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Na mesma altura que aprovou as listas de candidatos a deputados a Comissão Política do PS aprovou também, por unanimidade, um ” compromisso ético “.
Esta foi uma iniciativa de António Costa, entendida como uma resposta aos processos judiciais que envolviam José Sócrates e Armando Vara, que foi subscrita por todos os candidatos a deputados socialistas nas últimas eleições legislativas.
Na altura enalteci a corajosa proposta de António Costa que tinha por base a transparência e a moralização da vida política e pública.
O ” compromisso ético ” obrigou todos os candidatos a deputados a revelarem todas as atividades que desenvolveram nos últimos cinco anos.
Os candidatos a deputados do PS foram também obrigados a tornar públicas as informações sobre o seu património e rendimentos.
Este “ compromisso ético ” obrigou os candidatos a deputados apresentarem também a declaração de inexistência de dívidas as finanças ou à segurança social.
O mesmo documento exigiu aos deputados manifestarem total transparência impedindo-os, no exercício da sua atividade profissional, de participarem em negócios com o Estado.
Com a aprovação deste ” compromisso ético ” os candidatos a deputados assumiram a completa disponibilidade de renúncia à candidatura ou ao mandato se e passo a citar o documento “ por fator relevante, se considerar comprometida a sua idoneidade ética ou política”.
Hoje o jornal ” Público “ notícia que Hugo Pires, ex-vereador da Câmara Municipal de Braga, actual deputado, secretário nacional do Partido Socialista e homem próximo de António Costa, viu hoje levantada a imunidade parlamentar , a seu pedido, para prestar declarações como arguido no âmbito de um processo de expropriação de terrenos em que está envolvido o genro do ex-presidente da Câmara de Braga, Mesquita Machado.
Entendo que Hugo Pires não deveria ter solicitado o levantamento da imunidade parlamentar mas sim ter renunciado, de imediato, ao seu mandato de deputado atendendo a que vai prestar declarações na qualidade de arguido.
Se Hugo Pires, até ao momento, não solicitou a renúncia ao mandato de deputado deverá ser António Costa a exigir a sua renúncia no seguimento do ” compromisso ético ” aprovado, por unanimidade, e subscrito por todos os candidatos a deputados sob pena de o primeiro-ministro perder toda a sua autoridade ética e moral.
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