Convidamos-vos a estarem presentes a partir das 15h30, hoje, 4a feira, na Casa do Alentejo em Lisboa para o lançamento de uma iniciativa promovida por várias figuras reconhecidas da sociedade portuguesa e com intervenção em áreas sociais diversas.
Esta iniciativa tem como ponto de partida a tomada da rua como espaço de debate político de ideias de alternativa a uma proposta política/social que remete a maioria das pessoas para as dificuldades, enquanto outras fazem da crise um negócio rentável. Porque sabemos que existem alternativas e elas estão nas ideias e capacidade transformadora dos cidadãos e cidadãs nos juntámos.
Primeiros Subscritores
Ulisses Garrido – Membro da Comissão Executiva da CGTP
António Avelãs – Presidente do Sindicato dos Professores da Grande Lisboa (SPGL)
José Rodrigues – Presidente da Liga Operária Católica (LOC)
Timóteo Macedo – Dirigente da associação Solidariedade Imigrante (SOLIM)
Mamadou Ba – Dirigente do SOS Racismo
Cristina Andrade – Activista do Fartos D’estes Recibos Verdes (FERVE)
António Serzedelo – Dirigente da Associação Opus Gay
Eduardo Pinto Pereira – Membro do Centro de Informação e Documentação Amílcar Cabral (CIDAC)
Tiago Gillot – Activista dos Precários Inflexíveis (PI)
Viriato Jordão – Presidente de Associação de Pais e Sindicalista Reformado
Francisco Alves – Sindicato dos Metalúrgicos
Salomé Coelho – Investigadora, activista feminista e LGBT
Carla Bolito – Actriz e membro da Plataforma dos Intermitentes do Espectáculo e Audiovisual
João Pacheco – Jornalista e Activista dos Precários Inflexíveis
Manifesto
Não nos calaremos!
Não fomos nós quem fez esta crise.
Há outras soluções.
Vamos quebrar o silêncio sobre as injustiças e as mentiras da crise.
Desemprego acima de 10%, precarização generalizada, cortes em todos os apoios sociais e nos serviços públicos, ataque ao subsídio de desemprego, aumento da pobreza…Pode-se viver assim? Como aceitar sempre mais sacrifícios para vivermos sempre pior? Como chegámos aqui? Os banqueiros e os especuladores jogaram com o nosso dinheiro: crédito fácil, especulação imobiliária, fraudes de gestão. Quando ficaram a descoberto, em 2008, não gastaram nada de seu. Chamaram os Estados e, dos nossos impostos, receberam tudo quanto exigiram. Então deram o golpe: com o dinheiro recebido a juros baixos, compraram títulos da dívida pública, a dívida do mesmo Estado que os salvou. Agora, o Estado, para pagar os altíssimos juros dos títulos da sua dívida, vai buscar dinheiro aos bolsos de quem trabalha: mais impostos, menos salário, cortes de todo o tipo, privatizações…
Estamos perante uma gigantesca transferência de riqueza dos mais pobres para os mais ricos. Dentro de cada país. E dos países mais pobres da Europa para os países mais ricos – numa Europa submissa e agachada defronte dos mercados especuladores. Duas palavras enchem os nossos dias: “dificuldades” e “sacrifícios”. São palavras para nos silenciar. Pois não nos calaremos. Não fomos nós, trabalhadores de toda a Europa, quem fez esta crise. Quem a fez foi quem nunca passa por “dificuldades” e recusa sempre quaisquer “sacrifícios”. Foram os especuladores que nada produzem, os bancos que não pagam os impostos que devem, as fortunas imensas que não contribuem. Para eles, a crise é um novo e imenso negócio.
Agora que a desesperança se espalha, que a pobreza alastra e que o futuro se fecha, trazemos à rua o combate de uma solidariedade comprometida com os desfavorecidos. Há alternativas ao empobrecimento brutal da maioria da população. O projecto de um Portugal e de uma Europa num mundo que cresça com justiça social e prioridade aos mais pobres. Que defendam o emprego digno, os serviços públicos e os apoios essenciais para garantir o respeito por cada pessoa. Essa é a verdadeira dívida que está por pagar.
Vindos de muitas ideias e de muitas experiências, juntamo-nos pela igualdade e contra as injustiças da crise. Conhecemos as dificuldades verdadeiras de quem está a pagar a factura de uma economia desgovernada.
Não aceitamos a cumplicidade financeira da Comissão Europeia e do BCE no sofrimento e na miséria de milhões, não nos conformamos com um país que se abandona à pobreza, com uma sociedade que aceita deixar os mais fracos para trás.
Uma sociedade civilizada não protege a ganância acima do cuidado humano, o cuidado de um por todos e de todos por um.
Vamos quebrar o silêncio sobre as injustiças e as mentiras da crise.
Vamos à luta.
Vamos!
Contactos:
Ulisses Garrido – 919317594
A quantas empresas o governo deu apoio para o desemprego. A mulher a dias do ministério do trabalho não decide nada o caso do despedimento colectivo de 112 familias do casino estoril que com milhoes de lucros e com apoio do governo e ninguem investiga quem está por detrás desta ilegalidade que destroi 112 familias.
Porquê tanto medo de se investigar O casino estoril quem ganha com os despedimentos ilegais neste país para enriquecer há custa dos precários.
Caros amigos
Parabens pela iniciativa.
Lá estaremos. Se houver interesse, estamos disponiveis para colaborar naquilo que entenderem necessário.
Carlos Luis
Caro Carlos Luis,
Creio que nos encontrámos na Casa do Alentejo.De qualquer modo reafirmo a oferta que fiz…
Antonio Serzedelo