A greve geral que hoje paralisa o estado espanhol tem muito para nos ensinar. Sabiam que foi inicialmente convocada por sindicatos alternativos e independentes das centrais sindicais do costume que tiveram de correr atrás do prejuízo? É ler no Público.es (que arranjou uma deliciosa forma de assinalar que hoje está em greve, tapando os títulos).
E não é só uma greve ao trabalho mas também ao consumo (como deveriam ser todas as greves gerais). E tem uma sesta colectiva, genial forma de luta que destaca o sagrado direito à preguiça.
Portugueses, aprendei com quem sabe (sendo verdade que nós soubemos correr com o feudalismo castelhano mas dormimos à sombra dessa bananeira desde o séc. XIV).
Em Espanha, a UGT e CCOO fizeram o papel da “nossa” UGT. Daí a necessidade de correrem atrás do prejuízo.
Nestas coisas sindicais sou muito pelas lógicas do mercado e da concorrência. E eles ainda têm as velhinha CGT, pequenina mas aguerrida.
Lamento ter que lhe dizer, lá como cá é uma greve de transportes e comunicação social que são mt mas mt sencionalistas, os outros estrã a trabalhar.
Isso é mentira: a grande indústria paralisou, até televisões fecharam, nalguns bairros mesmo as lojas chinesas não abriram. E as ruas estão cheias com centenas de milhares de pessoas. Sensacionalistas são os governos, mais lá do que cá.
A minsitra espanhola fala no consumo de energia ser maior do que na greve de 2002. Há imensas fotos de iluminação pública ligada em Sevilha, Madrid e noutras cidades…
E ainda se protesta contra a eliminação do 1º de Dezembro!