Os abutres e o cheiro a merda

Abutre

À medida que o regresso ao pote público se vai afigurando como uma realidade no horizonte dos pseudo-socialistas do PS, a tendência para o reaparecimento de velhos abutres torna-se uma constante. Há três dias atrás apareceu por ai Jorge Coelho, antigo homem forte da construtora preferida dos socialistas da direita nacional, a bater continência ao líder. Se os portugueses continuarem na senda do masoquismo e do abstencionismo irresponsável e António José Seguro chegar ao governo em 2015, algo que só não será verdade caso alguma manobra interna o substituía por António Costa, Antonio Mota tem motivos para esfregar as mãos. Nem que tenha que contratar outro (ex) ministro socialista.

Do discurso de Coelho (reparem que até o apelido é assustador) pouco a reter e nada de novo: propaganda socialista para alimentar o rebanho alicerçada, entre outras coisas, na defesa do Estado Social que o PS ajudou a destruir, elogios ao “injustiçado” José Sócrates e ataques cerrados ao governo que está a executar o programa da Troika que, nem de propósito, foi assinado pelo seu partido depois do líder da altura ter pedido às instituições que a compõem para destruir o tal Estado Social que este partido hipócrita diz agora querer salvar. Lixo argumentativo portanto.

Se as ovelhas socialistas estão dispostas a ingerir este tipo de pasto, tudo bem. No planeta Terra existe de tudo, mais otário, menos otário não fará grande diferença. Mas os seres humanos racionais sem distúrbios ovinos devem perceber que uma vitória do PS, seja nas Europeias, seja nas Legislativas, não irá mudar absolutamente nada, como de resto vem sendo costume desde que a saga da “democracia” começou. Podem mudar os amigos de referência (a Mota-Engil vai adorar a viragem à “esquerda”) mas o essencial irá manter-se. O sistema eleitoral continuará dominado pelos aparelhos do PS e do PSD, a corrupção e o clientelismo continuarão em franca expansão, a justiça continuará a ser uma anedota a os boys prosperarão. Tudo isto com o alto patrocínio da comunidade ovina e dos abstencionistas que acham que não votando prejudicam o sistema quando na realidade apenas contribuem para o fortalecer. A eterna repetição da história de 40 anos desta espécie de democracia em que vivemos. Mudam algumas caras mas o cheiro a merda mantém-se.

Comments

  1. Gottlieb says:

    O Jorge Coelho é do pior que há em Portugal. É a hipocrisia em pessoa. Não tem onde cair morto sem o PS no poder.
    Vê-se que considera que chegou o momento de recarregar as baterias que lhe permitam, daqui a uns anos, voltar a uma outra Engil como manipulador dos meandros das obras públicas.
    Espertalhão quanto baste, é um hábil manipulador que sabe falar em comícios, no apropriado crescendo de modo transformar a merda das massas em massas de merda.
    FODA-SE !!! Não há melhor razão para nem se pensar em votar PS.

  2. Tirando a opção politica que se advinha nopost não podia estar mais de acordo. Como se queremos parar com a corrupção não podemos ser crentes em santos da casa, não adianta nada mudar de cor politicacomo 40 anos de experiencia nos prova em milhentas situações no governonacional, regional,camaras ou parlamento; quanto a mim enquanto não separarmos a eleição politica das benesses que são muitas e com tendencia a aumentar (veja-se a resistencia na diminuição do numerode deputados) não vamos mudar nada. Separemos a eleição politica que tendencialmente deve ser cargo gratuito, da gestão profissional que deve ser de contartação como qualquer gestor de empresa – com estabilidade e por provas documntais e curriculum e veremos opaís a desceros rankings de corrupção e a subir a eficaciada gestão.Só que para isso acontecer só os eleitores é que podem decidir(não se abstendo por exemplo);mas no´s sabemos que temos uns eleitores quemais depressa vão rezar as fatimas dopais ou do estrangeiro do que pensar racinalmente na governação do país.

  3. Dora says:

    Passos, PR, Rangel, Relvas, Barroso de um lado; Seguro, Sócrates, Assis, Brilhante e J Coelho de outro lado!

    O cenário é aterrador, um verdadeiro remake porno do Eles Vivem!

    (Quem também Vive são uns banqueiros que vão pagar umas becas por terem sido mauzinhos, ou, se calhar, apenas querem contribuir com qualquer coisita….)

  4. zé bento says:

    Podia fundamentar em que é que os abstencionistas “patrocinam” este estado de coisas??? Que acha que se deve fazer??? Votar num dos outros partidos deste sistema (regime)??? Votar em branco??? Anular o voto??? Gostaria que me elucidasse…

    • Claro zé bento: os abstencionistas permitem que o resultado das eleições seja determinado pelos eleitorados naturais dos partidos. permite que PS ou PSD se mantenham no poder com menos de 25% do total de votantes do país.

      Quanto ao que acho que se deve fazer, antes de mais quero clarificar que não sou nenhum iluminado com uma solução mágica no bolso. Mas se a abstenção se unisse em torno de um partido ou de um novo projecto partidário capaz de fazer alterações profundas no sistema político, eleitoral e na justiça, talvez o poder da clientelas do bloco central sofresse um forte revés.

      Votar em qualquer outro partido, a meu ver, é sempre melhor que votar PS ou PSD, pelo simples motivo de que foram estes dois países que destruíram o nosso país.

  5. CAOS says:

    Só hoje deparei com este vómito estalinista. Tratar o eleitorado do PS (ou outro qualquer) como gado, e ovino, é absolutamente inclassificável; afirmar que (pelo menos) João Semedo é um “energúmeno que nada mais sabe fazer” (sic) é mesmo crime de difamação de um médico e cidadão de corpo inteiro.
    Uma coisa é discordar do discurso, da prática ou até da figura de alguém: outra, bem diferente, é produzir insultos soezes, à falta de argumentos.

  6. Pensoefalo says:

    Triste País que tem políticos de espectáculo em vez de pensarem no País e no seu povo, não há-de a abstenção subir se os próprios políticos fazem com que os cidadãos deixem de confiar e acreditar neles. Um País em que os políticos se fossem sérios e honestos a abstenção fazia-os era pensar com voltara ter a confiança do eleitores, a confiança do povo, mas como infelizmente o sistema e as leis feitas por eles dão-lhe sempre o poleiro, penso que nem que houvesse uma abstenção de 90% estes políticos, faziam uma paragem para os fazer agir seriamente e com honestidade, pensam e com alguma razão que o povo é sereno como dizia o Almirante Azevedo, e não é que ele tinha razão basta olhar a nossa volta reclamamos no café, em casa na rua com os amigos e não passamos disto assim bem podem os políticos dormir descansados.

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