerras entre guerreiros poderosos e territoriais,  a nomenklatura o substituiu por um sósia e o manteve à distância, com as mesmas “roupagens”, fazendo crer aos povos, finalmente em paz, que se tratava do seu senhor!

Somos nós, o povo, o homem e a mulher  que faz todos os dias pela vida que precisa de uma componente “éterea”, alguem que garanta a paz? O poder a que em última instância se recorre? Quem olhe por nós? Queremos acreditar que na solidariedade, na justiça, na segurança, há quem “trate dessas coisas?

Cientistas sociais, os primeiros a apontar o dedo a estas manifestações de poder e a ajudar os povos a uma maior autonomia, satisfeitas as necessidades básicas dos povos, confrontam-se agora com gente desiludida, sem esperança e voltam a indicar essa componente “éterea” como essencial a uma humanidade mais realizada!

O Paquete

(Não sei se já trouxe aqui ao Aventar esta pequena história, verdadeira. Se trouxe, não perde pela repetição).

O Paquete

O Paquete entrou ontem no serviço de urgência, inchado como um tonel, tenso como um balão a que só falta o alfinete para estoirar. Fígado, pulmões, ventre de pandeiro, tudo está encharcado como uma esponja, por um coração entupido.

Sem ar, como se morresse afogado, ou, dentro da linguagem médica, como peixe fora de água. Insuficiência cardíaca grave, insuficiência cardíaca descompensada, anasarca, os vários termos para rotular o sofrimento atroz de um jovem sem culpa, igual a tantos outros que jogam ténis.

Socorrido na primeira fase de compensação, e um tanto aliviado, é internado para estudo. Hoje de manhã veio fazer um ecocardiograma.

O Paquete tem vinte e seis anos e uma cara aciganada, morena de si e roxa da cianose. Começou a trabalhar como moço de trolha aos treze anos, vergado ao peso da tábua e do balde. À força de cachaços lá se erguia quando aninhava com o abafa. Nunca alguém o levara ao médico.

Não tive coragem de colher a sua história antes desta idade, a história da sua infância. A meio do exame diz-me o Paquete, a medo e quase em segredo: sr. doutor estou à rasca para mijar. Deixe-me ir mijar, pelas almas.

 No meio de tais máquinas, perante aquela gente de bata branca que ele nunca vira mais gorda, o sofrimento da sua vida levava-o a pensar que pedir para mijar era quase um crime.

 O Paquete tem uma gravíssima estenose mitral, com severa insuficiência mitral e tricúspide, e um coração do tamanho de uma melancia. Está numa fase inoperável, a rebentar pelas costuras. Se operado fosse, tudo não passaria de remendo em calças a desfazer-se.

 Sem a mínima ideia do que se passa, ele submete-se, humilde, desconfiado, medroso como sempre aconteceu em toda a sua vida. Tem medo que lhe ponham a tábua à cabeça ou o balde na mão. E com aquela falta de ar! Ele que sempre pediu para o deixarem respirar um pouco, antes do peso de outra tábua e de outro balde.

 O Paquete nunca fora ao médico e nunca ninguém lhe dera a mão para se erguer. Todos lhe esfacelaram o coração e a vida até rebentar! Pobre Paquete! Pobre barco tão frágil!

Com as lágrimas nos olhos saí do hospital e escrevi esta história de hoje, de há séculos. Escrevo-a em especial para os meninos e jovens que brincam, que jogam, que sonham, e que vão ao médico.

No Reino Maravilhoso do Mamilo

“Vou falar-lhes dum Reino Maravilhoso. Embora muitas pessoas digam que não, sempre houve e haverá reinos maravilhosos neste mundo. O que é preciso, para os ver, é que os olhos não percam a virgindade original diante da realidade, e o coração, depois, não hesite”

Um Reino Maravilhoso (Trás‑os‑Montes), Miguel Torga in Portugal

Desembarquemos em Mirandela que aqui não há mães de Bragança! – desembarquemos, pois.

Bruna Real, uma professora a recibos verdes contratada pela Câmara Municipal de Mirandela para trabalhar numa escola do concelho decidiu, no seu tempo extra-curricular mostrar-se ao mundo com pouca roupa, como se Maio fosse um mês de verão. A vereadora do pelouro da Educação da CM Mirandela, responsável pela contratação diz que sentiu mal. À RTP, a senhora vereadora tranquiliza os encarregados de educação dizendo que “será muito difícil esta professora voltar a ser admitida“. O critério para tal, diz a senhora, é a “boa conduta”. A boa conduta? [Read more…]

Papa lá a República

Em 2010 a peregrinação do Papa Ratzinger à sucursal de Fátima serviu também para provocar a República em seu centenário.

A operação foi bem sucedida através de Cavaco Silva que se comportou como um reizinho devoto, com netinhos e tudo.

A causa monárquica ficou feliz e contente.

Engano seu.

Ficou demonstrada a nobreza da República: até um imitador dos herdeiros do poder por jurisprudência divina pode ser eleito seu Presidente.

Suprema virtude da República, que bem ou mal os escolhe, comparando com a monarquia, que os herda sem ninguém os escolher.

pintura digital roubada a Carlos Paes

A alegria voltou a Mirandela

As mulheres de Mirandela encontram uma fogosidade nos seus maridos que as faz muito felizes, não acostumadas a tamanhas provas de dedicação e carinho, as mulheres de Mirandela preparam-se para lançar um “abaixo assinado” no sentido da professora que se despiu nas páginas da PlayBoy não seja desterrada para muito longe.

Afinal, quando uma e outra vez são chamadas à escola para autorizarem os seus filhos a terem aulas de educação sexual, que melhor “material didáctico” para os jovens começarem a conhecer o corpo humano? Não é por aí que se começa?

Restaurantes e tabernas têm tido um movimento inusitado, com uma boa procura interna( sim, que nós tambem ouvimos o Santos…) com amigos de meia idade que guardam para a sobremesa a leitura atenta da revista (há ainda por aqui muito quem não saiba ler) e famílias em franca harmonia.

Os ginásios têm tido um incremento na procura impressionante, com as garotas a trabalharem o “body” para ficarem como a professora, em vez de irem para as noitadas, o fumo e os “shots”. Os adolescentes rapazes andam um bocado com a mão direita caída mas nada de preocupante, faz parte da fisioterapia para quem trabalha muito no computador.

Os únicos que não comungam da alegria parecem ser o Presidente da Câmara e o Director da Escola, um e outro preocupados por as pessoas poderem concluir que serão felizes se pura e simplemente os ignorarem!

Hipócritas ! Deixem a rapariga fazer da vida dela o que bem entende! Faz mal a alguem?