A direita a galope no golpe de estado de Otelo

Li  num quiosque em corpo grande “A igreja tem de travar este liberalismo”, na capa de um pasquim inominável, até porque blasfemo, sobretudo falando de igrejas. Estas declarações do franciscano Melícias, juntamente com outras de responsáveis católicos na reforma ou no activo, não sei se violam “o artigo 326º do Código Penal, que reza assim:

“Quem publicamente incitar habitantes do território português ou forças militares, militarizadas ou de segurança ao serviço de Portugal à guerra civil ou à prática da conduta referida no artigo anterior [referente à alteração violenta do Estado de Direito] é punido com pena de prisão de 1 a 8 anos.”

Não sou jurista mas, pensando no último passatempo da nossa direita, liberal ou nem por isso, é capaz de também violar.

É que golpes de estado, não é bem coisa a que se apele, fazem-se em segredo. Quando alguém apela é porque não os vai fazer. Quem percebe de golpes de estado, e Otelo Saraiva de Carvalho é na matéria o nosso maior especialista vivo, se apela, e nem foi o caso, é para não fazer. Até eu que nunca fiz um golpe de estado já tinha reparado nisso.

Declaração de desinteresse: fiz a primeira campanha eleitoral de Ramalho Eanes, na rua, coisa que não assistiu a muito direitóide que hoje ostenta no currículo ter resistido à otolice  dita revolucionária. Já nem falo do José Manuel Fernandes que fez a do Otelo. A nossa direita, de resto, é de uma cobardia espantosa. Agora, com um teclado na mão, ui, são terríveis.

Assim vai a direita em terras de Espanha

Uma montagem em que a ainda ministra da Defesa aparece neste despropósito foi publicada por esta senhora, Francisca Pol Cabrer, vereadora do PP.  Desconhece-se a propriedade do peito utilizado. A senhora do PP já se demitiu e pediu desculpa. No meu  tempo as franquistas eram mais estilo opus dei. Volta Franco, fazes falta à moral e aos costumes das tuas devotas.

Contas mal contadas

Parece que o correio da manha andou a fazer contas, de cabeça e mal feitas, sobre o número de sindicalistas docentes, e resultou a coisa num número avultado que escandalizou vários idiotas inúteis a até mesmo pessoas de bem, esquecidas de que falamos da profissão com maior número de sindicalizados.

Isto foi assim: ao longo de décadas, para lá das duas federações (e suponho que ninguém vai agora defender a unicidade sindical) foram surgindo uns sindicatozinhos docentes, sem qualquer expressão, e que na verdade serviram para muito má gente fazer a vidinha. Como esses sindicatozinhos na hora negocial assinavam sempre com os governos, os governos fizeram de conta que aquilo representava alguma coisa, e tratavam-nos como sindicatos. Um regabofe. [Read more…]

Dias de Outono

Se os belos dias de Outono no Minho pagassem imposto…

Ao que isto chegou

Já tinha observado a situação noutras vezes mas neste mês disparou. Da primeira vez fiquei na dúvida. Estaria mesmo o polícia no meio da estrada a olhar para a minha matrícula para me mandar parar? Entretanto a dúvida dissipou-se e agora tenho a certeza. De há uns tempos para cá, nas operações stop, a polícia manda parar os carros de forma selectiva.

Funciona assim:

  • um polícia posiciona-se num local onde possa ver bem a matrícula do carro que se aproxima;
  • se for uma matrícula que corresponda ao mês de inspecção obrigatória, manda o carro parar;
  • depois vai ao lado do condutor, como de costume, pede os documentos, seguro e documento da inspecção;
  • se tudo estiver em ordem, paciência, lá pode o condutor seguir viagem;
  • se falta a inspecção, pimba!, são 250 euros de multa.

Isto não é inventado. Ontem mesmo fui alvo deste ataque. [Read more…]