Liberdade de expressão e galopes de estado

Nem imaginam o gozo que me deu isto:

A Procuradoria-Geral da República (PGR) anunciou hoje que não vai abrir qualquer inquérito com base nas declarações feitas por Otelo Saraiva de Carvalho a propósito das manifestações de militares, “a não ser que factos posteriores o justifiquem”. in Público

depois de ter escrito ontem mais ou menos o mesmo: há leis parvas, o artigo 326º do Código Penal, pela sua inutilidade óbvia , ultrapassa todos os limites. A menos que a ideia tenha sido a de muito simplesmente violar a liberdade de expressão (alteração violenta do Estado de Direito pode muito bem ser lido como defender uma revolução, por exemplo), desconfio que foi mesmo.

Ou seja, só pela sua designação, vários partidos políticos portugueses seriam imediatamente extintos, numa golpada semelhante à que tem afastado os independentistas bascos de processos eleitorais, e a ideia era essa, não era?

Não houve foi até hoje condições políticas para a aplicar mas a nossa direita desde que foi vítima de um golpe de estado seguido de um processo revolucionário que não sonha com outra coisa (esquecendo-se de que chegou ao poder através do 28 de maio, uma verdade agora muito inconveniente).

Comments

  1. maria celeste d'oliveira ramos says:

    Pois que parece que se propõe a “lei da bala” pelo que não seria fora de propósito citar aqui a “taser “contra os olhos de Ronaldo quando os portugueses jogaram na HORTA da Bósnia, ou será que hoje, porque me roubaram 300 euros de dois meses de FP (que só seria em janeiro 2012 e nunca tanto de acordo com o dito pelos que pensam que governam o país e decidem da minha vida), estou a meter os pés pelas mãos, para já não falar do grande desprezo da Organização do sr Platini (que só foi futebolista na vida, mas que agora é tão importante – terá sequer a 4ª classe ou só veste bem ?) – acho que alguns dos meus neurónios estão em curto-circuito – quanto a balas & balas, já bastava as que estiveram dentro das expressões verbais dos nórdicos, que esqueceram o que nunca deviam ter esquecido dos que os ajudaram quando foram “baleados” nas guerras mundiais, quando este ano nos classificaram como PIGS – mas em que raio de europa se vive e que se “uniu” para que não houvesse mais “guerras” mas não descansam – encontram sempre outras formas de guerrear e não se aprende nada a não ser que de facto não somos como eles e nos afastamos, não em finanças mas, por enquanto, em dignidade – mas que europa da “treta” com o sr.Trichet a ajudar a música e que se dignou “descer” a Portugal para o ouvirmos melhor – a europa vai perdendo a alma e a postura – mas sem fronteiras tudo se contagia e nem o mar separa – espero que não

Trackbacks

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